Wanderley `Tico´ Cassolla
A internet chegou mesmo para
revolucionar o mundo. Navegando você encontra praticamente tudo que imagina. Em
nossas pesquisas pelo mundo do
esporte/futebol vamos encontrando verdadeiras relíquias, principalmente fotos
de times ou jogadores que brilharam no futebol do passado. Hoje é fácil
registrar num “clique”. Antigamente uma foto era artigo de luxo.
Ainda esta semana achamos no Facebook uma rara foto do Noroeste, de Bauru, do ano de 1.971, onde um dos
destaques era o Carlos Alberto Sabione Lemos Soares, o nosso craque Bô, do
memorável time do Garça dos anos 70. Veja a tradicional “Maquininha Vermelha” que
posou para a posteridade no Estádio “Alfredo de Castilho”. Em pé, da esquerda
para direita: Carlos Ivan, Luis Carlos, Lelo, Bô, Virgílio e Lulinha.
Agachados: Nelinho, Marino, Julinho, Edvaldo e China.
E os comentários dos internautas
sempre elogiando o futebol do Bô. Vamos reproduzir alguns. Marcos Rodrigues: “O
Bô jogava muito, era de Cafelândia, o que ele jogava era brincadeira”. Marco Bechir: “O Bô, defendendo o Noroeste,
fez um gol antológico, batendo uma falta de intermediária no gols dos
eucaliptos. Encheu o pé, a bola bateu na forquilha direita e morreu (encaixou)
no ferro da trave, sem bater na rede, inacreditável”. Reinaldo Lapão: “Quem
viu, viu, Bô (jogou comigo no Linense), sabia tudo de bola”. O nosso
conterrâneo Celso Luiz Ramos também comentou: “Talvez o Bô não foi do seu
tempo - referindo-se ao corintiano Enéas Filho - Mas como jogava, era o melhor em
campo em todos os jogos. Numa visita recentemente em Lins, ouvi de vários
esportistas locais, que os dois maiores jogadores do Linense de todos os tempos
foram o Leivinha e o Bô”.
Marcos Rodrigues: “Tenho
toda certeza disto, Bô e Levinha (ex-Palmeiras), dois craques que surgiram no
Linense”.
Falar do Bô, é chover no
molhado. Ele chegou a Garça (foto) no
início do ano de 1.970, vindo do Linense. Inegavelmente é apontado por todos os
torcedores como um dos melhores jogadores da história do Garça. Um zagueiro clássico,
que não dava `chutão´. Matava a bola no peito e saia jogando. Ótimo no cabeceio,
antecipava as jogadas para desarmar os adversários. Era um líder em campo.
Sua passagem pelo Garça foi
rápida. Vários clubes viram grande potencial técnico e ele seguiu carreira; defendeu
o MAC, Guarani, Umuarama, Comercial (Ribeirão Preto) e Atlético Goianense, até
que encerrou a carreira no ano de 1.978, devido uma contusão no joelho. Pelo futebol
que jogava, merecia uma melhor sorte no futebol brasileiro. Não deu sorte. Depois
foi técnico do Garça, quando o “Azulão” retornou ao futebol profissional, no
ano de 1.984, levando o time ao vice-campeonato da 3ª divisão, e o acesso para
a série A-III do futebol paulista.