sexta-feira, 5 de abril de 2019

Recordar é Viver: "Uma noite com o `Rei´ Falcão, o Pelé do Futsal"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Quem esteve na noite do último sábado, no Ginásio João Gonzalez, assistiu um grande espetáculo de futsal, que jamais será esquecido. Quem não foi, perdeu. A presença do Alessandro Rosa Vieira, o “Falcão”, considerado o maior jogador de futsal de todos os tempos foi de encher os olhos. Ao vivo deu para ver o que é um craque da bola, no verdadeiro sentido da palavra. Mesmo depois de ter encerrado a carreira profissional no final do ano passado, Falcão ainda está em grande forma. Quem sabe, sabe e não esquece jamais. O trato com a bola é recheado de carinho. Falcão foi magistral.

Por isto era para o ginásio estar completamente lotado. Afinal de contas não é todo dia que um craque do nível do Falcão, vem até a nossa cidade. Se o Pelé é o rei do futebol, Marta, a rainha do futebol feminino, o Falcão é o rei do futsal, uma unanimidade. Ele só tem 4 troféus da FIFA, como o melhor do mundo, conquistado nos anos de 2004, 2008, 2011, 2012 e uma infinidade de títulos. É o tipo do jogador que só aparece de 100 em 100 anos.   
                   
O memorável evento teve a parceria da Prefeitura Municipal de Garça, através do vice-prefeito Cassiano Pelegrini. Importante lembrar que parte da arrecadação foi destinada ao Fundo de Solidariedade de Garça. Só por isto valeu para quem adquiriu o ingresso. Um show em quadra, ajudando quem precisa.  

A abertura contou com os atiradores do Tiro de Guerra 02-014, que sob o comando do Sargento Trovão, hastearam a bandeira e cantaram o Hino Nacional.  A entrada do ícone Falcão foi triunfante, animada pela promoter Lídia Moura. Quanto ao jogo teve uma seleção de atletas da cidade e convidados dos organizadores, através dos empresários Robson, Gaturano e Jean. 

O Falcão, democraticamente, jogou meio tempo para cada time. Ele joga como que por brincadeira.  Só não fez chover. Ele faz malabarismo com a bola, lances que a gente não consegue com as mãos. Um domínio e precisão impressionantes. Deu passes, chaleiras, lambretas, voleios e até bicicletas. Há!!! E marcou gols também. Mas ficava mais alegre ainda quando passava para um companheiro marcar.  Deve estar um pouco cansado de balançar as redes. Dei uma pesquisada entre clubes e seleções foram “só” 934 gols. Quanto ao resultado do jogo, que teve a arbitragem do mariliense Tuffi, contei até 12 a 12. Depois teve a cessão de fotos e autógrafos e o Falcão atendeu a todos com a maior simplicidade do mundo, digna de um campeão.

LANCES @ GENIAIS: Se o Falcão deu uma aula de habilidades e intimidade com a bola, alguns convidados tiveram o seu momento estrela. O corintiano Enéas ao tabelar com o Falcão tocou de “prima”, recebeu a bola quadrada, altura do queixo. Ao tentar dominá-la levou um “trupicão” e foi ao solo. Jogo parado, corte na cabeça e atendimento médico. Falcão pediu desculpas. Depois vem o palmeirense Bizuli, tentar um “rolinho” em cima dele. Levou um chapéu, que está procurando a bola até agora. Já o goleirão Gabriel não queria tomar gols. Poxa, o Falcão deu uma bicicleta sensacional, a bola ia entrando no ângulo. Como um gato, o Gabriel voou e mandou a bola para escanteio. 

Meu amigo são-paulino Gabriel, aquela bola tinha que ter entrado! Gabriel tomou uma sonora duma vaia. Já o Pedrinho, filho do Enéas, usando óculos marcou o primeiro gol de sua vida. Depois de receber um passe milimétrico do Falcão, que fintou quatro adversários. Antes o Pedrinho tinha perdido 4 gols, com goleiro já batido. O problema era a visão comprometida. Foi só colocar óculos, marcar e receber os cumprimentos do eterno camisa 12 da Seleção Brasileira. Recordo destes lances, mas teve muito mais. Definitivamente o “Jogo do Rei Falcão” já entrou para a história de Garça.