Por Wanderley `Tico´ Cassolla
No dia 14 de agosto de 1.975, o goleiro Waldir Peres
começou a se consagrar como um dos melhores defensores de pênaltis. Na ocasião, o
São Paulo ganhou da Portuguesa de Desportos, e se tornou campeão paulista.
Waldir agarrou as cobranças de Dicá e Tatá, depois Wilsinho, nervoso, chutou
para fora. No dia 05 de março de 1.978, foi a vez do Waldir Peres garantir o
título de campeão Brasileiro do São Paulo, ao derrotar nos pênaltis, o Atlético
Mineiro, em pleno “Mineirão”. Waldir Peres, catimbou bastante, deixando
nervosos os jogadores Joãozinho Paulista, Toninho Cerezo e Márcio (foto), que
chutaram suas cobranças para fora.
Foi o primeiro título da história do tricolor
do paulista. No dia 03 de maio de 1.981, outra façanha. Durante as
finais do campeonato brasileiro, contra o Grêmio (RS), Waldir Peres
protagonizou outro lance incrível. O centroavante Baltazar, o “artilheiro de
Deus” correu para cobrar o pênalti no primeiro jogo, Waldir Perez partiu em sua
direção, impedindo a cobrança. O atacante teve de repeti-la, mas um tanto
quanto nervoso, chutou para fora.
No dia 19 de maio de 1.981, talvez o maior momento de
Waldir Peres, como defensor de pênaltis. Desta vez no gol da Seleção Brasileira
contra a seleção alemã, na cidade de Stuttgart. Faltavam dez minutos para o
final do jogo, quando o árbitro inglês Clive White assinalou pênalti. O cobrador oficial: Paul Breitner, então
considerado o melhor do mundo, e que nunca havia perdido uma penalidade em sua
carreira. Breitner cobrou no canto esquerdo, Waldir Peres voou e defendeu. O
árbitro anulou a defesa, alegando que o goleiro se adiantara. Breitner chutou
novamente, desta vez no outro canto, e Waldir defendeu mais uma vez. O
Neckarstadion ficou em silêncio.
No dia 11 de abril de 1.985, Waldir Peres era goleiro
do Guarani (Campinas) no jogo contra o Flamengo, válido pelo Campeonato
Brasileiro, em pleno Maracanã. Waldir Peres defendeu três pênaltis, cobrado por
Bebeto e Marquinho (2 vezes, na primeira o árbitro mandou voltar). O Guarani venceu
por 2 a 1 e garantiu vaga na fase seguinte.
Aplausos geral. Só tinha mais uma chance. Troquei
de canto, chutei forte e rasteiro, sem chances, bola na rede. Não só ganhei, como
recebi os cumprimentos dele. Poxa, ficamos super felizes, principalmente por participar
do evento. Só que nossa intenção não foi a de ganhar ou perder, mas sim por uma
causa nobre: colaborar com o Waltinho, um guerreiro acima de tudo.