sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Recordar é Viver: "O alegre reencontro, Jabu x Lozão"













Por Wanderley `Tico´ Cassolla


O futebol é realmente um esporte sensacional. É bom para tudo, principalmente para quem pratica, um verdadeiro lazer e sinônimo de saúde. Para o torcedor, uma paixão sem fim. O futebol também serve para promover encontros de pessoas que há muito tempo não se viam.

O típico exemplo aconteceu no sábado (19/08), quando do jogo Master de Avaré x Supermaster do Pé de Cana, realizado no Campo da Ferroviária, em Avaré. Quase 40 anos depois os jogadores Cido Gomes, o Lozão (Avaré) enfrentou novamente o Anísio Ferreira da Silva, o Jabu (Pé de Cana), com vitória dos avareenses pelo placar de 5 a 2 (foto)

Mais do que o resultado, foi a oportunidade de se reencontrarem, lembrar dos bons momentos vividos aqui em Garça. Voltaram no tempo, no longínquo ano de 1.978, para reviver a época do juvenil do Garça. Mais do que isto, a época que disputaram o Campeonato Amador, jogando na Fazenda São José dos Boninis. Um fato marcante: acompanharam os primeiros chutes na bola de um dos maiores laterais esquerdos da história do futebol mundial: Roberto Carlos, pois o pai dele, o “seo” Oscar, era becão do time. 

A foto histórica da Fazenda São José dos Boninis posando no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, com o mascotinho Roberto Carlos, vestindo a camisa do Santos. Em pé da esquerda para direita: "seo" Zé (auxiliar-técnico), Ademir, Geraldinho, Maurão, Jabi, Lozão e Amaral; Agachados: Biondo, Viola, Mauro Pé de Boi, Oscar e Tião Barbosa.

Segundo Jabu, o jogo foi o derby rural entre a Fazenda São José dos Boninis e  Fazenda São João do Nouguês, válido pelo Campeonato Amador, com vitórtia do primeiro por 2 x 1. Eram duas equipes com muita rivalidade. Os gols da vitória foram marcados pelo centroavante Viola e o ponta Cuíca, que entrou na etapa final. O técnico era o palmeirense Olívio Turato. O garotinho Roberto Carlos acompanhava o time em todos as partidas. 

Ainda de acordo com o Jabu, antes de começar um jogo, ou mesmo no intervalo, o Roberto Carlos adorava chutar bola. O Jabu tocava, o garotinho devolvia do mesmo jeito e com aquele efeito. Numa ocasião, a bola foi mais longe, ele correu atrás, e mesmo afastado, soltou uma bomba, a bola quase atravessou o campo inteiro. Na hora o Jabu comentou com o Lozão:  “este garoto bate fácil e forte na bola, tem futuro”. Não deu outra. Estas e muitas outras histórias e causos foram revividos pelo Lozão e Jabu no alegre e descontraído bate papo.

GRANDES JOGADORES:  O Lozão começou no juvenil do Garça no ano de 1.979, treinado pelo Irineu “Boca” Stringueti. No amador jogou na Fazenda São José dos Boninis, Juventude, do técnico Rocha, na Transportadora, do técnico Quine, no Veteranos do Garça, do técnico João Folguieri. No futebol suíço defendeu o Pereira & Santos, Motorista, Eletrônica, Casa dos Parafusos, Mel (foto) e Paulista, do Adão Rocha. Terminou no master do Pé de Cana, até se mudar para Avaré. Já o Jabu fez história por aqui: ainda garoto treinou com os professores Abegar Brassoloto, Rui Pinheiro, Marinho e Túlio Calegaro. 

O primeiro time foi o da antiga CCE – Comissão Central de Esportes, que era vinculado a categoria de base do Garça, comandado pelo Abegar e Rui Pinheiro. No amador jogou na Fazenda São José dos Boninis, depois no Comarca, La Plata, Ramos, Cliregal, Cavalcante, Salec e o Portal. Mas foi no Flamengo, do técnico Betão Aguiar, que viveu sua melhor fase: quatro títulos no amador (foto) e duas Taças Cidade de Garça. 

Também disputou o certame regional pelo SALEC, sendo vice-campeão Com isto ficou famoso na região, jogando no Ocauçu, Alvinlândia, Gália e Pirajuí.  No futebol suíço defendeu a Eletrônica, depois o Socafé, campeão no ano de 1999. No master jogou no Flamengo, Nacional e SEC. Atualmente defende o Palmeiras, do técnico Álvaro Santana. Segundo nos falaram quando o time se reúne antes dos jogos para o tradicional brado: “Palmeiras”, o corintiano Jabu, emenda radiante: “Vai Curinthia”.