Por Wanderley `Tico´ Cassolla
As equipes de base do Garça Atlético Clube, o novo
time profissional montado na cidade,
fizeram bonito no último final de semana em São Paulo. Foram dois jogos disputados no “Estádio Municipal “Paulo Machado de Carvalho”, o lendário Pacaembu, válidos
pela final da Taça Paulista, evento promovido pela Liga de Futebol Nacional. Na
sub-16 derrota para o Jalesense, pelo placar de 2 a 0, terminando como vice-campeão.
Já o sub-19 fez história e conseguiu o inédito título ao vencer o Jaboticabal
por 2 a 0, gols do artilheiro Vitor “Macarrão”. Convenhamos um bom começo para
o Garça AC, que está no caminho certo para nos representar no futebol
profissional no próximo ano.
Pois bem, na matéria que fizemos na última coluna, falamos
do ótimo time do Garça FC, que esteve em São Paulo, disputando as finais do
campeonato da Segunda Divisão paulista, no ano de 1.971. No decorrer desta
semana muitos esportistas nos pediram para falar um pouco da história daquele
Garça e como foi a fase final disputada em São Paulo.
Pois bem, ‘em rápidas pinceladas” como sempre falava o
comentarista José Panho, da equipe esportiva da Rádio Universitária, vamos
recordar um pouco do Garça FC, fundado no dia 15 de fevereiro de 1.965. O primeiro presidente foi o
esportista Antonio Alexandre Marques. De início não havia um campo de tamanho
oficial que atendesse as exigências da Federação Paulista de Futebol. Então a
diretoria foi obrigada a participar do Campeonato Amador do Estado. Com a
inauguração do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, no dia 14 de outubro de
1.966, o Garça ingressou no profissionalismo.
No ano de 1971 foi montado um dos melhores times. Na
época o presidente era o Sr. João Bento. A cidade vivia um ótimo momento com a
cafeicultura em expansão. O presidente de honra era o sr. Manoel Joaquim
Fernandes, o “Manolo”, que dava um grande apoio ao time, principalmente na
parte financeira.
Como técnico foi contratado José Carlos Coelho. Chegaram o goleiro Lula, da Ferroviária de
Araraquara, Tuta (Santacruzense), Abegar (Nacional de Rolândia - PR), Cláudio Belon (Paraguaçuense), Toninho Bodini (Noroeste), Itamar Belasalma, Zinho e
Daniel (Platinense de Santo Antonio da Platina – PR), Bô e Helinho (Linense).
Os novos reforços se juntaram ao Ari Lima, Pedroso, Rogerinho, Plínio Dias,
Osmar Silvestre, David e outros remanescentes de temporadas passada. Veja uma das formações do memorável Garça, um time que
encantava os torcedores. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima,
Tuta, Lula, Bô e Abegar; agachados: Davi, Cláudio Belon, Osmar Silvestre,
Itamar Belasalma e Helinho.
O Garça disputou um grande campeonato. De quebra foi
campeão da Série “Arthur Friedenreich”, garantindo a vaga para disputar o “pentagonal”
final da primeira divisão em São Paulo, contra o Catanduvense, MAC, Rio Preto e
SAAD. Segundo o radialista Nilson Bastos Bento, que narrou todos os jogos pela
então Rádio Clube de Garça, o Garça chegou na capital do Estado apontado como
franco-favorito ao título.
Como o futebol é uma caixinha de surpresas, o Marília
correu por fora, foi campeão e promovido a Divisão Especial”. Todos os jogos foram disputados no Parque
Antartica (campo do Palmeiras). Veja nos flagrantes: o lateral Abegar, sendo
entrevistado, antes do jogo contra o SAAD. Num momento de descontração em SP,
o ponta esquerda Davi, Lula e o radialista Nilson Bastos Bento.