sexta-feira, 1 de maio de 2020

Recordar é Viver: "Uma homenagem aos goleiros garcenses"













Por Wanderley `Tico´ Cassolla


No último dia 26 de abril (domingo) foi comemorado o dia do goleiro. Podemos dizer, um personagem atípico no futebol. Um jogador diferenciado dos demais 10 em campo. É o único que pode defender a bola com as mãos e o `juizão´ não apita falta. Tem um canto reservado só para ele, debaixo da meta e na grande área, onde é intocável. Sem falar que o goleiro está ali para “tirar” a alegria do futebol, o gol. Quanto melhor jogar e não deixar a bola bater na rede, o torcedor sai decepcionado de campo ou da frente da televisão. Agora quando “toma um peru” a alegria é em dobro. E como Garça sempre teve bons goleiros, recordamos alguns que marcaram época. O destaque vai para a maior revelação, o “guapo” Waldir Peres Arruda, um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro.

Na semana passada achamos em Barretos, o “guarda meta” Xisto que defendeu o Garça nos anos 50. Xisto recorda com saudades dos tempos em Garça. A cidade tinha um grande time, era temido e respeitado em todo o interior paulista. A torcida comparecia em grande número ao Campo de Vila Williams, onde dificilmente o Garça era batido. Um time com ótimos jogadores, dentre os quais Altamiro Gomes, Agamenon, Haroldo, Rizi e Plínio Dias. Veja no flagrante, como está o Xisto (a esq.) junto com o Manolinho Gonzales, autor da foto e um grande historiador do futebol do interior paulista. 

Nos auge dos 78 anos, Xisto não se cansa de afirmar que era difícil tomar um gol, a bola de capotão era pesada, principalmente quando chovia e ficava molhada. Mas que “pegava até pensamento debaixo da meta”. Além do Garça, o Xisto jogou na Internacional de Bebedouro e Barretos. Veja o time do Garça Esporte Clube. Em pé da esquerda para direita: Aldo, Dadico, Adilson, Xisto, Altamiro Gomes e Agamenon; agachados (mesma ordem): Alcides Rizi, Moscatel, Tantos, China e Plínio Dias.

Dia do goleiro: É comemorado sempre no dia 26 de abril. A idéia de criar o "Dia Nacional do Goleiro" começou com os professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, o tenente Raul Carlesso e o Capitão Reginaldo Pontes Bielinski. Carlesso foi preparador físico da Seleção Brasileira da Copa de 1974 e o pioneiro a desenvolver uma forte preparação de arqueiros no Brasil. A data foi instituída em no ano de 1976 em homenagem ao goleiro Hailton Correa de Arruda, que ficou mais conhecido como Manga (com passagens pelo Sport, Botafogo, Grêmio, Internacional, Seleção Brasileira de 1966, entre outras equipes), e nasceu neste dia, no ano de 1937. Manga está entre os maiores goleiros da história do futebol brasileiro.

Recordando os grandes goleiros garcenses, veja na foto: João Luiz, Chola e Valter Palmital, que curiosamente, depois de encerrar a carreira foram árbitros na várzea.
Por fim um encontro de quatro gerações: Chiquinho (Garça, anos 70), Isaias de Andrade (Vera Cruz), Waldir Peres e Luizinho de Andrade (Garça, anos 80).