sexta-feira, 8 de maio de 2020

Recordar é Viver: "Garça e os dois melhores times do futebol profissional"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Ainda no “pique” do aniversário de Garça – 91 anos – vamos mostrar um pouco do melhor futebol profissional da cidade. Ao longo dos anos grandes e inesquecíveis times foram montados. E também muitos bons jogadores foram revelados, saíram daqui dos campos de terra, para fazer sucesso por este Brasil afora, e até em nível internacional.

Escolhemos dois times que, com certeza, estão entre os três melhores. Foi uma escolha difícil, mas com muito critério, em especial a individualidade de cada atleta e o conjunto da equipe. Temos que ressaltar, ainda, que cada time teve um modelo de futebol, em tempos totalmente diferentes.

Começamos com o poderoso esquadrão dos anos 50, sob o comando de Altamiro Gomes e companhia. Era um time bem forte e técnico. Torcedores mais antigos falavam maravilhas. Dificilmente perdia um jogo no Campo de Vila Williams. Lá era um verdadeiro alçapão. A torcida lotava o campo e jogava junto. Foram grandes campanhas nos campeonatos. Nos amistosos então, nem se fala. Tanto é verdade, o grande Santos e o São Paulo, vieram aqui jogar com suas equipes principais, e foram derrotados.

Veja na foto os craques que defenderam o memorável Garça Esporte Clube, em pé da esquerda para direita: João Etzel (dirigente), Máximo, Martin Carvalho, Doleite, Luizinho, Moura e Altamiro Gomes; agachados: Ferrari, Nelsinho, Paraguaio, Carlito e Liquinho.

Cerca de 20 anos depois, já com a denominação de Garça Futebol Clube, seria montado outra forte equipe. Segundo os torcedores da época  era “uma máquina de jogar bola”,  tendo a frente Carlos Alberto S. Lemos Soares, “o Bô” e outros craques mais. O campeonato era a difícil segunda divisão do interior paulista, temporada de 1.971. O time classificou com facilidade para disputar o “quadrangular final” em São Paulo, que na verdade, graças ao “tapetão”, acabou virando um pentagonal, reunindo: Catanduvense, Rio Preto, Garça, SAAD (São Caetano) e o MAC.

O Garça chegou em São Paulo apontado favorito ao título. Como o futebol tem seus caprichos e momentos, o Garça não emplacou e o “azarão” MAC, foi campeão, garantindo o acesso à divisão principal. Veja aí como era aquele notável timaço, que jogava “quase que por música”. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Lula, Bô e Abegar; agachados: Davi, Cláudio Belon, Osmar Silvestre, Itamar Belasalma e Helinho.

Agora um confronto entre estas duas equipes – Garça, anos 50 x Garça, anos 70, difícil seria apontar o vencedor. O leitor/torcedor que tire suas conclusões. Com certeza seria um verdadeiro duelo de titãs.