sexta-feira, 21 de julho de 2017

Recordar é Viver: "Amador garcense sempre foi forte e competitivo"











Por Wanderley `Tico´ Cassolla


O Campeonato Amador corria o risco de não acontecer neste ano. Por pouco não foi realizado. Mas graças ao empenho da SEJEL, através do secretário José Luiz Fernandes Tech e de alguns abnegados dirigentes, tudo ficou acertado e 8 times estão participando do campeonato. Hoje em dia não está nada fácil colocar uma equipe em campo, quem dera participar de uma competição ao longo de uns seis meses. Como bem disse o dirigente Álvaro Santana, do Palmeiras, com quem conversamos recentemente das dificuldades encontradas: “A principal é o lado financeiro, mas até mesmo jogador é difícil de encontrar. A grande maioria prefere o futebol suíço e uma outra parte não demonstra mais aquele interesse como os jogadores de antigamente, em correr atrás da bola”. 

O dirigente que acompanha o futebol há muito tempo, inclusive comanda o Palmeiras no certame municipal do suíço master, acrescenta que “Lembro que o Campeonato Amador do passado tinha mais de 20 times, e só com jogador da cidade. Havia grandes e fortes clubes, como por exemplo, o Frigus, Serenata, Ipiranga, Flamengo, Casa Ipiranga, Fazenda São Francisco, e tantos outros, que quando jogavam, o campo enchia de torcedores, principalmente o “Platzeck”, que hoje, infelizmente está interditado, nem jogos do amador pode ter. Atualmente se não vier equipes de Vera Cruz, Alvinlândia e de Jafa, não tem campeonato. Sinal da mudança dos tempos e da modernidade, que leva o jovem a ter outras diversões, deixando o futebol para um segundo plano”. E finaliza: “A saída é investir em campeonatos de base, infantil, juvenil, para atrair a garotada, e quem sabe num futuro o amador volte a ser forte e competitivo”.

Alheios a estes problemas e das dificuldades relatadas pelo palmeirense Álvaro Santana, assistimos no último domingo algumas partidas, e vimos alguns bons jogadores em ação. Para variar uma “confusãozinha” no jogo São Lucas x Santa Terezinha, que não chegou ao final, devido ao tumulto generalizado, e o juizão encerrou o jogo antes do tempo regulamentar. Coisas da paixão pelo futebol. Nos demais confrontos: Ótica Exata 2 x 1 Zidane, Federal/Vera Cruz 4 x 1 Palmeiras, Os Kome Keto 1 x 1 Araceli. Só lembrando que neste final de semana não tem rodada, devido a participação de Garça nos Jogos Regionais em Osvaldo Cruz.

E falando em futebol amador a coluna recorda o bom time da Casa José Oliveira, que disputou vários amistosos no ano de 1.975, alguns no futebol suíço. A equipe era comandada pelo Maurinho, que também trabalhava no estabelecimento comercial. Em pé, da esquerda para direita: Gastão, Edson, Irmão do Edson, Fernando Tucillo e Mário Sambinha; agachados: Tião, Maurinho, Pelezinho e Esquerdinha. 

Deste time destacamos dois jogadores. Quem não se lembra do Mario Sambinha, atualmente morando em São Paulo? Ele é irmão do beque José “Sambinha” Cândido, que jogou no Fluminense e no Ipiranga, em nossa várzea nos anos 70. Ambos estiveram no 1º encontro dos Torcedores de Garça (foto), onde reencontraram muitos amigos. O Mario Sambinha é fanático torcedor do Santos, mas gosta mesmo de passear em Garça, e assistir os jogos do suíço ou do Amador. Da sua época, os melhores que viu jogar eram o Bego Casola, Esquerdinha, Fernando Tocilo e o mano Sambinha.

Já o atacante José Antonio de Castro, o Esquerdinha está morando em Botucatu, e batendo um bolão. Na semana passada foi vice-campeão no 30º Campeonato de Futebol Suíço, da A.A. Botucatuense (faixa etária dos 54 anos), que contou com 10 times. Aqui em Garça, o Esquerdinha jogou no América da Vila Willians, ao lado do Pratinha Manflin e do Cantoneira. No ano de 1.977 foi trabalhar em São Paulo, e a partir de 1981 mudou para Botucatu, onde vem fazendo história, e é conhecido por Castrinho. Corintiano convicto é amigo pessoal do Clayson (foto), novo reforço do Timão, contratado junto a Ponte Preta, com que tem amizade desde os tempos que ele jogava futsal na A. A. Botucatuense.