sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Recordar é Viver: "O dia do radialista"












Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Na última quarta-feira (21) foi comemorado o Dia do Radialista. A coluna faz uma pequena homenagem aos radialistas, principalmente os esportivos, que diariamente colocam seus ouvintes a par de tudo o que acontece com o clube do seu coração.

Há!!! O que seria do futebol sem o rádio, hein? Convenhamos o rádio sempre esteve ligado ao futebol, levando informações e principalmente emoções nas jornadas esportivas. É bom frisar que recentes pesquisas indicam que 87% da população brasileira ouve rádio.

O radialista é aquela pessoa que fala conosco através do nosso rádio, aquela voz gostosa e repleta de sentimentos que somente um profissional dessa área poderia ter. Alguém que não transmite apenas notícias, mas sim informações repletas de sentimentos humanos, pessoas que se tornam próximas de uma maneira nada convencional. Eles trazem para nossos lares as mais belas canções, as mais belas mensagens, que conseguem deixar seus problemas de lado para trazer para nossas casas, uma espécie de companhia que não podemos tocar e nem ver, mas que sabemos que está ali, pertinho, captando no ar as ondas de energia que o mundo inteiro emite.

Neste embalo a coluna recorda uma boa leva dos grandes radialistas esportivos que marcaram época, desfilando nos “potentes” microfones da extinta Rádio Clube de Garça. Lembro do Antonio Constantino, Miguel Gomes Fernandes, Jacy Fernandes, Boanerges Viana, Roberto Fior, João Alexandre Colombani, Nilson Bastos Bento, Zé Nello Marques, Zancopé Simões, Tadeu de Brito, Antonio Herrera, Paulo Pereira, Roberto “Picão” Pereira, Wilson José, Clodoaldo Serzedelo, José Henrique, João Carlos Camacho, Marco Morais, Tadeu Julião e do Mauro Lacerda e José Panho na Rádio Universitária, dentre outros. Como bons brasileiros também gostavam de “bater uma bolinha”, não somente entre eles, mas também contra outras equipes.

Veja um dos primeiros times do sempre famoso Expressinho RCG, dos anos 70.  Em pé da esquerda para direita: Jota Mara, Omar, Clodoaldo, o goleiro Nilson, Zé Abrão Basso, Roberto Fior e Murilo Proença. Agachados: Zancopé Simões, Luiz Armando, Toninho Marques, Zé Nello e Sidnei Sampaio. A foto foi no antigo campo do Bosque Municipal. Foi neste campo que o futebol suíço nasceu em nossa cidade. Já no ano de 1.985, outro bom time dos radialistas da Rádio Centro Oeste Paulista, que posaram para a posteridade na quadra do Recanto Vovô Vanin, então de propriedade do são-paulino Edgar Alves de Souza. Em pé da esquerda para direita: Nilson Bastos Bento, João Carlos Camacho, Jota Pedroso, José Henrique, Roberto Dias, Pedrinho e Clodoaldo Serzedelo. Agachados: Fernando (filho do Nilson Bastos), Roberto “Picão” Pereira, Reginaldo, Chiquinho Neto e George Antonio. O fotógrafo foi o também radialista Paulo Scutari.

A outra foto, sem dúvida alguma é a mais emblemática. Veja como não é nada fácil a vida de um radialista esportivo em rádio interiorana. A equipe da Rádio Centro foi transmitir direto do “Toyotão”, às 10h45, um jogo válido pelo Campeonato Amador. Com uma “cabina” improvisada o narrador Tadeu Julião (tem curimba na rede) e o comentarista eclético, João Carlos Camacho, enfrentaram um sol escaldante de mais de 35 graus para cobrir o jogo. Segundo o corintiano Jorge Ismail, repórter de campo, neste dia, para aguentar os 90 minutos, tanto o Camachão como o Tadeu Julião beberam 22 garrafinhas de água mineral, exatamente uma para cada jogador em campo. Mas fizeram uma transmissão de fazer inveja a qualquer um.
Quem também “comeu muita poeira” foi o jovem repórter de campo, José Henrique (atualmente na Rádio 950 de Marília), quando nos anos 80, cobriu a decisão da 2ª Divisão do futebol amador, no campo de terra de Vila Manolo (atual José Ribeiro), No flagrante, veja o palmeirense José Henrique Travassos de Brito entrevistando o meio campista Gerson Pereira Ramos, um dos destaque da competição.