sexta-feira, 28 de maio de 2021

Recordar é Viver: "São Paulo é campeão paulista"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

O Campeão voltou. A torcida são-paulina está feliz e comemorando mais um título. No último domingo o glorioso São Paulo venceu com categoria o rival Palmeiras, pelo placar de 2 a 0 e conquistou o 22º título do Campeonato Paulista. Agora se iguala em números de conquistas estaduais ao Santos FC. O Palmeiras tem 23, e em primeiro está o Corinthians com 30. O primeiro Campeonato Paulista foi realizado no ano de 1.902 e até o momento somente três clubes do interior foram campeões: Ituano, Inter de Limeira e Bragantino.

 

O “Soberano” está com tudo e jogando o fino da bola. Quem assistiu a final contra o Palmeiras pode comprovar e afirmar que agora “quem manda no futebol paulista é o São Paulo”. Fundado no dia 25 de janeiro de 1.930, já ganharia no ano seguinte o primeiro título paulista. No ano de 1.946 realizou uma impecável campanha e  conseguiu a proeza de ser campeão invicto.

 

Um time que está bem identificado com a nossa cidade. Até porque um dos jogadores que mais vestiu a camisa do clube é o ex-goleiro garcense Waldir Peres, em 617 jogos. Só perde para o “mito” Rogério Ceni, com 1.237 jogos. Até achamos que dificilmente Waldir Peres e Rogério Ceni serão superados. Principalmente pelo estágio que está o futebol atualmente, e na relação “fria” entre times e jogadores. Hoje o mercado da bola tira o atleta do clube facilmente, até porque o lado financeiro influencia bastante.

 

A coluna homenageia a grande torcida são-paulina de Garça, em sua grande maioria formada de um público jovem. E recorda uma galerinha que teve a felicidade de ver um momento histórico quando o São Paulo jogou no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Foi no dia 18 de agosto de 1.978, na inauguração dos refletores do campo. Em ritmo de treinamento o time do São Paulo aqui jogou em preparativos para o confronto no domingo, contra o MAC, na vizinha cidade de Marília.

 

Numa das fotos vemos o ponta esquerda Zé Sérgio ao lado do Edgar Alves de Souza, tendo a frente, da esquerda para direita, os garotinhos: Márcio, Maurício, Digão, Edgar Júnior e Patrícia.

 



No outro flagrante, aparecem ao fundo, da esquerda para direita: Nezinho Marques, Júnior Chekerdemian, o volante Chicão, sendo entrevistado pelo repórter Paulo Pereira, da então Rádio Clube de Garça. Na mesma ordem seguem: Carlinhos Bonfim, Junior Meguerdetchian, Paulinho Martinez, Du Sganzerla, Naudert Braga Segundo e agachado está o Rubinho Bottino. Não identificamos os dois torcedores de bonés. E na outra foto, o “guapo” Waldir Peres com o Du Sganzerla. E quem também festejou bastante a conquista foi o Fernando Tardim, lá em Botucatu, a “Cidade dos Bons Ares”. O ex-goleiro de nossa várzea nos enviou uma foto posando com a camisa oficial do São Paulo (1.992), ao lado do filho Felipe, vestindo a bonita camisa retrô de 1.981.       

 






JOGO FESTIVO: 
 O São Paulo era o então campeão brasileiro, e se apresentou no “Platzeck”, numa noite de sexta-feira, diante de um público estimado de 10 mil pessoas. Segundo o também são-paulino Luiz Sganzerla foi a segunda vez que o São Paulo jogou em Garça, a primeira foi no mês de maio de 1.952, quando empatou em 1 a 1. Graças a sua memória invejável, o conhecido Luiz da “Musitape”, relembra os jogadores que estiveram em ação no Campo de Vila Williams. O Garça jogou com Velasco; Máximo e Tão Acorinte; Coutinho, Altamiro e Doleite; Garcia, Carlito, Paraguaio, Ceci e Liquinho; Técnico: Martin Carvalho. O São Paulo foi de Bertoluci; Clélio e Pichu; Pé de Valsa, Turcão e Alfredo; Maurinho, Bide, Albeja, Moreno e Teixeirinha; Técnico: Vicente Feola. Gols: Carlito para o Garça e Teixeirinha, para o tricolor.

 

Como aperitivo, na preliminar jogaram o Frigus x Seleção Varzeana. O pontapé inicial foi dado pelo Sr. Edil Peres, pai do Waldir Perez. O técnico Rubens Minelli, escalou o São Paulo com a seguinte formação: Equipe “A” – Toinho (Waldir Peres); Getúlio, Estevam, Bezerra e Antenor; Chicão, Neca e Viana; Edu Bala, Milton e Zé Sérgio; Equipe “B” – Waldir Perez (Toinho); Osmar, Tecão, Goiano (Plínio Dias) e Mário Valter; Teodoro, Muller e Peres; Rogerinho, Armando e Osmar Silvestre (Gaúcho). Gols: Milton (3) e Zé Sérgio para os titulares e Gaúcho para os suplentes. Arbitragem: João Luiz Zancopé, auxiliado por Antonio Carlos Roberto e Luiz “Sorocaba" Guerino; Renda-Cr$-110.000,00.