sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Recordar é Viver: "Chico Ramalho marcou o primeiro gol noturno no Platzeck"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


No começo da semana encontro o corintiano Enio Bruno, que me pergunta: "Você se lembra quando foi inaugurado os refletores do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”? E quem fez o primeiro gol? Respondi que foi num mês de agosto, e só. O Enio falou: "Já faz 41 anos. Foi no dia 18 de agosto de 1.978, e o primeiro gol foi do Chico Ramalho, no jogo da preliminar."

Depois revendo meus arquivos, o Enio acertou em cheio. Naquela memorável de sexta feira aconteceram dois jogos. Na preliminar Frigus x Seleção Amadora de Garça, e no principal São Paulo Futebol Clube x Combinado local.

Às 19 horas, Frigus e Seleção Amadora pisaram no tapete verde iluminado, e disputaram um jogo equilibrado. O Frigus, do técnico Juvenal “Barbeiro”, era o campeão amador e tinha um grande time. Só que a Seleção Amadora, comandada pelo treinador João Truzzi, jogou melhor e venceu pelo placar de 2 a 1. O primeiro gol da noitada foi do meia direita Chico Ramalho, marcado no gol dos fundos (dos eucaliptos), ainda no primeiro tempo. 

O lance foi todo do ataque do Ipiranga: numa jogada de ataque, o meia esquerda Toninho Marques driblou dois contrários, e olhou como se fosse lançar a bola para o lado esquerdo, onde este articulista estava livre. Repentinamente mudou de lado, e tocou do lado direito, enganando toda a zaga do Frigus, colocando o Chico Ramalho livre na entrada da área. Ele dominou e desferiu um “torpedo” no ângulo, onde a coruja dorme. O goleiro Pedrinho Soares, nem viu onde a bola entrou. 

Creio que se não tivesse rede, a bola ia parar lá nos eucaliptos. Um gol que entrou para a história do “Platzeck”. Agora se contarmos o gol do jogo principal, o autor foi o atacante Milton, do São Paulo, que exatamente as 21h05, marcou em cima do goleiro Waldir Peres. Veja parte da Seleção Amadora que entrou em campo sob luzes artificiais. Em pé da esquerda para direita: João Truzzi (técnico), Bertoza, Polaco, Plininho, Corinho, Tim e Chico Ramalho; agachados: Cícero, Dione, Toninho Marques, Tico e Navarro. Na outro foto, Chico Ramalho e Pedro Soares, quando defendiam o Frigus.

Francisco Carlos Ramalho, o Chiquinho Ramalho, foi um dos grandes meio-campistas da várzea garcense. Era um típico meia direita, jaqueta 8, não era lá de marcar gols. Sua missão em campo era mais ajeitar para os companheiros finalizar. Jogou nos principais times da cidade: SASP, Frigus, Ipiranga (bi-campeão em 1976/79), Serenata (bi-campeão regional na Liga de Marilia em  1972/73). 

No futebol suíço defendeu o Kosminho. Atualmente para manter a forma atlética, virou um grande ciclista (foto), que lhe dá condições de “bater uma bola” no clube do GRUP (Grêmio Recreativo União Planalto). Segundo o Nao Ichisato, todo dia ela pedala em torno de 10 quilômetros.

CORINTHIANS NA INAUGURAÇÃO? Você sabia que o então prefeito, Francisco de Assis Bosque promoveu, digamos, um “plebiscito”, através da Rádio Clube de Garça, para saber qual o time seria escolhido para abrilhantar a festa. Era só ligar e pedir. Disparadamente o escolhido foi o Corinthians Paulista. Só que a apresentação do todo poderoso Timão era inviável, principalmente no aspecto financeiro. A escolha recaiu sobre o São Paulo. Tudo porque no domingo seguinte, o tricolor paulista enfrentaria o MAC, em Marília, pelo Campeonato Paulista da Divisão Especial. Além do mais, seria uma de forma de se homenagear o goleiro Waldir Peres, garcense de nascimento, e uma das principais atrações do São Paulo, campeão brasileiro de 1.977.