Agora é oficial. Notícia divulgada hoje à tarde confirmou que Marcos não é mais jogador de futebol. Ele se aposenta após inúmeros problemas físicos que o perseguiram durante a carreira. Ele deve prolongar suas férias em mais dois meses e depois decidir o que fazer, não estando descartada a possibilidade de assumir um cargo diretivo no time.
Adorado por todos, inclusive por adversários, sincero, honesto, de riso fácil, esse palmeirense nascido em Oriente passou pela Lençoense, antes de ser 'canonizado' pelos palestrinos. Quem não se lembra do pênalti defendido na Libertadores de 99, cobrado por Marcelinho, que eliminou os gambás que choram até hoje a desclassificação traumática - com gol de Galeano no tempo normal. Foi o goleiro titular, campeão mundial na Coréia/Japão em 2002. Passou pelo inferno em 2003, quando o Palmeiras disputou a Série B do Brasileiro. Mas sempre esteve lá, com a sua camisa nº 12, defendo o gol e recusando uma milionária proposta do Arsenal da Inglaterra.
Ele foi um dos poucos jogadores que hoje em dia se identificam com a torcida. Espécime em extinção, raro de se encontrar. Fará muita falta e deixará muita saudade. Mas, aos 38 anos, realmente chegou a sua hora. A sua última partida foi no dia 18 de setembro, em Florianópolis, no empate com o Avaí, 1 x 1. Claro que ele ainda viverá a emoção de um jogo de despedida para ser ovacionado pela nação alviverde, que o idolatrou por durante 531 partidas.
Marcos foi campeão brasileiro em 1993/94, paulista em 1994/96/08, Copa do Brasil em 1998, Copa Mercosul no mesmo ano, venceu a Libertadores no ano seguinte e a Copa dos Campeões em 2000, além do Rio/São Paulo naquela temporada.
Foto: Ormuszd Alves - Folhapress
