Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Hoje recordamos duas
seleções que jogaram no Estádio Municipal “Frederico Platzeck” em tempos
passados. Época dos bons tempos do futebol garcense, seja no profissional ou amador.
A primeira é do começo dos anos 70, que recentemente publicamos na coluna. Na
ocasião falamos que de todos os jogadores que estiveram em ação, somente um
ainda estava vivo, o zagueiro Lima. Porém no último dia 14 de setembro,
recebemos a triste notícia, do falecimento do José Lima Dourado Filho, o Lima
(foto), na cidade de Itumbiara, Estado de Goiás, o último que ainda estava
entre nós. Agora o Lima se juntou aos eternos craques dos gramados e passou a
integrar a seleção lá nos campos celestiais.
Vamos recordar a formação
daquele timaço, que só tinha feras da bola. Em pé da esquerda para direita:
Martin Carvalho (treinador), Pedroso, Waldir Perez, Jurandir, Fernando,
Pelezinho, Cidão e Lima; agachados: Rogerinho, Helinho, Liminha, Grilo e
Titico. Na minha opinião, hoje este time disputaria um Campeonato Brasileiro e
faria bonito.
Ainda recentemente
conversamos com o são-paulino Odair Krugner, que esteve presente no jogo e nos
relatou: “Foi no final do ano de 1.972. Eu tive a felicidade de estar no
“Platzeck” e assistir este jogo festivo. Aliás um espetáculo, entre a seleção
dos craques profissionais contra um combinado de Garça. O campo estava lotado
de torcedores, nunca vi tanta gente. Todos saíram encantados com os lances de
efeitos e gols. Os jogadores estavam em grande forma em seus clubes. O que eles
fizeram em campo, deu gosto de assistir”.
Ainda com o jogo na memória, o Krugner, nos revelou “Uma pena que naquela época não teve filmagem para a gente ver agora. Eu vi o Grilo (ex-meio campista do Garça), marcar um gol antológico, depois de dar dois chapéus sem a bola cair, na sequência tocando no meio das pernas do beque, e com um leve toque, colocando a bola na gaveta. O goleiro Belmiro nem viu onde a bola entrou. É o tipo do lance para pagar ingressos duas vezes”.
SELEÇÃO DE 1.983: Avançamos no tempo e chegamos nos anos 80. E recordamos a seleção amadora que enfrentou o forte time de aspirantes da Sociedade Esportiva Matsubara, da cidade de Cambará/PR. A seleção garcense foi montada pela então CCE/Comissão Central de Esportes, que tinha como presidente o esportista Ari da Silva Braga.
O lado bom é
que, diferentemente da seleção dos profissionais de 1.972, todos os
jogadores estão vivos, espalhados pelo Brasil afora. Veja na foto, os melhores
da várzea da época, posando no “Platzeck”. Em pé da esquerda para direita: Ari
Braga, Osmar “Tanajura”, Iá Sartori, Celino, João Carlos, Campo Grande e
Clecinho; agachados: Tonho Nêgo, Tico,
Dioni, Miau e Serginho “Cabeça”. Quanto ao jogo o Matsubara venceu pelo placar
de 2 a 1. Na época o time paranaense era referência nas equipes de base. Montou
uma estrutura digna dos melhores times do Brasil, a ponto de ter vários
jogadores convocados para a seleção brasileira de base. Uma novidade na época,
pois somente atletas dos times considerados grandes das capitais vestiam a
camisa canarinho.
No outro flagrante veja como está o são-paulino Ari Braga, atualmente morando na cidade de Mogi Mirim. Apesar de aposentado, continua trabalhando, ou melhor, “se divertindo entre a família @ flores”, como faz questão de frisar.