Por Wanderley `Tico´ Cassolla
O tempo passa. Como sempre
falava o saudoso locutor Fiori Giglioti, nos potentes microfones da Rádio
Bandeirantes de São Paulo, nas tradicionais jornadas esportivas de antigamente.
E a medida que vai passando,
grandes esportistas e amigos próximos vão caminhando para um nova jornada.
Ainda recentemente quem partiu para os campos da eternidade foi o nosso grande amigo
Ernesto Naokiti Kagueiama. Uma notícia que chocou nossa comunidade, principalmente
entre os esportistas. Eu, particularmente, via no então presidente da AABB –
Associação Atlética Banco do Brasil -, um abnegado desportista e um tradicional
garcense bairrista, daquele que gostava de divulgar o nome de Garça, por
ocasião dos tradicionais jogos entre as AABB’s, seja no âmbito regional, estadual ou
nacional. Além do que o Ernesto era fiel leitor da coluna e um exímio
“conferente” dos assuntos. Era só darmos uma “pisada na bola” ou cometer algum
erro, que ele me ligava ou parava nas ruas pra conversar: “olha você escreveu
errado, ou esqueceu de falar daquele jogador ou time. Eu de pronto já o
questionava, num tom meio que provocativo. Mas ele provava por “a” mais “b” que
estava certo. Assim eram os nossos encontros.
A minha amizade com o Ernesto vem desde meados
dos anos 70. Na época estudávamos na Escola Técnica de Contabilidade, situada
na Avenida Brasil (atual Av. Dr. Rafael Paes de Barros), esquina com a Rua 27
de Dezembro. Lembro que transcorria a Copa do Mundo de Futebol na Alemanha. A
Seleção Brasileira era favorita para ser campeã. Até que caiu de forma
inapelável para a Holanda, com seu famoso carrossel.
O clima na escola entre os
alunos ficou bem desanimado. Até que num bate papo informal surgiu a idéia de
se organizar um torneio de futebol de salão (hoje futsal) entre as classes, mas
era precisar chegar no diretor, o Sr. Luiz Yamauchi. O Ernesto falou em alto e
bom som “deixa comigo”. Conversou com ele, elaborou o regulamento e conseguiu
toda a premiação no comércio. Resultado: uma semana de jogos noturnos no ginásio
“Wilson Martini”, sempre com casa cheia. Pra não ficar de fora, o Ernesto foi
goleiro dos professores. A partir daí, o torneio virou tradição e foi promovido
por muitos anos.
Depois ele ingressou no
Banco do Brasil e sempre colaborou com o time de futebol suíço. Ultimamente
chegou na presidência da AABB, onde reativou o esporte no local, montando equipes
de várias modalidades para disputar os jogos da JERAB, JESAB, em várias
cidades, como por exemplo, Marília, Bauru, Ribeirão Preto, Joinvile (SC), Belo
Horizonte (MG), dentre outras.
Veja nos flagrantes, um dos
times de futebol suíço; recebendo a premiação do presidente da JESAB, e por
último com o atleta Tamura (a dir). Na outra foto em jogo festivo de final,
aparece ao lado de consagrados atletas: Emerson, Xuxa e Alemão (futsal).