sábado, 7 de dezembro de 2019

Recordar é Viver: " Toninho Fernandes, o apito de ouro"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Terminou no último domingo, com chave de ouro e um campeão inédito, o campeonato municipal de futebol suíço. O time do Levi´s desbancou o forte Os Pior, hexacampeão da modalidade, venceu a final pelo placar de 2 a 0, gols de Júlio Cezar e Digão, e levantou o caneco de campeão pela primeira vez. O bonito troféu levou o nome do grande Mauri Proença, esportista de categoria do futebol suíço, destaque em temporadas passadas. O Levi´s, de nosso amigo e corintiano João Rodrigo Santana Gomes, o “Xoxo”, ganhou com méritos um dos certames mais disputados dos últimos tempos. 

O campeonato mas uma vez foi bem organizado, graças a SEJEL, sob liderança do  do Cássio Luiz Zancopé, Secretário Municipal de Esportes, contando é claro, com a colaboração dos times participantes. Só que não podemos esquecer da arbitragem, uma peça chave para o sucesso, que esteve em alta, nem “VAR” precisou. Neste embalo, a coluna homenageia o árbitro Antonio Rodrigues Fernandes, que hoje pode ser considerado o “Apito de Ouro” do futebol garcense. Não só durante o campeonato, mas principalmente nas fases decisivas, quando o Toninho Fernandes, mostrou que entende do assunto. Pegou jogos difíceis e “tirou de letra”. Na partida final demonstrou todo o seu conhecimento e categoria, com uma atuação tranquila e firme, acima de tudo impondo disciplina aos jogadores. Apesar das dificuldades de um jogo final agradou em cheio, tanto é verdade que recebeu os cumprimentos de ambas as equipes. Como bem disse o meia Celsinho, campeão pelo Levis: “O homem tá apitando muito, em cima do lance”. 

Mas não é de hoje que o Toninho Fernandes é árbitro. Tudo começou no campeonato do `Terrão´, de Vila Araceli, nos idos de 2.008 (veja na foto ao lado do organizador Lorão e do prefeito João Carlos). Antes até que tentou ser um jogador de futebol. No Amador jogou no Tupi e Cavalcante. Em seguida disputou o Rural, envergando a gloriosa camisa do Santo Antonio dos Peres. Retornando às competições citadinas foi para o suíço master, onde defendeu as cores do Rebelo. Como atacante até que fez vários gols, alguns de bonita feitura, tocando com categoria no contrapé do goleiro. 

Segundo seu amigo Enéas Filho, na época ele era o conhecido e famoso “Baixinho”, goleador no melhor estilo Romário. Com a idade avançada e a forma física não ajudando mais, a movimentação em campo e os gols foram sumindo, não restou alternativa, senão pendurar as chuteiras. Como um bom esportista abraçou a difícil missão de ser “juiz”. E tal qual no tempo que jogava bola, vem cumprindo magnificamente seu papel e fazendo história no esporte garcense. Veja no outro flagrante, um trio de peso, no sentido duplo da palavra: Toninho Fernandes, Enéas Filho e  Diego Vieira   
                                                 
PELOTÃO DE ELITE: Falando em arbitragem, recordamos o mais famoso “Pelotão de Elite”, que apitou na várzea garcense entre os anos de 1.950 a 1.960. Na foto estão alguns dos melhores juízes da cidade. Em pé da esquerda para direita: Hércules Barros, Hélio Gussiardi, Moisés Rodrigues Santana, Zicão, Garrafão, Antonio Maceloni, Arthur Chekerdemian e Ivo, posando no antigo campo do Garça, em Vila Williams, tendo ao fundo o Hospital São Lucas. Uma safra de grandes apitadores, que sabiam conduzir uma partida de futebol, impondo a regra e disciplina. Nesta época ainda não havia cartão amarelo ou vermelho. As expulsões eram no grito mesmo. Segundo o radialista Niel Amorim, com certeza o Toninho Fernandes faria parte deste “Pelotão de Elite”.