sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Recordar é Viver: "Júlio `Juruna´ foi campeão invicto do futebol suíço"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


O time do Os Pior levantou, com todos os méritos, o título de campeão do futebol suíço da temporada de 2.015. A equipe comandada pelo  corintiano Crisão e o técnico Zé Cláudio, demonstrou ao longo de todo o campeonato, que tinha um elenco forte e competitivo. Isto ficou comprovado na fase de turnos. Depois no “mata-mata” foi eliminando os adversários em jogos difíceis, como por exemplo, o São Lucas, e na decisão, contra o outro também favorito, o Independente. Foram dois grandes jogos, um verdadeiro “duelo de titãs". Mas Os Pior provou seu poderio, e não é a toa que é tri-campeão da modalidade mais vibrante do futebol menor garcense.

Do time campeão, um jogador nos chamou a atenção, o Júlio César Martins Teixeira. Tudo porque foi nós que o lançamos no futebol, quando ainda bem garotinho começou a treinar na equipe dos Fraldinhas da CCE.  De quebra ganhou dos colegas o apelido de “Juruna”, tudo por causa de seu corte de cabelo, que ficou bem parecido com o índio Juruna, então famoso no Brasil naquela época.   
          
Recordando um pouco, no ano de 1.983 o presidente da CCE – Comissão Central de Esportes (atual SEJEL) o então presidente, o são-paulino Ari da Silva Braga, nos convidou para formamos uma escolinha de futebol, para movimentar a garotada da época. Até então as competições promovidas pela entidade se resumia apenas ao Campeonato Amador. Numa atitude ousada, Ari Braga resolveu dinamizar o esporte na cidade, organizando e promovendo também outras atividades esportivas. Uma de suas primeiras intervenções foi no futebol suíço, organizado pelo esportista Galdino de Almeida Barros, que passou a ser coordenada pela CCE. A modalidade ganhou grande impulsão e hoje é o carro chefe do futebol menor. 

De outro lado, a escolinha ficou carinhosamente conhecida como “Os Fraldinhas’, com os treinamentos sendo realizado no Estádio Municipal Frederico Platzeck. Logo de cara um grande número de atletas compareceu. Então para nos auxiliar, Ari Braga convidou o corintiano  Ednalvo Cardoso de Andrade, que de cara topou a parada. Os treinos aconteciam aos sábados de manhã. Teve dia de comparecer mais de 100 atletas. Não demorou muito e as categorias foram montadas: dos 10 aos 12 anos e a outra dos 13 aos 14 anos. Diga-se de passagem dois grandes times surgiram, onde foram revelados muitos garotos “bão de bola”, um dos quais foi o Júlio “Juruna”.

Me lembro que na época disputamos muitos amistosos, sempre com os fraldinhas da CCE conseguindo bons resultados. Dois jogos marcaram: Em Lins, contra a FEBEM, do professor Paulo Pietro, e em Marília, contra o Maquinho, em pleno “Bento de Abreu Sampaio Vidal”. Na época alguns jogadores acabaram sendo convidados para fazer um período de experiências no Maquinho. As equipes também jogavam nos intervalos dos jogos do Garça. Sempre depois dos jogos, servíamos lanche: pão com mortadela e refrigerante tubaína, para alegria da garotada.

Veja aí umas das formações dos Fraldinhas da CCE. Em pé da esquerda para direita: Fernando Tardim, Rodrigo Brassoloto, Marcelo Abreu, Mateus, Marcelo, Fabinho e Tico. Agachados: Neto Delicato, Diguinho, Cadado, Júlio “Juruna”, Marquinhos e Casinha. Por isto quando da final do futebol suíço, ficamos um tanto quanto orgulhosos, de ver o Júlio “Juruna”, ontem um aluno, hoje um grande amigo campeão, comemorar o importante título, e fizemos questão de posar a seu lado com o  troféu de campeão (foto).  Sem falar que  o Júlio “Juruna” foi o único atleta campeão invicto, pois nas duas derrotas do Os Pior (São Lucas e Independente), ele não atuou. E vem fazendo história no suíço, depois de jogar pelo Guanabara, Kosminho, Vimec, Juventude, Unidos, Paulista Lanchonete e Dinos. No outro flagrante Júlio “Juruna”, com a medalha no peito, ao lado do Crisão e do zagueirão Denizeti.