Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Quem esteve na noite do
último sábado, no Ginásio João Gonzalez, assistiu um grande espetáculo de futsal,
que jamais será esquecido. Quem não foi, perdeu. A presença do Alessandro Rosa
Vieira, o “Falcão”, considerado o maior jogador de futsal de todos os tempos
foi de encher os olhos. Ao vivo deu para ver o que é um craque da bola, no
verdadeiro sentido da palavra. Mesmo depois de ter encerrado a carreira profissional
no final do ano passado, Falcão ainda está em grande forma. Quem sabe, sabe e
não esquece jamais. O trato com a bola é recheado de carinho. Falcão foi
magistral.
Por isto era para o ginásio estar
completamente lotado. Afinal de contas não é todo dia que um craque do nível do
Falcão, vem até a nossa cidade. Se o Pelé é o rei do futebol, Marta, a rainha
do futebol feminino, o Falcão é o rei do futsal, uma unanimidade. Ele só tem 4
troféus da FIFA, como o melhor do mundo, conquistado nos anos de 2004, 2008,
2011, 2012 e uma infinidade de títulos. É o tipo do jogador que só aparece de
100 em 100 anos.
O memorável evento teve a
parceria da Prefeitura Municipal de Garça, através do vice-prefeito Cassiano
Pelegrini. Importante lembrar que parte da arrecadação foi destinada ao Fundo
de Solidariedade de Garça. Só por isto valeu para quem adquiriu o ingresso. Um
show em quadra, ajudando quem precisa.
A abertura contou com os
atiradores do Tiro de Guerra 02-014, que sob o comando do Sargento Trovão,
hastearam a bandeira e cantaram o Hino Nacional. A entrada do ícone Falcão foi triunfante,
animada pela promoter Lídia Moura. Quanto ao jogo teve uma seleção de atletas
da cidade e convidados dos organizadores, através dos empresários Robson,
Gaturano e Jean.
O Falcão, democraticamente, jogou meio tempo para cada time. Ele joga como que por brincadeira. Só não fez chover. Ele faz malabarismo
com a bola, lances que a gente não consegue com as mãos. Um domínio e precisão
impressionantes. Deu passes, chaleiras, lambretas, voleios e até bicicletas.
Há!!! E marcou gols também. Mas ficava mais alegre ainda quando passava para um
companheiro marcar. Deve estar um pouco
cansado de balançar as redes. Dei uma pesquisada entre clubes e seleções foram
“só” 934 gols. Quanto ao resultado do jogo, que teve a arbitragem do mariliense
Tuffi, contei até 12 a 12. Depois teve a cessão de fotos e autógrafos e o Falcão
atendeu a todos com a maior simplicidade do mundo, digna de um campeão.
LANCES @ GENIAIS: Se o Falcão deu uma
aula de habilidades e intimidade com a bola, alguns convidados tiveram o seu
momento estrela. O corintiano Enéas ao tabelar com o Falcão tocou de “prima”,
recebeu a bola quadrada, altura do queixo. Ao tentar dominá-la levou um
“trupicão” e foi ao solo. Jogo parado, corte na cabeça e atendimento médico.
Falcão pediu desculpas. Depois vem o palmeirense Bizuli, tentar um “rolinho” em
cima dele. Levou um chapéu, que está procurando a bola até agora. Já o goleirão
Gabriel não queria tomar gols. Poxa, o Falcão deu uma bicicleta sensacional, a bola
ia entrando no ângulo. Como um gato, o Gabriel voou e mandou a bola para
escanteio.
Meu amigo são-paulino Gabriel, aquela bola tinha que ter entrado! Gabriel
tomou uma sonora duma vaia. Já o Pedrinho, filho do Enéas, usando óculos marcou
o primeiro gol de sua vida. Depois de receber um passe milimétrico do Falcão,
que fintou quatro adversários. Antes o Pedrinho tinha perdido 4 gols, com
goleiro já batido. O problema era a visão comprometida. Foi só colocar óculos,
marcar e receber os cumprimentos do eterno camisa 12 da Seleção Brasileira. Recordo
destes lances, mas teve muito mais. Definitivamente o “Jogo do Rei Falcão” já
entrou para a história de Garça.