Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na noite da última sexta-feira,
estivemos prestigiando a final da “III Copa Rotary de Futsal”, evento que fez
parte do aniversário de Garça, nossa querida e adorada cidade, que orgulhosamente,
completou 90 anos de emancipação político-administrativa. Assim que fomos
convidados pela presidente (ou presidenta?) Celia Regina Rodrigues, através do
corintiano Enéas Carvalho Filho, assumimos o compromisso de estar presente, até
porque o homenageado é o grande Inocêncio Martins, ou “Rabudinho”, amigo de
longa data, e um dos melhores jogadores de nosso varzeano do passado. Atualmente está acolhido no Lar dos Velhos
“Frederico Ozanan”, e adora falar de futebol.
E foi uma noite de gala do futsal
garcense. Muita gente presente no Ginásio João Gonzales. Frente a frente na
final, duas fortes equipes do futsal, na minha época era futebol de salão, o
esporte da bola pesada: Os Kome Keto x Boca Junior. Foi uma partida bem disputada, as vezes
tensa, digna de uma disputa de título, apitada com competência pelos árbitros
Marcelo Semenssato e Paulo Franciélio. No final os Kome Keto venceu com categoria pelo
placar de 4 a 1 e ficou com o título, merecidamente.
Porém, a grande vitória mesmo
foi da solidariedade, que entrou em campo, ou melhor, na quadra, para ajudar
quem precisa. Para participar, os 18 clubes contribuíram com no mínimo de 20
quilos de alimentos. No total foram arrecadados 1.083 quilos, que foram entregues
ao Patronato de Garça e o Asilo Lar dos Idosos. “Um verdadeiro gol de placa dos
times participantes”, como bem frisou Cláudio Oliveira, presidente do Lar dos
Velhos, que fez questão de entregar uma medalha ao Rabudinho.
Presente na
memorável noitada esportiva o governador do Rotary, Márcio Medeiros, fez
rasgados elogios ao empenho e dedicação dos companheiros garcenses, pelo
espirito de solidariedade na campanha comemorativa ao aniversário de Garça. Também
foram os homenageados: Troféu de campeão: Luiz Carlos Gomes de Sá; Troféu de vice-campeão:
Osvaldo Herédia; Troféu Solidariedade: Celia Regina Rodrigues. De ressaltar a
presença ilustre do Frei José Antonio, coroando de êxito a noitada
futebolística.
INOCENCIO MARTINS, O “RABUDINHO”: O grande homenageado foi um notável meio-campista,
que jogou na várzea garcense de antigamente. Guardada as devidas proporções, tinha
um futebol parecido com o do Ademir da Guia, “o Divino”, ex-craque e maior
ídolo palmeirense. Com ótima colocação
em campo, dificilmente olhava para a bola. O pensamento já estava no lance
seguinte. Não foi um emérito finalizador, sua especialidade era de armar
jogadas e colocar os companheiros na cara do gol. Seus gols (não muitos) foram de rara beleza.
Daí o porque de seu curioso apelido “Rabudo”, que no linguajar do futebol é o
jogador que tem habilidade ou mesmo sorte para fazer jogadas de efeitos e
marcar gols impossíveis. Dentre os principais times o Rabudinho jogou no Paulistinha,
Mercado, Rebelo, Serenata e o Ramos. Também se aventurou no suíço, defendendo o
time do Bradesco e o Expressinho RCG. Recordamos um dos melhores times da
história da várzea garcense, o Serenata, que o Rabudinho defendeu na sua
carreira, do início dos anos 70. Em pé da esquerda para direita: Zé Walter,
Dadi, Jorgão do Prata, Picova, Mário Campos Novos, Nelson Semenssato, Jaime
Miranda (Interventor federal em Garça) e Adalberto; Agachados: Edgar Alves,
Titica, Dominguinhos, Rabudinho, Noriva, Chico Ramalho e Edílio Pereira Ramos.