sexta-feira, 28 de maio de 2021

Recordar é Viver: "São Paulo é campeão paulista"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

O Campeão voltou. A torcida são-paulina está feliz e comemorando mais um título. No último domingo o glorioso São Paulo venceu com categoria o rival Palmeiras, pelo placar de 2 a 0 e conquistou o 22º título do Campeonato Paulista. Agora se iguala em números de conquistas estaduais ao Santos FC. O Palmeiras tem 23, e em primeiro está o Corinthians com 30. O primeiro Campeonato Paulista foi realizado no ano de 1.902 e até o momento somente três clubes do interior foram campeões: Ituano, Inter de Limeira e Bragantino.

 

O “Soberano” está com tudo e jogando o fino da bola. Quem assistiu a final contra o Palmeiras pode comprovar e afirmar que agora “quem manda no futebol paulista é o São Paulo”. Fundado no dia 25 de janeiro de 1.930, já ganharia no ano seguinte o primeiro título paulista. No ano de 1.946 realizou uma impecável campanha e  conseguiu a proeza de ser campeão invicto.

 

Um time que está bem identificado com a nossa cidade. Até porque um dos jogadores que mais vestiu a camisa do clube é o ex-goleiro garcense Waldir Peres, em 617 jogos. Só perde para o “mito” Rogério Ceni, com 1.237 jogos. Até achamos que dificilmente Waldir Peres e Rogério Ceni serão superados. Principalmente pelo estágio que está o futebol atualmente, e na relação “fria” entre times e jogadores. Hoje o mercado da bola tira o atleta do clube facilmente, até porque o lado financeiro influencia bastante.

 

A coluna homenageia a grande torcida são-paulina de Garça, em sua grande maioria formada de um público jovem. E recorda uma galerinha que teve a felicidade de ver um momento histórico quando o São Paulo jogou no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Foi no dia 18 de agosto de 1.978, na inauguração dos refletores do campo. Em ritmo de treinamento o time do São Paulo aqui jogou em preparativos para o confronto no domingo, contra o MAC, na vizinha cidade de Marília.

 

Numa das fotos vemos o ponta esquerda Zé Sérgio ao lado do Edgar Alves de Souza, tendo a frente, da esquerda para direita, os garotinhos: Márcio, Maurício, Digão, Edgar Júnior e Patrícia.

 



No outro flagrante, aparecem ao fundo, da esquerda para direita: Nezinho Marques, Júnior Chekerdemian, o volante Chicão, sendo entrevistado pelo repórter Paulo Pereira, da então Rádio Clube de Garça. Na mesma ordem seguem: Carlinhos Bonfim, Junior Meguerdetchian, Paulinho Martinez, Du Sganzerla, Naudert Braga Segundo e agachado está o Rubinho Bottino. Não identificamos os dois torcedores de bonés. E na outra foto, o “guapo” Waldir Peres com o Du Sganzerla. E quem também festejou bastante a conquista foi o Fernando Tardim, lá em Botucatu, a “Cidade dos Bons Ares”. O ex-goleiro de nossa várzea nos enviou uma foto posando com a camisa oficial do São Paulo (1.992), ao lado do filho Felipe, vestindo a bonita camisa retrô de 1.981.       

 






JOGO FESTIVO: 
 O São Paulo era o então campeão brasileiro, e se apresentou no “Platzeck”, numa noite de sexta-feira, diante de um público estimado de 10 mil pessoas. Segundo o também são-paulino Luiz Sganzerla foi a segunda vez que o São Paulo jogou em Garça, a primeira foi no mês de maio de 1.952, quando empatou em 1 a 1. Graças a sua memória invejável, o conhecido Luiz da “Musitape”, relembra os jogadores que estiveram em ação no Campo de Vila Williams. O Garça jogou com Velasco; Máximo e Tão Acorinte; Coutinho, Altamiro e Doleite; Garcia, Carlito, Paraguaio, Ceci e Liquinho; Técnico: Martin Carvalho. O São Paulo foi de Bertoluci; Clélio e Pichu; Pé de Valsa, Turcão e Alfredo; Maurinho, Bide, Albeja, Moreno e Teixeirinha; Técnico: Vicente Feola. Gols: Carlito para o Garça e Teixeirinha, para o tricolor.

 

Como aperitivo, na preliminar jogaram o Frigus x Seleção Varzeana. O pontapé inicial foi dado pelo Sr. Edil Peres, pai do Waldir Perez. O técnico Rubens Minelli, escalou o São Paulo com a seguinte formação: Equipe “A” – Toinho (Waldir Peres); Getúlio, Estevam, Bezerra e Antenor; Chicão, Neca e Viana; Edu Bala, Milton e Zé Sérgio; Equipe “B” – Waldir Perez (Toinho); Osmar, Tecão, Goiano (Plínio Dias) e Mário Valter; Teodoro, Muller e Peres; Rogerinho, Armando e Osmar Silvestre (Gaúcho). Gols: Milton (3) e Zé Sérgio para os titulares e Gaúcho para os suplentes. Arbitragem: João Luiz Zancopé, auxiliado por Antonio Carlos Roberto e Luiz “Sorocaba" Guerino; Renda-Cr$-110.000,00.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Recordar é Viver: "Luizinho, um autêntico ponta-direita"

 







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A coluna recorda um pouco da carreira do carismático Luiz Antonio, ou simplesmente, Luizinho, um ponta direita de grandes predicados técnicos, que surgiu na várzea garcense nos anos 70. Como bem disse certa vez o Betao Aguiar, ex-técnico do campeoníssimo Flamengo, de Vila Rebelo: “Muitos bons jogadores passaram pelo time, mas o Luizinho como ponta direita, se destacava dos demais. Além de uma velocidade incrível para correr os noventa minutos, tinha facilidade para ir na linha de fundo e cruzar na área. Sem falar que era uma ótima pessoa, e com aquela simplicidade peculiar de quem nasceu na roça”. 


Opinião também compartilhada pelo primeiro treinador aqui da cidade, o Bofetti, comandante do juvenil do Botafogo: “Quando o Luizinho chegou da Fazenda Santana do Pereira Leite, já vi nele um garoto bom de bola e de futuro no futebol. Sabia driblar na velocidade. Quando era lançado em profundidade, era difícil o lateral alcançá-lo. Depois daí ele se destacou nos times amadores”.


De fato, o Luizinho tinha tudo para seguir na carreira profissional, porém, este não era o seu destino. Coisas que só acontecem no futebol. Nos anos 70 as diversões para a garotada eram poucas, praticamente se resumia ao futebol. Para o Luizinho não foi diferente, pois morava na zona rural. Ali,  com a idade de 13 para 14 anos, começou a jogar no time da Fazenda Santa do Pereira Leite.


Até que nos idos de 1976 decidiu disputar o campeonato juvenil pelo Botafogo. No ano seguinte foi para o SALEC, e conquistou o primeiro título, num inesquecível jogo contra o Flamenguinho, de Vila Rebelo. O SALEC, do saudoso técnico Miro, ganhou pelo placar de 1 a 0, gol do Élcio. Este jogo o Luizinho lembra com muito carinho e um pingo de emoção. A final foi disputada no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, na preliminar de Garça x XV de Jaú.


A partir daí começou a desfilar nos gramados garcenses, disputando um forte Campeonato Amador. Dentre os principais times, jogou na Casa Ipiranga, Cavalcante, Ipiranga, Flamengo, Centro Esportivo do Garça e no próprio Salec, onde foi novamente campeão, na temporada de 1.980 (foto). Em pé da esquerda para direita: Evaldo, Marcel, Ednalvo (treinador), Zé Carlos (massagista), Cacau, Serginho, Mizo, Silvão, João De Deus, Gininho, Precípito, Ronier, Luiz Antônio, e Márcio Miranda; agachados: Tiguinha, Airton, Wilsinho Batata, Luizinho, Roldnei, Cabreirinha, Robson, Gininho, Tonho Alves e Túlio Calegaro. Um título marcante, porque jogou ao lado do sempre querido irmão João de Deus, centroavante goleador, que infelizmente não está mais entre nós.


Veja o Luizinho no time do Flamengo, campeão amador em 1.990. Em pé, da esquerda para direita: Fernando Tocilo, Nel, Mário Fogo, Ênio Aguiar, Du e Nêni,; agachados: Dione, Lolinha, Tuca, Luizinho e Tino.


Com o “nome em alta” não só na cidade, foi convidado e disputou o Campeonato Regional da Liga de Marilia, pelo Gália e Alvinlândia. Chegou até treinar no Maquinho, na época treinado por Walter Zaparoli, indicado que foi pelo esportista e competente Ednaldo Cardoso de Andrade.


Nos idos de 1.995, Luizinho foi trabalhar na região de Campinas. Pensou que seria uma viagem rápida. Gostou e está até hoje morando por lá. Apesar da vida mais corrida, ainda disputou o amador campineiro pelo time do São Cristóvão. De lá acompanha o seu amado Corinthians, o time do coração.


E olha o sugestivo bolo quando comemorou mais um aniversário (foto). No futebol tem como ídolo, Zico, o consagrado “Galinho de Quintino”, o melhor jaqueta 10 da história do Flamengo carioca.


Luzinho já atingiu a merecida aposentadoria, mas não consegue ficar parado, pois está trabalhando como Uber. Sempre que pode vem a Garça rever os amigos que fez ao longo dos anos. Não esquece daqueles que jogavam muita bola: Dinho Parreira (foto), Tonho Alves, Gininho, Tonho Nêgo, Zirtinho, Osmar Tanajura, Serginho Cabeça, Biro Biro, Adãozinho, Júlio Cabeça e Dinho Scartezini, além de vários outros.


Luizinho não descarta a possibilidade de um dia retornar à sua querida Garça. Se fosse possível, recomeçaria tudo de novo. E com uma bola nos pés, a sua grande e eterna paixão.

Vizinha Marília poderá ter dois times de futebol profissional

 


A `Cidade Símbolo de Amor e Liberdade´ poderá ter duas equipes profissionais. Pelo menos é isso o que foi divulgado durante a semana e tem movimentado as redes sociais, com tradicionais torcedores maqueanos rechaçando totalmente a possibilidade do `Abreusão´ receber as cores vermelho e branca em sua pintura.

Abaixo eu reproduzo matéria publicada no site `Futebol Interior´, com todas as informações sobre o assunto. Confira:

"Depois de 34 anos fora do futebol profissional, a Associação Atlética São Bento de Marília, voltará a disputar uma competição da Federação Paulista de Futebol (FPF). Pelo menos é o que garantiu o empresário de atletas, Bruno Marinho Barcellos, de 37 anos, que foi aclamado presidente no dia 10 de maio (segunda-feira), em assembleia geral.

O agente carioca mora em São Paulo, é filiado ao PL (Partido Liberal) e já confirmou ser pré-candidato a deputado federal, nas eleições de 2022. “Em 2006 cheguei a concorrer ao cargo público”. Pela primeira vez, Bruno será gestor de um clube de futebol.

Ele afirma ser sócio do São Bento desde 2016, quando o então presidente Alex Marques de Sousa reativou a agremiação, que disputou somente uma competição da Liga Paulista (entidade paralela à FPF) e meses depois teve suas atividades suspensas novamente.

“Naquela época eu seria o sócio e um dos investidores do clube, mas acabei tendo que viajar para a Itália, para realizar outro projeto e a parceria não aconteceu naquele momento. Porém, desde o final de 2019 estou no Brasil e em 2020, antes mesmo da pandemia, eu conversei com o Alex novamente para retomarmos o nosso projeto em Marília. Ele disse que não queria mais, mas que me passaria a presidência se eu quisesse”, explicou.

Bruno Marinho não tem nenhum tipo de ligação com a cidade de Marília ou com o São Bento, mas seu sócio e agora vice-presidente do clube, Fábio Moreira, conhecia Alex Marques. “O Fábio não nasceu em Marília, mas foi criado na cidade. Ele não mora em Marília, contudo possui vários familiares residindo. Os pais dele estão enterrados em Padre Nóbrega (distrito da cidade) e o pai já fez parte do São Bento”, mencionou.

O carioca Bruno Marinho Barcellos

Processo de Refiliação

O presidente da Associação Atlética São Bento frisou que para o clube voltar a ser filiado na Federação, é necessário que a agremiação apresente um local para mandar seus jogos, para depois pagar a taxa. “Enviamos um ofício à Prefeitura Municipal no último dia 11, para liberar o estádio Bento de Abreu pra nós, com base na Lei 55, de 10 de junho de 1930. O Poder Público tem até o final desta semana (dia 21) para responder e acatar o documento”, destacou Bruno Marinho.

Um dos artigos da Lei 55 diz que: “Autoriza a receber de Bento de Abreu Sampaio Vidal e sua senhora, terreno situado na Avenida Cascata, destinada a instalação do São Bento Atlético Clube, que o mesmo cederá a Municipalidade as benfeitorias feitas no terreno.

A Prefeitura cederá o Stadium a A.A. São Bento enquanto esta preencher os fins sociais, mediante regulamentação expedida pela Prefeitura”.

“Precisamos desta documentação da prefeitura para dar entrada no processo de refiliação, pois a Federação não permite que um clube fora tanto tempo, indique um estádio fora de sua cidade”, lembrou.

O dirigente do São Bento informou que a taxa para voltar ao profissionalismo é de R$ 800 mil. “A resolução da Federação diz que um clube novo ou que está se refiliando, paga esse valor se for jogar em uma cidade onde já existe uma agremiação. Se fosse em uma cidade sem clube, o valor seria de R$ 400 mil. Nós já temos esse valor para pagar, mas estamos negociando a forma de pagamento e um possível desconto do valor”, revelou.

O objetivo do São Bento já é participar do Campeonato Paulista da 4ª Divisão desta temporada, que deve começar em agosto. O clube precisa ter toda a documentação em mãos até um dia antes do Conselho Arbitral da competição. “Estamos correndo contra o tempo e pedindo urgência em nossos ofícios, porque temos a informação que o Arbitral vai acontecer no dia 12 de junho”.

Estrutura financeira pronta

Além de já contarem com o dinheiro para o pagamento da taxa, Bruno Marinho disse que toda a estrutura financeira para colocar o São Bento em atividade está pronta. “Temos muitos parceiros empresários que vão nos ajudar, mas a condição já está clara para todos. Os jogadores que vierem, o nosso clube terá pelo menos 70% dos direitos econômicos de cada um. Também sou empresário, mas o meu olhar agora é de presidente e tenho que defender os interesses da agremiação”, avisou.

O dirigente revelou que já possui um patrocinador máster para o uniforme. Será o banco digital “Ferrari Pay”, que fica no Reino Unido e com sede também na Itália. “O presidente do banco é muito amigo meu. No ano passado eles patrocinaram o Goiás no Campeonato Brasileiro e agora patrocinam por jogo”.

O técnico do Alvirrubro mariliense será André Silva, de 41 anos, que jogou de zagueiro no futebol da Croácia, de 2002 a 2014. “Ele também gerenciou o projeto do Clube Futebol Zico (CFZ). Atletas e comissão técnica estão prontos para se apresentarem, assim que confirmarmos a filiação”. O projeto do São Bento visa a construção de um Centro de Treinamento.

“Temos uma fazenda na região, para a construção dessa estrutura. Ainda não posso divulgar o local, mas fica há 30 quilômetros de Marília. Paralelamente a isso, temos o terreno do Jardim Cavalari (antigo poliesportivo do MAC), que foi vendido de forma ilegal. Nosso departamento jurídico já está trabalhando nesse caso, para podermos recuperar essa área”, mencionou o dirigente.

Enquanto essa estrutura não está disponível, o São Bento irá arrendar um hotel em Marília ou na região, para abrigar os atletas “Se não conseguirmos disputar o Paulista da 4ª Divisão esse ano, por conta da documentação, iremos com certeza participar em 2022. Utilizaremos a verba para o processo de captação de atletas e para a formação de times masculino e feminino de vôlei, que disputarão as competições federadas. O São Bento voltou para revolucionar e não apenas para ter uma equipe de futebol. Nossa meta também é apoiar esportes olímpicos”.

Dívidas e pintura do Abreuzão

Bruno Marinho Barcellos confirmou que o São Bento possui dívidas, que totalizadas são de aproximadamente R$ 400 mil. “A que está dando mais dor de cabeça é com a Receita Federal, porque depois que o clube encerrou sua participação em competições federadas (1987), nunca foi feita a declaração. Há também um débito com a Prefeitura Municipal de R$ 56 mil, referente ao período de 1989 a 2001 e que nós pedimos vistas do processo, pois essa cobrança já prescreveu. No entanto, nós já pedimos ao Poder Público para ser o teor dessa cobrança. Também mandamos ofício à Federação para saber se o clube também tem algum débito lá”.

Sobre as ações trabalhistas, o presidente já entrou em processo de negociação com os credores. “Esse valor total de R$ 400 mil com certeza será diminuído através de acordo com os envolvidos”, explicou.

Respaldado pela Lei 55 de 1930, Bruno Marinho também colocou no ofício, que a pintura do estádio Bento de Abreu não poderá ser apenas em azul e branco e com o símbolo do MAC. “Queremos igualdade nas cores, o São Bento é vermelho e branco. Ou cada clube tem metade do espaço nos muros do estádio ou pintam tudo de branco. Deixo bem claro que não temos nada contra o Marília e mesmo tendo direito a exclusividade do Abreuzão, nossa intenção não é prejudica-los, mas exigimos os mesmos direitos”, enfatizou.

O mandato de novo presidente da Associação Atlética São Bento de Marília irá até maio de 2025. Na última segunda-feira (dia 17), foi anunciado Altair Sant’Anna como novo gerente de futebol, que é ex-jogador e que já foi observador técnico do Vasco-RJ.

São Bento: primeiro clube de Marília

A Associação Atlética São Bento é a primeira agremiação da cidade, fundada no dia 3 de abril de 1928. O município de Marília nasceu em 1923, mas só foi emancipado no dia 4 de abril de 1929, um ano após o clube ter surgido. As cores do Leão (mascote) sempre foram vermelho e branco.

O São Bento é considerado um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol e disputou 14 temporadas como equipe profissional. O primeiro período de participação foi de 1947 a 1952 no Campeonato Paulista da 2ª Divisão (atual Série A-2). Nesta mesma competição atuou de 1959 até 1964. Na década de 80, fez suas últimas aparições nos anos de 1986 e 1987, com presença na 3ª Divisão estadual. Um novo distintivo foi elaborado pela nova gestão."

Reportagem especial de Jorge Luiz - (@jorgeluiz.jornalista.esportivo no Instagram)

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Recordar é Viver: "Paulo Pereira, um corintiano nos microfones"

 


Wanderley `Tico´ Cassolla

Em se falando do futebol, a cidade de Garça sempre revelou bons jogadores. Muitos seguiram na carreira e se tornaram profissionais. Com o rádio garcense a situação também se repete. Grandes profissionais de imprensa aqui surgiram, uma tradição que vem desde a antiga Rádio Clube de Garça.

Muitos foram em frente, alcançaram sucessos nos microfones de outras cidades, alguns “explodiram” na capital paulista. Citar nomes daria uma lista extensa, poderíamos cometer alguma injustiça, esquecer nomes. Mas um merece registro especial: Paulo Pereira, que neste ano está completando 45 anos falando nos microfones. Assim é este garcense nato, o  “PP do Rádio”, um fiel corintiano, que tem muito orgulho do que faz. Com seu jeitão simples, de locutor `bão´ do interior, o  “PP”  é uma unanimidade no rádio planaltino. E com aquele vozeirão  grave, que agrada em cheio o público em todas as classes. “Pendurar os microfones” ainda não está nos seus planos´. Enquanto estiver com o “gogó” em forma, vai continuar  naquilo  que é a sua vida, sua eterna paixão, os microfones, levando informação, entretenimento, musica e alegria aos ouvintes. De fato o “PP” já se tornou uma bandeira da nossa imprensa falada.

O INÍCIO: O ano era de 1.976, o jovem Paulo Pereira, um sonhador, durante o dia trabalhava  na construção civil, fazendo pequenas reformas. À noite estudava no extinto Colégio Comercial de Garça, juntamente como radialista Aparecido Martins, que estava se transferindo para Capão Bonito. O saudoso Cido Martins, vendo nele um bom potencial, fez o convite para um teste na Rádio Clube de Garça. Veio aquele frio na barriga. No dia seguinte  fez a primeira avaliação. Voltou  mais uma vez, e com algumas técnicas vocais mais aprimoradas, “acabei sendo aprovado pelo mestre Nilson Bastos Bento, a quem tenho um carinho todo especial. Entrei para o fantástico mundo do rádio”. A partir dali fez praticamente de tudo em emissoras: locutor de estúdio, repórter esportivo, noticiarista, apresentador de cerimonial, etc.

A CARREIRA: Na Rádio Clube de Garça trabalhou entre os anos de 1.976 à 1.981. Depois foi para a Rádio Amorim Juventude de Rondonópolis/MS, onde permaneceu por 5 anos. Em seguida, retornou para a vizinha cidade de Marília, e na Rádio Dirceu atuou por 12 anos, que considera um tempo muito bom profissionalmente. Até que voltou para Garça, onde trabalhou por cerca de 12 anos na Rádio Universitária/UniRádio, do amigo José Abraão. Até que retornou à Rádio Centro Oeste onde permaneceu até o ano de 2.019. Neste período, ainda passou pelo jornalismo da Rádio Clube de Marília. Ao longo da carreira, entrevistou grandes personalidades, cantores, artistas famosos, jogadores, etc. Um em especial, José Daniel Camillo, o cantor sertanejo Daniel (foto), o moço de Brotas.

Praticamente uma vida inteira vivenciada no rádio, onde o “PP” faz questão de agradecer ao seu descobridor, Cido Martins, Nilson Bastos Bento e todos os profissionais que estiveram a seu lado, formando um grande time e de muito sucesso e respeito, e também aos empresários que sempre lhe ofereceram boas oportunidades. O primeiro tempo do jogo já foi cumprido. 


Mas o jogo ainda não terminou. Agora o “PP” parte firme para o segundo tempo, na etapa WEB. Desde o ultimo dia 5 de Maio está nos microfones da Rádio Club Web de Garça, ocupando o novo espaço permitido pela tecnologia. Como sempre, confiante que vai oferecer o melhor trabalho em áudio e vídeo para os ouvintes de Garça e também de todo o planeta. Todas as manhãs, das 5 horas às 7 horas, de segunda a sexta feira, o “PP” está ao vivo e a cores, como gosta de frisar. Apresentando o “Cantinho Sertanejo” (foto), com aquela musica boa e uma mensagem gostosa de ouvir, de sua querida Garça branca, alçando um voo longo pelo mundo afora.


FESTA DOS REFLETORES:
No dia 18 de agosto de 1.978, foram inaugurados os refletores do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Uma grande festa, numa noite de sexta feira. Um campo lotado de torcedores, com a presença do São Paulo FC, então campeão brasileiro, com destaque para o  goleiro Waldir Peres no gol e vários outros craques da bola. O tricolor paulista realizou uma espécie de treinamento, de um lado o time principal x time reserva, reforçado por alguns jogadores de Garça. O “PP” sempre presente nos grandes eventos e como repórter esportivo, aproveitou a oportunidade para entrevistar o volante Chicão (foto), jaqueta 5 do time do Morumbi.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Presidente coloca estádio de equipe tradicional à venda

 


Existem equipes tradicionais, bem conhecidas, que se mantiveram ao longo do tempo graças à inexplicável paixão de alguns dirigentes. No Brasil, há inúmeros exemplos disso. Porém, um dia tudo  acaba e daí a equipe sai das quatro linhas e passa a integrar o rol daquelas que hoje fazem parte do passado, ficando no imaginário dos torcedores.

Um desses casos é do icônico São Domingos, time de futebol alagoano, fundado em 1964 e que tem dois vice-campeonatos estaduais (1971/88), além de participação na 2ª divisão nacional em 1972 e uma conquista da Série B alagoana em 1999.

Presente em dezenas de testes da inesquecível Loteca - ou Loteria Esportiva - nos anos 70 e 80, realizou jogos fantásticos frente aos grandes de Alagoas (CSA e CRB). Chegou a contar com o futebol do folclórico centroavante Beijoca, ainda em início de carreira, que depois fez história no Bahia e chegando a atuar até no Flamengo.

Com poucos dirigentes - ou seriam abnegados? - em sua historia, o `Domingão´ é comandado desde 1982 pelo advogado José Cordeiro Lima, responsável pela manutenção das atividades da equipe por quase quatro décadas, quando se afastou devido a problemas de saúde.

Figura simpática e acessível ao extremo, Cordeiro, como é conhecido, tem uma ligação visceral com o São Domingos. Com recursos próprios, começou a construção em 1998, de um estádio na bela Massagueira - Em tupi-guarani significa `lugar que foi alagado´ -, a 15 kms de Maceió e 5 kms da Praia do Francês, pertencente à cidade de Mal. Deodoro. 

Encravado num dos lugares mais valorizados no entorno da capital alagoana, até porquê estamos falando do maior centro de crustáceos da América Latina, o estádio, a 600 mts da rodovia Maceió - Mal. Deodoro, chama a atenção pela infraestrutura oferecida, pois é dotado de alojamento para 40 atletas, refeitório e 12 salas sob as arquibancadas. Ainda há um campo ao lado do estádio servindo como treinamento para as categorias de base, ou seja, tudo o que é preciso para a formação de atletas numa região onde o que não falta são verdadeiras jóias a serem descobertas.

José Cordeiro Lima, presidente do São Domingos-AL

Mas o presidente está afastado involuntariamente. E por isso o `Domingão´ não está mais ativo. O `Cordeirão´, com capacidade em torno de 4 mil torcedores e nunca totalmente finalizado, está à venda. A confirmação foi passada, via telefone, pelo próprio cartola, que nos atendeu com uma cordialidade ímpar, pois me interessei por essa historia de paixão esportiva e fiz questão de conversar com ele e me comprometer a divulgar esta página tão bela do futebol nacional por todos os órgãos de imprensa que eu tenha acesso.

Caso você conheça algum interessado em atuar na formação de atletas e que pudesse fazer um investimento de tamanha magnitude, o endereço eletrônico do presidente José Cordeiro Lima é o seguinte: cordeirolimaoab@ig.com.br 

Ah! Ia me esquecendo: segundo o dirigente, quem comprar o estádio e a estrutura em torno dele, leva de `brinde´ o próprio time, inclusive com todos os uniformes!

terça-feira, 4 de maio de 2021

Boa ação: botonistas garcenses direcionam doações ao Lar dos Velhos

 

O futebol de botão é uma modalidade que tem crescido muito em Garça. Aproveitando essa `onda´, foi realizada recentemente a Etapa Rivelino, a primeira entre aquelas que definirão durante o ano, o campeão municipal/21.

Porém, as ações não ficaram apenas nos campos. Os competidores fizeram uma campanha de arrecadação, conseguindo um volume de caixas de leite longa vida.

O total foi entregue pelos representantes do Clube de Botonistas, que fizeram questão de comparecer ao Lar dos Velhos, localizado à rua Maria Izabel. Abaixo, dois flagrantes da visita:

Cassiano Pelegrini, Cláudio (presidente da entidade), Tico Cassolla e Fabinho Perez


Tico Cassolla fez questão de cumprimentar o amigo de longa data, Inocêncio `Rabudinho´

Criação do Fundo Municipal do Esporte é deliberada pela Câmara Municipal de Garça


Júlio César Martins, secretário municipal da Juventude, Esportes e Lazer

Foi deliberado - aprovado para entrar em votação pelos vereadores - Projeto de Lei do Executivo garcense que cria o Fundo Municipal do Esporte. Agora o PL passará pelas Comissões Internas da Casa Leis, para depois voltar a plenário para votação.

Mas o que é o Fundo Municipal do Esporte? Procuramos o secretário de Esportes do município, Júlio César Martins, que fez questão de nos explicar: "Foi uma ideia minha e do Netto Gamba (diretor de Esportes), mais dele que fez questão de pesquisar as cidades que já tem esse Fundo, inclusive Marília. Nestas localidades este Fundo é utilizado para capitalizar recursos para o esporte em geral. Sabemos que o orçamento para o esporte é bastante reduzido e a criação desta ferramenta nos dará condições para tentar receitas para o segmento".

Ele acrescentou que "A criação deste Fundo municipal é justamente para conseguirmos recursos para alavancar o esporte aqui em Garça. Com o Fundo vamos conseguir patrocínios de empresa, buscaremos doações no setor privado, poderemos ter uma pequena taxa em eventos na cidade como Cerejeiras Festival e até mesmo algum show com grande público, eventos esportivos, enfim, o projeto está bem elaborado e completo, pois buscamos meios para melhorar o orçamento de nossa pasta".

A concepção deste projeto levou três meses, com várias reuniões com a Procuradoria Geral do Município, para que todas as situações pudessem ser minuciosamente discutidas. O titular da Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer enfatizou que "Espero que esse Projeto seja aprovado por unanimidade, pois não há o porquê de alguém votar contrariamente, já que o Fundo foi muito estudado para servir como um apoio maior para o esporte garcense".

Maiores informações, com todos os detalhes, você pode conferir na edição desta terça-feira (4) do Diário Oficial do Município, página 16, através do link: 

https://dosp.com.br/exibe_do.php?i=MTY3MDQ2 

sábado, 1 de maio de 2021

Botonismo garcense: na etapa inicial de 2021, favorito larga na frente

 

Pelegrini, jogando com a Portuguesa de Dêner, mantém longa invencibilidade


Leme ficou com o vice jogando com o Grêmio de 83


Bastidores da grande decisão estiveram movimentados antes da decisão da Etapa Rivelino, que abriu a temporada/21 

                Lance da decisão entre Pelegrini x Leme, que apontou o vencedor da etapa inicial do municipal

                      Acompanhe o lance que originou o primeiro dos quatro gols anotados pelo campeão na final

                                   Grande jogada protagonizada por Leme no jogo que fechou a Etapa Rivelino

Na manhã do feriado nacional do Dia do Trabalho, aconteceram os jogos finais da primeira etapa do Municipal Garcense de Futebol de Botão. Intitulada Etapa Rivelino, teve mais uma vez Cassiano Pelegrini, como vencedor, ao bater por 4 x 1 Sergio Leme, que acabou ficando na segunda colocação.

 Na disputa de 3° lugar, João Victor Mascarenhas venceu Fabio Perez por 2 x 1. Cassiano venceu todos os seus 6 jogos tendo feito 28 gols e tomado 12, numa campanha incontestável.

Cassiano atingiu a marca de 37 jogos invicto no municipal, com 33 vitórias e 4 empates e a pergunta é: quando os outros demais botonistas vão acabar com essa sequência?

Abaixo a classificação parcial, frisando que haverá mais 7 etapas até o término da temporada:

CLASSIFICAÇÃO GERAL - ETAPA RIVELINO

1° Cassiano - 50 pts

2° Leme - 35 pts

3° João Victor 30 pts

4° Fábio Perez - 25 pts

5° Guga Rodella - 20 pts

6° Niltinho - 18 pts

7° Adriano - 15 pts

8° Eneas - 12 pts

9° Leandro M. - 6 pts

10° Junior - 6 pts

11° Julio Cesar Teixeira - 6 pts

12° Julio Cesar Martins - 6 pts

Próxima etapa será em 29 de maio e homenageará pela primeira vez um artista. Nada mais, nada menos que TIM MAIA.

Fervoroso torcedor do América-RJ, o inesquecível Tim Maia será o próximo homenageado