Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Uma vez garcense, eternamente garcense. Para o
corredor João Rosário, o Rosarinho, não existe melhor cidade do mundo, do que a
sua querida e adorada cidade de Garça. Mesmo radicado em Osasco há vários anos,
jamais esqueceu suas origens e dos conterrâneos. Por onde anda (ou corre)
procura divulgar o nome de sua terra natal. Com o aniversário da Sentinela do Planalto, no
último dia 5 de maio, Rosarinho fez questão de correr uma prova em Santos, com
o nome de Garça estampado em seu uniforme (foto). Uma atitude elogiada pelos
demais corredores, que fizeram questão de posar a seu lado (foto).
Rosarinho participou da 31ª edição dos 10 Kms. Tribuna-FM-Unilus,
tradicional corrida na cidade de Santos, que reuniu no mês de junho, cerca de 20.200
atletas. Este ano, considerando só os atletas amadores, o evento contou com
participantes de 237 cidades de 18 estados, do Rio Grande do Sul ao Pará. A largada
foi na Rua João Pessoa, no centro. De lá, os atletas passaram pelo Túnel,
avenidas Rangel Pestana, Ana Costa, Francisco Glicério, Afonso Pena, até o
Canal 5, seguiu até a praia quando alcançaram o km 8. Depois encararam a “reta
final” até a Praça das Bandeiras, no Gonzaga. Segundo os organizadores, foi um
percurso totalmente plano, em vias largas, com poucas curvas, tendo a orla da
praia no dois últimos quilômetros.
E até que fez bonito, cumprindo o percurso em 1 hora,
11 minutos e 53 segundos. Ficou na 6.867 colocação entre os mais de 20.000
corredores, terminando como o grande campeão na faixa etária 85/89. Aliás,
tricampeão de forma consecutiva, repetindo os feitos de 2.015 e 2.014 (veja as
fotos das três medalhas).
De acordo com o Rosarinho, “o simples fato de
completar a prova já é motivo de grande satisfação. Mas o mais importante mesmo
foi que prestei homenagem a minha querida cidade de Garça. E vou continuar para
todo o sempre com este objetivo”. Rosarinho integra a equipe `Vovocops´, que no momento
está se preparando para a Maratona do Revezamento Pão de Açúcar, que será
realizada no terceiro domingo de setembro, na cidade do rio de Janeiro. Serão
quatro equipes de 4 atletas, cada um faz o percurso de 10,5 km para completar a
maratona.
SUPER ATLETA: Na juventude vivida em Garça,
Rosarinho foi um dos grandes jogadores da várzea romântica de outrora. Com um
futebol alegre e vistoso, era um eficiente meia atacante que gostava de jogar mais
pelo lado esquerdo. Envergou a camisa dos melhores times de Garça entres as
décadas de 40 à 60, dentre os quais o Clube Atlético Brasil (precursor do
Garça), Associação Atlética Bandeirantes e Nissey Clube. Vale destacar que o
Bandeirantes está entre os melhores times amadores de nossa cidade em todos os
tempos. Chegou, inclusive, a representar Garça em competições regionais da
Federação Paulista de Futebol. Tinha até campo próprio, que ficava no final da
Rua João Bento, bem próximo da praça existente em Vila Mariana. Recordamos
o Garça Esporte Clube, que
entrou em campo no dia 16 de outubro de
1949, no antigo Campo de Vila Williams. Naquela oportunidade recebeu a visita do Centro Acadêmico “XI de
Agosto de São Paulo (Academia de Direito)” e venceu por 2 a 1, gols de Carlito
e Renatinho. Em pé da esquerda para direita: Péricles Lopes (dirigente), Dias,
Pedro, Quinho Boareto, Alcides Nicocheli, Mário, Ernesto Bertoluci, Nízio,
Rosarinho, Bororó e Augusto Andreta "Alemão" (dirigente); agachados:
Renatinho, Jairo, Geraldo “Caracu” Zancopé, Carlito, Lanço e Zeca Garcia.
Mas o grande trunfo do Rosarinho foi mesmo no
pedestrianismo, onde vem fazendo história. Próximo de completar 90 anos se
especializou nas corridas de fundo. Na tradicional prova de São Silvestre, que
ocorre sempre no dia 31 de dezembro em São Paulo, já disputou 21 provas, sempre
terminando o percurso. A primeira foi no ano de 1.952, quando ficou na 356ª
colocação. Depois de uma pausa, por motivos profissionais, retornou no ano de 1.995, quando já estava com 67 anos de idade. Na sua interminável carreira,
tem um currículo invejável: 38 maratonas completadas, e uma super de 50 km.
Conquistou 80 troféus e 210 medalhas para sua galeria. No ano de 2.001 disputou
5 maratonas, um recorde não recomendável por especialistas da área. Um dos
sonhos do Rosarinho agora é carregar a tocha olímpica quando da passagem por
São Paulo. Convenhamos, ele merece!!!