Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Se
muitos jogadores nascidos em Garça conseguiram sucessos na árdua carreira, o
Cássio Luiz Zancopé bem que tentou ser um jogador. Mas não conseguiu. Como um
esportista nato, partiu para outros campos, e se tornou árbitro de futebol.
Dizem que “filho de peixe, peixinho é”. Pois bem, o Cássio Zancopé decidiu
seguir os passos do pai, João Luiz Zancopé, um grande goleiro e ex-árbitro do nosso
amadorismo.
Depois
de frequentar o difícil curso em São Paulo, Cássio Zancopé foi aprovado e
passou a ser árbitro na Federação Paulista de Futebol, desde o ano de 2.001.
Hoje faz parte do grupo de elite, integrando a Categoria 1 (acima só tem a especial),
e abaixo tem mais quatro categorias. Neste ano já apitou doze jogos oficiais, incluindo
a Copa São Paulo de Juniores e Campeonato da Série A-2 e A-3 no
profissional. Veja a seguir o bate papo
de Cássio Zancopé com a coluna:
01
– Qual o esporte que sempre gostou de praticar?
R) Comecei no futebol, mas
atualmente pratico ciclismo de estrada e voleibol
02
- Times que jogou?
R) lembro dos Fraldinhas da CCE (Comissão Central de
Esportes) e do Guarani. Joguei ainda no time do Garça Tênis Clube, comandado
pelo Ditinho Bola, hoje treinador de goleiros.
03
- Quando decidiu que seria arbitro?
R)
Depois que o Professor Sérgio de Stefani me incentivou a ser árbitro no futebol
amador da cidade, aprendi a gostar do ofício e em 2000 surgiu a oportunidade de
fazer o curso da Escola de Árbitros Flávio Iazetti (FPF), tendo como diretor na
época o Senhor Gustavo Caetano Rogério.
04
- Como foi fazer o curso arbitragem na Federação? Quantos anos durou?
R) Foi uma experiência gratificante,
pois se tem acesso ao que há de mais avançado no país, não somente em matéria
de Regras e Regulamentos, mas também em preparação física e psicológica,
instrutores altamente capacitados e acompanhamento profissional/social.
05
- Que ano se formou, e que categoria de arbitro voce está na FPF
R) foi em 2.001 e atualmente estou na categoria 1.
06
- Até que idade um árbitro pode apitar?
R) 45 anos (atualmente o Cássio está com
40).
07
- Pode chegar a ser um arbitro da CBF ou FIFA?
R) Hoje pela minha idade e também
disponibilidade de tempo não, pois a política de arbitragem hoje é pela
renovação do quadro de árbitros.
08
- E mais fácil apitar um jogo profissional ou no amador garcense?
R) Com certeza profissional.
09
- Já saiu alguma vez de "camburão" de um campo?
R)
Não. Não tive esse privilégio ainda.
10
- Qual o seu ídolo na arbitragem ou em que arbitro espelhou na carreira?
R) Tenho grande exemplos de árbitros,
partindo do meu saudoso pai. Trabalhei com a maioria dos
"grandes" árbitros de São Paulo: Wilson Luiz Seneme, Oscar Roberto de
Godoi, Paulo Cesar de Oliveira, etc). No contexto geral o Sálvio Fagundes
Spinola Filho, atualmente comentarista de arbitragem de TV, foi o que tive mais
identificação.
11
- O que você acha da profissionalização dos árbitros?
R)
Já passou do momento do árbitro também ser um "profissional". Até
pela exigência física existente hoje no futebol de alto nível; não podemos
arbitrar uma partida de 22 atletas que que se preparam especificamente pra
aquilo, sendo que somos obrigados a ter uma outra profissão no dia a dia, é um
contrassenso.
12
- Sua opinião do "ponto-eletrônico".
R) Foi uma ferramenta que veio pra
ficar. Muito dinâmica e eficaz. Melhorou muito desde a sua introdução como
praticidade, peso e qualidade de som. A tendência é que ainda passe por
inúmeras melhorias, até porque o avanço do futebol e suas exigências também não
param.