Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla
No final dos anos 60, surgiu
a maior revelação do futebol amador de Garça. O goleiro Waldir apareceu no
Paulistinha, passou pelo Garça, foi para a Ponte Preta e depois São Paulo, onde
jogou por 11 anos consecutivos. Chegou a Seleção Brasileira e disputou três
Copas do Mundo: 1974 (Alemanha), 1978 (Argentina) e 1982 (Espanha).
Naquela época nossa várzea era repleta
de bons goleiros, e quem não se lembra do Zé Roberto Cabrini, Jorge do Prata,
João Luiz Zancopé, Adalberto, Palmital, Turcão, Buzega, Serginho Zancopé, Zé
Carlos, Chola, Tico Venuto, Osni, Zé Roberto Moisés, Paulo Beibe, Manoel, Navarro,
e tantos outros, cujos nomes fogem da
memória neste momento.
Em se falando dos
“guarda-metas” de outrora, a coluna faz uma homenagem ao Osni Antonio Ramos, o
irreverente goleiro que marcou época, e faleceu no começo deste mês na cidade
de São Sebastião, litoral norte paulista.
O Osni começou no infantil do
Botafogo e foi campeão no ano de 1963. O Botafoguinho, do técnico Egídio, tinha
a seguinte formação base: Osni, Alberto e Cascata; José Francisco, Portellinha
e Mussi; Pike, Helinho Terciotti, Toninho, Zagati (do Fórum) e Nelson Codonho.
Dentre os principais times jogou no Internacional, Ferroviária, Induscômio,
Frigus, Serenata, SASP, Flamengo e vários outros.
Segundo o Reinaldo Portellinha uma
das melhores fases do Osni foi no Induscômio, bicampeão amador nas temporadas de
1972/73. Em ambas oportunidades o Induscômio enfrentou o franco favorito
Serenata e venceu por 2 a 0 (gols de Sarará) e 1 a 0 (gol de Corinho, cobrando
falta). Foram duas decisões, disputadas com o Estádio Municipal “Frederico
Platzeck”, completamente lotado e que entrou para a história do futebol amador
garcense. Ainda de acordo com Zé Luiz Português, colega de clube e ex-ponta direita, numa das decisões o Osni fechou o gol e pegou tudo
“até pensamento”. Naquele dia ele se consagrou e mostrou o porquê de ter sido considerado
o melhor goleiro do campeonato e também da
cidade.
Recordamos o
Induscômio, o legítimo campeão amador de 1972. Em pé da esquerda para direita:
Fontes, Osni, Corinho, Washington, Reinaldo Portellinha, Goiano e Paulão.
Agachados: Zé Luiz Português, Sarará, Béia, Jonas e Peba. O técnico era o
sempre competente e eterno corintiano Ednalvo Cardoso de Andrade.
Na outra foto o Internacional,
do início dos anos 70, equipe que o Osni também defendeu e começou a despontar
debaixo das traves. Em pé da esquerda para direita: João Bosco, Tim, Joãozinho,
Mitsuo, Osni e Ednalvo; Agachados: Béia, Aurélio (irmão do Osni), Tonhá, Chico Ramalho
e Zé Luiz Português.
Induscômio - 1972 |
Internacional - 1970 |
Fonte: jornal Comarca de Garça
Coluna 'Recordar é Viver'