Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Já que o Corinthians Paulista atravessa uma grande fase, e não é de hoje, a coluna homenageia um grande corintiano de nossa cidade: José Carlos Zagati, um entendido de futebol e acima de tudo corintiano roxo, ou “preto e branco.”
O Zagati acompanha não é de hoje o todo poderoso “Timão”. Sua paixão vem desde os anos 60, uma época difícil e de poucos títulos. Mas que começa a melhorar na década seguinte, principalmente quando conquista o Campeonato Paulista de 1977, depois de amargar 23 anos de jejum. O primeiro título nacional no ano de 1.990, e assim por diante, com os craques Sócrates, Neto, Palhinha, Basílio, Gamarra, Ronaldo (goleiro), Marcelinho Carioca e tantos outros. Até chegar os bons tempos do fenômeno Ronaldo, dos títulos mundiais, e agora mais recentemente do técnico Tite. Temos que convir que o Zagati é de fato um apaixonado pelo futebol, foi torcedor fervoroso do saudoso Garça FC e dos bons tempos da Seleção Brasileira. Hoje já não fala com aquele otimismo da seleção canarinho.
Agora o que pouca gente sabe
é que um dia o Zagati foi destaque no futebol menor de nossa cidade. Voce sabia
que ele jogou por cerca de 4 anos no grande time do Botafoguinho, comandado
pelo Egídio Luiz? Atuava na meia esquerda, era o típico camisa 10, no melhor
estilo Rivelino (o craque corintiano). Dizem que foi um grande armador,
organizador de jogadas na meia cancha, principalmente para colocar os atacantes
na cara do gol.
Para provar `taí´ o
Botafoguinho, campeão infanto-juvenil de 1.963, posando no antigo campo do
Garça em Vila Williams. Ao fundo, está o Hospital São Lucas. Em pé da esquerda
para direita: Mussi, Cascata, Osni, Alberto, Zé Francisco e Portelinha; agachados:
Helinho Tercioti, Pike, Toninho, Zagati e Nenê Codonho.
Segundo o Zagati a cidade
tinha muitos times da categoria que participavam ativamente dos campeonatos
organizados pela Comissão de Esportes. Além do Botafoguinho havia o Palmeirinha,
Ferroviária, Ipiranga, Banguzinho e o Paulistinha, do goleiro Waldir Perez e do
Pelezinho. Aliás, o Zagati afirma que desde esta época era difícil marcar gols
nele. Brincando, disse que fez vários.
Alguns de bela feitura. Outro detalhe: naqueles
tempos a garotava jogava descalça. Era difícil comprar uma chuteira.
O Zagati preferiu os estudos
e trabalho, por isto parou de jogar bola ainda jovem. Sua vida laborativa
começou na Tipografia “Estrela Seráfica”, no Patronato Juvenil Garcense –
Igreja Católica Nossa Senhora de Lourdes, que ficava na Vila Nova (hoje
Araceli) e terminou no Poder Judiciário (Fórum de Garça), onde atingiu a
merecida aposentadoria como servidor público estadual. Hoje gosta de uma boa pescaria,
um bom papo politizado, do futebol, principalmente se for do Corinthians. No
outro flagrante, veja como está o corintiano Zagati (esq) ao lado da esposa
Sueli e dos filhos Fabricio e Heloisa.