sábado, 10 de setembro de 2011

A emoção de um basqueteiro!!!


O dia 10 de setembro entra para história do basquete brasileiro como a data em que a seleção encerrou um jejum inexplicável de 16 anos sem estar numa Olimpíada. O Brasil, em solo argentino, venceu a Rep. Dominicana, 83 a 76, e garantiu presença no torneio de Londres no ano que vem. Para muitos seria uma partida fácil, pois o Brasil vinha embalado após passar pela Argentina e por Porto Rico, uma eterna 'pedra no sapato'. Mas a nossa experiência na modalidade dizia que não seria bem assim. Sem nunca disputar os Jogos Olímpícos, a Dominicana - audaciosos, atletas levaram duas caixas de champagne para o vestiário antes do jogo, tamanha era a certeza da vitória - insistiu em impôr resistência. Aproveitou-se do fato de Splitter, Giovanonni e até Huertas - apesar de uma bandeja 'santa' no minuto final - não estarem numa jornada altamente satisfatória e nunca deixou o Brasil se desgarrar. Marcelinho Machado - pasmem! - foi o melhor em quadra, cestinha do jogo e, caprichosamente, o atleta que fez o último ponto dos brasileiros na partida.
Vamos a Londres!E pelas mãos de um técnico argentino, em quadras platinas!O exuberante, espetacular, diferenciado, Rubén Magnano, calou a boca dos críticos que não aceitavam um treinador estrangeiro - ainda mais um 'hermano' - à frente do elenco. Ficou provado o fracasso dos treinadores brasileiros nos últimos anos. A falta de humildade por aceitar que a tática utilizada pelo Brasil destoava do basquetebol mundial, sempre foi um empecilho difícil de superar. Magnano provou. Provou e levou o Brasil às Olimpíadas. Nós, basqueteiros, agradecemos eternamente ao comandante e torcemos para que ele continue por muito tempo aqui em terras tupiniquins. Agora todos sabem o porquê do Brasil nunca vencer a Argentina enquanto ele estave por lá. Inclusive coordenando a base que cansou de surrar os brasileiros nos últimos anos. Emocionando - isso é muito comum em nós, basqueteiros - lembro, com muito orgulho, que dos 12 atletas que estavam em Mar Del Plata, cinco deles já enfrentaram o basquetebol de Garça em temporadas passadas, com algumas vitórias e derrotas: Alex (Assis), Benite (Regatas/Campinas e Rio Claro), Augusto Lima (Franca), Caio Torres (Pinheiros) e Rafael Luz (Jundiaí). Sem dizer que o pivô Paulão Prestes, que foi vice-campeão paulista infanto-juvenil por Garça em 2004, fez parte de toda a preparação e foi o último corte da comissão técnica. Por fim, valeu Brasil. E até Londres!!!