Por Wanderley `Tico´ Cassolla
O time do Os Pior levantou, com todos os méritos, o título de campeão do futebol suíço da temporada de
2.015. A equipe comandada pelo corintiano Crisão e o técnico Zé Cláudio,
demonstrou ao longo de todo o campeonato, que tinha um elenco forte e
competitivo. Isto ficou comprovado na fase de turnos. Depois no “mata-mata” foi
eliminando os adversários em jogos difíceis, como por exemplo, o São Lucas, e
na decisão, contra o outro também favorito, o Independente. Foram dois grandes
jogos, um verdadeiro “duelo de titãs". Mas Os Pior provou seu poderio, e não é
a toa que é tri-campeão da modalidade mais vibrante do futebol menor garcense.
Do time campeão, um jogador
nos chamou a atenção, o Júlio César Martins Teixeira. Tudo porque foi nós que o
lançamos no futebol, quando ainda bem garotinho começou a treinar na equipe dos
Fraldinhas da CCE. De quebra ganhou dos
colegas o apelido de “Juruna”, tudo por causa de seu corte de cabelo, que ficou
bem parecido com o índio Juruna, então famoso no Brasil naquela época.
Recordando um pouco, no ano de 1.983 o
presidente da CCE – Comissão Central de Esportes (atual SEJEL) o então
presidente, o são-paulino Ari da Silva Braga, nos convidou para formamos uma
escolinha de futebol, para movimentar a garotada da época. Até então as
competições promovidas pela entidade se
resumia apenas ao Campeonato Amador. Numa atitude ousada, Ari Braga resolveu
dinamizar o esporte na cidade, organizando e promovendo também outras
atividades esportivas. Uma de suas primeiras intervenções foi no futebol suíço,
organizado pelo esportista Galdino de Almeida Barros, que passou a ser
coordenada pela CCE. A modalidade ganhou grande impulsão e hoje é o carro chefe
do futebol menor.
De outro lado, a escolinha ficou carinhosamente conhecida como “Os Fraldinhas’, com os
treinamentos sendo realizado no Estádio Municipal Frederico Platzeck. Logo de
cara um grande número de atletas compareceu. Então para nos auxiliar, Ari Braga
convidou o corintiano Ednalvo Cardoso de
Andrade, que de cara topou a parada. Os treinos aconteciam aos sábados de
manhã. Teve dia de comparecer mais de 100 atletas. Não demorou muito e as
categorias foram montadas: dos 10 aos 12 anos e a outra dos 13 aos 14 anos.
Diga-se de passagem dois grandes times surgiram,
onde foram revelados muitos garotos “bão de bola”, um dos quais foi o Júlio “Juruna”.
Me lembro que na época disputamos muitos amistosos, sempre com os fraldinhas da
CCE conseguindo bons resultados. Dois jogos marcaram: Em Lins, contra a FEBEM,
do professor Paulo Pietro, e em Marília, contra o Maquinho, em pleno “Bento de
Abreu Sampaio Vidal”. Na época alguns jogadores acabaram sendo convidados para
fazer um período de experiências no Maquinho. As equipes também jogavam nos
intervalos dos jogos do Garça. Sempre depois dos jogos, servíamos lanche: pão
com mortadela e refrigerante tubaína, para alegria da garotada.
Veja aí umas das formações
dos Fraldinhas da CCE. Em pé da esquerda para direita: Fernando Tardim, Rodrigo
Brassoloto, Marcelo Abreu, Mateus, Marcelo, Fabinho e Tico. Agachados: Neto
Delicato, Diguinho, Cadado, Júlio “Juruna”, Marquinhos e Casinha. Por isto quando da final do
futebol suíço, ficamos um tanto quanto orgulhosos, de ver o Júlio “Juruna”, ontem
um aluno, hoje um grande amigo campeão, comemorar o importante título, e
fizemos questão de posar a seu lado com o
troféu de campeão (foto). Sem
falar que o Júlio “Juruna” foi o único
atleta campeão invicto, pois nas duas derrotas do Os Pior (São Lucas e
Independente), ele não atuou. E vem fazendo história no suíço, depois de jogar
pelo Guanabara, Kosminho, Vimec, Juventude, Unidos, Paulista Lanchonete e
Dinos. No outro flagrante Júlio “Juruna”, com a medalha no peito, ao lado do
Crisão e do zagueirão Denizeti.