Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla
O
jornal “O Estado de São Paulo”, em sua edição do último domingo, dia 27 de
maio, publicou mais um caderno voltado para os esportes olímpicos. Desta feita
foram focalizadas duas modalidades olímpicas – basquete e handebol. Na seção
dedicada ao basquete feminino, foram apontadas as maiores jogadoras brasileiras
em todos os tempos. Para nossa satisfação e orgulho, a garcense Laís Helena
Aranha da Silva foi apontada como a grande estrela do basquetebol brasileiro
das décadas de 1960/1970, ao lado de Norminha, Hortência, Paula, Marta Sobral e
Janeth. Sobre a garcense, assim se expressou o “Estadão”: Destaque dentro e
fora das quadras, Laís Helena é uma lenda. Fez parte da primeira geração
vitoriosa do basquete feminino, em uma época que a modalidade não era olímpica.
Há 48 anos, respira o basquete de Santo André, onde foi jogadora e é técnica. E
nós acrescentamos: uma vez mais, palmas para a Laís, que ela realmente merece,
por sua brilhante trajetória no cenário esportivo nacional e mundial.
O trecho acima
foi publicado semana passada na abalizada “Coluna 2”, assinada pelo corintiano Antonio
“Tonhô” A. Castro, e bem retrata o que representa a garcense Laís Helena para o
basquetebol nacional.
Recentemente
estivemos na sede da Federação Paulista de Futebol e lá encontramos o
ex-arbitro de futebol Emidio Marques Mesquita (apitou a Copa do Mundo de 1974
na Alemanha), e ao falarmos que éramos da cidade de Garça, ele prontamente
respondeu: “Lá é a terra da jogadora de basquete Laís Helena e do ex-goleiro
Waldir Peres”.
Olha, confesso que ficamos surpresos. Mesquita disse antes que antes
de se tornar árbitro de futebol, apitava basquetebol e se lembrou das façanhas
de Laís Helena em jogos regionais, abertos do interior, no Corinthians Paulista
e também na seleção nacional. Agora o
que sempre nos chama a atenção é que todas as vezes que lemos uma reportagem ,
ou assistimos um programa esportivo, a Laís Helena faz questão de frisar, com
um certo orgulho no peito “que é do interior e da cidade de Garça”,
consequentemente, o nome cá da terra é levado pra este mundo afora.
Para os leitores mais jovens, vamos
recordar um pouco da sua gloriosa carreira, cujo auge foi nas décadas de 50/60.
Tudo começou ainda quando garota, com 13 anos, já praticava o esporte nas
quadras do Garça Tênis Clube, incentivada pelos professores Sérgio de Stéfani e
Terezinha Barganian. Depois jogou no Corinthians da capital, XV de Piracicaba,
Clube Atlético Pirelli de Santo André. Como atleta da seleção brasileira,
conquistou a terceira colocação no Mundial de 1971 no Brasil, dois Pan-americanos,
no Canadá e Colômbia e seis campeonatos sul-americanos. Foi medalha de ouro nos
jogos de Winnipeg (Canadá - 1967), disputando 8 partidas e fazendo 149 pontos. Segundo
o santista Serginho Aranha, depois que encerrou a carreira a sua prima Laís vem
se destacando como uma grande treinadora (foto).
No outro flagrante, do início da década de 60, quando defendia
nossa cidade. Em pé da esquerda para direita: Arline Luchiari, Soninha e
Terezinha Barganian. Agachadas: Carmem Silvia, Laís Helena e Cristina. Por tudo
que representa para o basquetebol nacional e por ser uma verdadeira embaixadora
de Garça, a Laís bem que poderia receber alguma homenagem oficial, seja da
Câmara ou da Prefeitura.
Fonte: jornal Comarca de Garça
Coluna 'Recordar é Viver'
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