Por Wanderley `Tico´ Cassolla
O futebol é realmente um
esporte sensacional. É bom para tudo, principalmente para quem pratica, um
verdadeiro lazer e sinônimo de saúde. Para o torcedor, uma paixão sem fim. O
futebol também serve para promover encontros de pessoas que há muito tempo não
se viam.
O típico exemplo aconteceu
no sábado (19/08), quando do jogo Master de Avaré x Supermaster do Pé de Cana,
realizado no Campo da Ferroviária, em Avaré. Quase 40 anos depois os jogadores
Cido Gomes, o Lozão (Avaré) enfrentou novamente o Anísio Ferreira da Silva, o
Jabu (Pé de Cana), com vitória dos avareenses pelo placar de 5 a 2 (foto).
Mais
do que o resultado, foi a oportunidade de se reencontrarem, lembrar dos bons
momentos vividos aqui em Garça. Voltaram no tempo, no longínquo ano de 1.978,
para reviver a época do juvenil do Garça. Mais do que isto, a época que
disputaram o Campeonato Amador, jogando na Fazenda São José dos Boninis. Um fato
marcante: acompanharam os primeiros chutes na bola de um dos maiores laterais
esquerdos da história do futebol mundial: Roberto Carlos, pois o pai dele, o
“seo” Oscar, era becão do time.
A foto histórica da Fazenda São José dos Boninis posando no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, com o mascotinho Roberto
Carlos, vestindo a camisa do Santos. Em pé da esquerda para direita: "seo" Zé (auxiliar-técnico), Ademir, Geraldinho, Maurão, Jabi, Lozão e Amaral; Agachados: Biondo,
Viola, Mauro Pé de Boi, Oscar e Tião Barbosa.
Segundo Jabu, o jogo foi o derby rural entre a
Fazenda São José dos Boninis e Fazenda São João do Nouguês, válido pelo Campeonato Amador, com vitórtia do primeiro por 2 x 1. Eram duas
equipes com muita rivalidade. Os gols da vitória foram marcados pelo
centroavante Viola e o ponta Cuíca, que entrou na etapa final. O técnico era o
palmeirense Olívio Turato. O garotinho Roberto
Carlos acompanhava o time em todos as partidas.
Ainda
de acordo com o Jabu, antes de começar um jogo, ou mesmo no intervalo, o
Roberto Carlos adorava chutar bola. O Jabu tocava, o garotinho devolvia do
mesmo jeito e com aquele efeito. Numa ocasião, a bola foi mais longe, ele correu
atrás, e mesmo afastado, soltou uma bomba, a bola quase atravessou o campo
inteiro. Na hora o Jabu comentou com o Lozão: “este garoto bate fácil e forte na bola, tem futuro”.
Não deu outra. Estas e muitas outras histórias e causos foram revividos pelo
Lozão e Jabu no alegre e descontraído bate papo.
O
primeiro time foi o da antiga CCE – Comissão Central de Esportes, que era
vinculado a categoria de base do Garça, comandado pelo Abegar e Rui Pinheiro. No
amador jogou na Fazenda São José dos Boninis, depois no Comarca, La Plata,
Ramos, Cliregal, Cavalcante, Salec e o Portal. Mas foi no Flamengo, do técnico
Betão Aguiar, que viveu sua melhor fase: quatro títulos no amador (foto) e duas
Taças Cidade de Garça.
Também disputou o certame regional pelo SALEC, sendo
vice-campeão Com isto ficou famoso na região, jogando no Ocauçu, Alvinlândia,
Gália e Pirajuí. No futebol suíço defendeu
a Eletrônica, depois o Socafé, campeão no ano de 1999. No master jogou no
Flamengo, Nacional e SEC. Atualmente defende o Palmeiras, do técnico Álvaro
Santana. Segundo
nos falaram quando o time se reúne antes dos jogos para o tradicional brado:
“Palmeiras”, o corintiano Jabu, emenda radiante: “Vai Curinthia”.