Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Terminou no último domingo,
com chave de ouro e um campeão inédito, o campeonato municipal de futebol
suíço. O time do Levi´s desbancou o forte Os Pior, hexacampeão da modalidade,
venceu a final pelo placar de 2 a 0, gols de Júlio Cezar e Digão, e levantou o
caneco de campeão pela primeira vez. O bonito troféu levou o nome do grande Mauri Proença, esportista de categoria do futebol suíço, destaque em
temporadas passadas. O Levi´s, de nosso amigo e corintiano João Rodrigo Santana
Gomes, o “Xoxo”, ganhou com méritos um dos certames mais disputados dos últimos
tempos.
O campeonato mas uma vez foi
bem organizado, graças a SEJEL, sob liderança do do Cássio Luiz Zancopé, Secretário Municipal
de Esportes, contando é claro, com a colaboração dos times participantes. Só
que não podemos esquecer da arbitragem, uma peça chave para o sucesso, que
esteve em alta, nem “VAR” precisou. Neste embalo, a coluna homenageia o árbitro
Antonio Rodrigues Fernandes, que hoje pode ser considerado o “Apito de Ouro” do
futebol garcense. Não só durante o campeonato, mas principalmente nas fases
decisivas, quando o Toninho Fernandes, mostrou que entende do assunto. Pegou
jogos difíceis e “tirou de letra”. Na partida final demonstrou todo o seu
conhecimento e categoria, com uma atuação tranquila e firme, acima de tudo
impondo disciplina aos jogadores. Apesar das dificuldades de um jogo final
agradou em cheio, tanto é verdade que recebeu os cumprimentos de ambas as
equipes. Como bem disse o meia Celsinho, campeão pelo Levis: “O homem tá
apitando muito, em cima do lance”.
Mas não é de hoje que o Toninho
Fernandes é árbitro. Tudo começou no campeonato do `Terrão´, de Vila Araceli, nos
idos de 2.008 (veja na foto ao lado do organizador Lorão e do prefeito João
Carlos). Antes até que tentou ser um jogador de futebol. No Amador jogou no
Tupi e Cavalcante. Em seguida disputou o Rural, envergando a gloriosa camisa do
Santo Antonio dos Peres. Retornando às competições citadinas foi para o suíço
master, onde defendeu as cores do Rebelo. Como atacante até que fez vários
gols, alguns de bonita feitura, tocando com categoria no contrapé do goleiro.
Segundo seu amigo Enéas Filho, na época ele era o conhecido e famoso
“Baixinho”, goleador no melhor estilo Romário. Com a idade avançada e a forma
física não ajudando mais, a movimentação em campo e os gols foram sumindo, não
restou alternativa, senão pendurar as chuteiras. Como um bom esportista
abraçou a difícil missão de ser “juiz”. E tal qual no tempo que jogava bola,
vem cumprindo magnificamente seu papel e fazendo história no esporte garcense.
Veja no outro flagrante, um trio de peso, no sentido duplo da palavra: Toninho
Fernandes, Enéas Filho e Diego
Vieira
PELOTÃO DE ELITE: Falando em arbitragem, recordamos o mais famoso “Pelotão de Elite”, que
apitou na várzea garcense entre os anos de 1.950 a 1.960. Na foto estão alguns
dos melhores juízes da cidade. Em pé da esquerda para direita: Hércules Barros,
Hélio Gussiardi, Moisés Rodrigues Santana, Zicão, Garrafão, Antonio Maceloni,
Arthur Chekerdemian e Ivo, posando no antigo campo do Garça, em Vila Williams,
tendo ao fundo o Hospital São Lucas. Uma safra de grandes apitadores, que
sabiam conduzir uma partida de futebol, impondo a regra e disciplina. Nesta
época ainda não havia cartão amarelo ou vermelho. As expulsões eram no grito
mesmo. Segundo o radialista Niel Amorim, com certeza o Toninho Fernandes faria
parte deste “Pelotão de Elite”.