sexta-feira, 22 de junho de 2018

Recordar é Viver: "História das Copas e o `Maracanazzo´ de 1950"













Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A Copa de 1.950 foi disputada no Brasil, no período de 24 de junho a 16 de julho. As cidades sedes: São Paulo (Estádio do Pacaembu), Rio de Janeiro (Estádio do Maracanã), Belo Horizonte (Estádio Independência), Curitiba (Estádio Durival de Brito e Silva), Porto Alegre (Estádio dos Eucaliptos) e Recife (Estádio Adelmar da Costa Carvalho). Os países participantes (13): Brasil, Uruguai, Suécia, Espanha, Iugoslávia, Suíça, Itália, Inglaterra, Chile, Estados Unidos, Paraguai, Bolívia e México. Por causa da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo não vinha sendo disputada desde 1.938. Por isto as Copas de 1942 e 1946 foram canceladas. 

A FIFA pretendia realizar a próxima no continente europeu, mas a maior parte estava em ruínas. Foi aí que o Brasil entrou na parada e propôs a realização no ano de 1.950 (originalmente deveria ocorrer no ano de 1.949). Jogando em casa e com apoio maciço da torcida, a seleção brasileira era apontada como a grande favorita ao título. Na final, tinha a vantagem do empate contra o Uruguai. Saiu em vantagem no marcador, mas a celeste olímpica, virou o jogo (2 a 1) e ficou com o titulo, numa das maiores derrotas do futebol brasileiro. O Maracanã completamente lotado com quase 200 mil pessoas, o maior público já registrado em todas as partidas acontecida na história das copas. Foi o inesquecível “Maracanazzo”. Ficha Técnica - campeão: Uruguai. - vice: Brasil. - artilheiro: Ademir de Menezes (Brasil): 9 gols. - Jogos: 22. - Gols marcados: 88. - Média de gols: 4. - Público total: 1.337.000 - Média de público por jogo: 60.773. Campanha do Brasil: - Jogos: 6 - vitórias: 4 - derrotas: 1 - empates: 1 - gols marcados: 22 - gols sofridos: 6 - classificação: 2º colocado - artilheiro: Ademir de Menezes, com 9 gols. Delegação brasileira: Chefe: Dr. Mário Pollo. Goleiros: Barbosa (Vasco da Gama) e Castilho (Fluminense). Zagueiros: Augusto (Vasco), Nilton Santos (Botafogo), Juvenal (Flamengo) e Nena (Internacional). Médios: Bauer (São Paulo), Eli (Vasco), Danilo (Vasco), Rui (São Paulo), Bigode (Flamengo) e Noronha (São Paulo). Atacantes: Friaça (São Paulo), Alfredo (Vasco), Zizinho (Bangu), Maneca (Vasco), Baltazar (Corinthians), Jair da Rosa Pinto (Palmeiras), Ademir de Menezes (Vasco), Chico (Vasco), Rodrigues Palmeiras e Adão Nunes Dornelles, o “Adãozinho”. Técnico: Flávio Costa. 

UM “GARCENSE” NA COPA: Natural de Porto Alegre/RS, o Adão Nunes Dornelles, o Adãozinho, foi um garcense por adoção. Aqui viveu grande parte de sua vida, depois que largou do futebol. Chegou e não saiu mais, constituiu sua família, casou com a Srª. Manoela de Brito, e tiveram três filhos: Airton, Hamilton e Niltinho, todos morando em Garça. Pela seleção brasileira o Adãozinho disputou 3 jogos, alcançando 1 vitória, 1 empate e 1 derrota, entre os anos de 1947 e 1950. Veja uma das formações: Adãozinho, Augusto, Cláudio Cristóvão Pinho, Carlyle, ele, Nena, Luis Borracha, Rui, Milton Medeiros (Canhotinho), Noronha, Danilo Alvim e Chico. Na outra foto, posando ao lado dos craques canarinhos: Adãozinho, Carlyle, Nena e o goleiro Luiz Borracha. No outro flagrante, embarcando com a seleção brasileira para mais um jogo: Adãozinho é o primeiro da fila (a esq), ao lado do dirigente Dr. Paes Barreto (de chapéu). No início de 1.991, encontramos o Adãozinho e o ex-becão Ari Lima, do Garça, assistindo um jogo do Campeonato Amador no “Platzeck” e registramos o fato. No dia 06 de agosto de 1.991 Adãozinho falecia na cidade que o adotou com muito carinho, para ir reforçar a seleção dos eternos craques da bola nos campos celestiais.