Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na última quarta-feira (21) foi comemorado o Dia do Radialista. A coluna faz uma pequena homenagem aos
radialistas, principalmente os esportivos, que diariamente colocam seus
ouvintes a par de tudo o que acontece com o clube do seu coração.
Há!!! O que seria do
futebol sem o rádio, hein? Convenhamos o rádio sempre esteve ligado ao futebol,
levando informações e principalmente emoções nas jornadas esportivas. É bom
frisar que recentes pesquisas indicam que 87% da população brasileira ouve
rádio.
O radialista é aquela pessoa que fala conosco
através do nosso rádio, aquela voz gostosa e repleta de sentimentos que somente
um profissional dessa área poderia ter. Alguém que não transmite apenas
notícias, mas sim informações repletas de sentimentos humanos, pessoas que se
tornam próximas de uma maneira nada convencional. Eles trazem para nossos
lares as mais belas canções, as mais belas mensagens, que conseguem deixar seus
problemas de lado para trazer para nossas casas, uma espécie de companhia que
não podemos tocar e nem ver, mas que sabemos que está ali, pertinho, captando
no ar as ondas de energia que o mundo inteiro emite.
Neste embalo a coluna recorda uma boa leva dos grandes radialistas esportivos que marcaram época, desfilando nos “potentes” microfones da extinta Rádio Clube de Garça. Lembro do Antonio Constantino, Miguel Gomes Fernandes, Jacy Fernandes, Boanerges Viana, Roberto Fior, João Alexandre Colombani, Nilson Bastos Bento, Zé Nello Marques, Zancopé Simões, Tadeu de Brito, Antonio Herrera, Paulo Pereira, Roberto “Picão” Pereira, Wilson José, Clodoaldo Serzedelo, José Henrique, João Carlos Camacho, Marco Morais, Tadeu Julião e do Mauro Lacerda e José Panho na Rádio Universitária, dentre outros. Como bons brasileiros também gostavam de “bater uma bolinha”, não somente entre eles, mas também contra outras equipes.
Veja um dos primeiros times do sempre famoso
Expressinho RCG, dos anos 70. Em pé da esquerda para
direita: Jota Mara, Omar, Clodoaldo, o goleiro Nilson, Zé Abrão Basso, Roberto
Fior e Murilo Proença. Agachados: Zancopé Simões, Luiz Armando, Toninho
Marques, Zé Nello e Sidnei Sampaio. A foto foi no antigo campo do Bosque
Municipal. Foi neste campo que o futebol suíço nasceu em nossa cidade. Já no
ano de 1.985, outro bom time dos radialistas da Rádio Centro Oeste Paulista,
que posaram para a posteridade na quadra do Recanto Vovô Vanin, então de
propriedade do são-paulino Edgar Alves de Souza. Em pé da esquerda
para direita: Nilson Bastos Bento, João Carlos Camacho, Jota Pedroso, José
Henrique, Roberto Dias, Pedrinho e Clodoaldo Serzedelo. Agachados: Fernando
(filho do Nilson Bastos), Roberto “Picão” Pereira, Reginaldo, Chiquinho Neto e
George Antonio. O fotógrafo foi o também radialista Paulo Scutari.
A
outra foto, sem dúvida alguma é a mais emblemática. Veja como não é nada fácil
a vida de um radialista esportivo em rádio interiorana. A equipe da Rádio
Centro foi transmitir direto do “Toyotão”, às 10h45, um jogo válido pelo Campeonato Amador. Com uma “cabina”
improvisada o narrador Tadeu Julião (tem curimba na rede) e o comentarista
eclético, João Carlos Camacho, enfrentaram um sol escaldante de mais de 35 graus
para cobrir o jogo. Segundo o corintiano Jorge Ismail, repórter de campo, neste
dia, para aguentar os 90 minutos, tanto o Camachão como o Tadeu Julião beberam
22 garrafinhas de água mineral, exatamente uma para cada jogador em campo. Mas
fizeram uma transmissão de fazer inveja a qualquer um.
Quem
também “comeu muita poeira” foi o jovem repórter de campo, José Henrique
(atualmente na Rádio 950 de Marília), quando nos anos 80, cobriu a decisão da
2ª Divisão do futebol amador, no campo de terra de Vila Manolo (atual José
Ribeiro), No flagrante, veja o palmeirense José Henrique Travassos de Brito
entrevistando o meio campista Gerson Pereira Ramos, um dos destaque da
competição.