Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A coluna continua atrás dos jogadores que defenderam o Garça ao longo dos anos. A bola desta vez está com o aniversariante, José Abegar Brassoloto, que está completando 70 anos (nasceu no dia 23/11/1948), e sem dúvida alguma está entre os melhores laterais esquerdos da história de nosso futebol profissional.
Quem não se lembra
desta zaga: Ari Lima, Pedroso, Bô e Abegar. Do memorável time que começou a ser
montado no ano de 70. Depois fez uma grande campanha em 71, ficando entre os cinco
melhores do estado, a ponto de disputar a final do campeonato da segunda divisão
em São Paulo. E o time de 1972, campeão do interior paulista. Em todos o Abegar
foi o jaqueta 6, titular absoluto.
E no auge dos 70 anos, o Abegar está em grande
forma, esbanjando saúde e vitalidade. A habilidade com a bola ainda continua a
mesma. Se o leitor quiser tirar a prova, basta acessar nossa página no
Facebook e ver o corintiano Abegar fazendo “embaixadinhas” com a bola. Uma sequência
de fazer inveja pra qualquer um.
A CARREIRA: José Abegar Brassoloto nasceu
na cidade de Nova Europa, interior paulista e começou a carreira nos idos de 1964
nas equipes de base da Ferroviária de Araraquara, até chegar ao time principal.
Na sua carreira futebolística jogou ainda no Guarani (Adamantina), Marília,
Jandaia, Nacional de Rolândia, Umuarama, Londrina e Garça, o time de seu
coração e onde encerrou a carreira.
Com uma capacidade física invejável, e por conhecer como
ninguém a posição, costumava apoiar o ataque com frequência. Era comum ir à linha de fundo para fazer cruzamentos certeiros para os atacantes marcar gols.
Que o diga Itamar Belasalma, Rogerinho, Cláudio Belon, e Pulga, que cansaram de
balançar as redes em seus cruzamentos.
Na
época todo bom lateral que se preservasse tinha só que marcar, não passava da
linha do meio de campo. Este era o sistema tático no futebol. O que os “alas”
fizeram depois, o Júnior (Seleção Brasileira) na Copa de 1.982, o nosso
conterrâneo Roberto Carlos nas Copas de 1.998 a 2.006, o Abegar já fazia nos
anos 70.
O Abegar encerrou a carreira
profissionalmente em 1.977, e resolveu fixar residência em Garça, onde
permanece com muita alegria. Sempre envolvido com o esporte foi presidente da
CCE – Comissão Central de Esportes. Jogou ainda no Salão Carter, quando o time
comandado pelos irmãos Uzai, disputou a segunda divisão do amador. Também
integrou a seleção de master do Garça FC, sob o comando do técnico João
Folguieri. No futebol suíço jogou pelo
Socafé, do presidente Soares. No lado profissional foi policial militar, trabalhou
no Corporação dos Bombeiros, até atingir a aposentadoria. Abegar é casado com a Nancy e o casal tem três filhos: Rodrigo, Jorge e Abegar Jr.
Nos flagrantes veja o mo. Posando com a faixa de campeão do ano de 1.972 e ao lado do “xerifão Pedroso” e do fotógrafo Takiuti. Depois o Abegar em foto
recente, sempre de bem com a bola.