Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ainda no “pique” do
aniversário de Garça – 91 anos – vamos mostrar um pouco do melhor futebol
profissional da cidade. Ao longo dos anos grandes e inesquecíveis times foram
montados. E também muitos bons jogadores foram revelados, saíram daqui dos
campos de terra, para fazer sucesso por este Brasil afora, e até em nível
internacional.
Escolhemos dois times que,
com certeza, estão entre os três melhores. Foi uma escolha difícil, mas com
muito critério, em especial a individualidade de cada atleta e o conjunto da
equipe. Temos que ressaltar, ainda, que cada time teve um modelo de futebol, em
tempos totalmente diferentes.
Começamos com o poderoso
esquadrão dos anos 50, sob o comando de Altamiro Gomes e companhia. Era um time
bem forte e técnico. Torcedores mais antigos falavam maravilhas. Dificilmente
perdia um jogo no Campo de Vila Williams. Lá era um verdadeiro alçapão. A
torcida lotava o campo e jogava junto. Foram grandes campanhas nos campeonatos.
Nos amistosos então, nem se fala. Tanto é verdade, o grande Santos e o São
Paulo, vieram aqui jogar com suas equipes principais, e foram derrotados.
Veja na foto os craques que
defenderam o memorável Garça Esporte Clube, em pé da esquerda para direita:
João Etzel (dirigente), Máximo, Martin Carvalho, Doleite, Luizinho, Moura e
Altamiro Gomes; agachados: Ferrari, Nelsinho, Paraguaio, Carlito e Liquinho.
Cerca de 20 anos depois, já
com a denominação de Garça Futebol Clube, seria montado outra forte equipe.
Segundo os torcedores da época era “uma
máquina de jogar bola”, tendo a frente Carlos
Alberto S. Lemos Soares, “o Bô” e outros craques mais. O campeonato era a
difícil segunda divisão do interior paulista, temporada de 1.971. O time classificou
com facilidade para disputar o “quadrangular final” em São Paulo, que na
verdade, graças ao “tapetão”, acabou virando um pentagonal, reunindo:
Catanduvense, Rio Preto, Garça, SAAD (São Caetano) e o MAC.
O Garça chegou em São Paulo
apontado favorito ao título. Como o futebol tem seus caprichos e momentos, o
Garça não emplacou e o “azarão” MAC, foi campeão, garantindo o acesso à divisão
principal. Veja aí como era aquele notável timaço, que jogava “quase que por
música”. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Lula, Bô
e Abegar; agachados: Davi, Cláudio Belon, Osmar Silvestre, Itamar Belasalma e
Helinho.
Agora um confronto entre
estas duas equipes – Garça, anos 50 x Garça, anos 70, difícil seria apontar o
vencedor. O leitor/torcedor que tire suas conclusões. Com certeza seria um
verdadeiro duelo de titãs.