sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Recordar é Viver: "Um banco sem dinheiro"

O mais famoso banco da cidade ficava à rua Carlos Ferrari; em pé, Cidão e Tonho Ozaia e agachados, Zé Ozai, Pedrinho da CPFL e Eliziario Neves dos Santos da Sorveteria Skimell

Por Wanderley 'Tico' Cassolla 

Na semana passada recordamos a brilhante trajetória do time de futebol suíço do Salão Carter, comandado pela família Ozai, nos campeonatos da cidade. 

Pois bem, nesta semana recebemos três fotos interessantes, mostrando o outro lado do Salão Carter: "o mais famoso banco da época, o salão nas cores vermelha e branca e um dos tradicionais churrascos/costelão, que os carteanos faziam nas noites de quarta-feira. 

Tal como o time nas disputas, o Salão Carter marcou época, uma geração. E um simples banco de madeira, fazia sucessos. A rotina era abrir a porta e colocá-lo na rua ao lado do salão. Nele sentaram muitos garcenses, pra ver o pessoal descer e subir andando na Rua Carlos Ferrari, assim como os carros passar. 

Salão Carter funcionou no n° 162 por muitos anos, ao lado do Bazar Nakata; no local foi construído o prédio da J. Mahfuz 


Uma das várias costeladas feitas pelo Zé Ozai: da esq. p/ dir., Cidão, Ari Lima, Julião Cassola, Tico Cassolla, Ademir, Bô, Zé Ozai e Túlio Calegaro; tempos da cerveja Malt 90

Quem sentava no banco, sempre tinha uma boa história para contar. Lembro que no banco sentaram: Rubão Botino, o "rei do snoocker e das rifas", dos prefeitos Assis Bosquê, Julinho e Panza Neto. E muitos boleiros contando vantagem da época que jogaram bola: Liminha, ex-volante do Flamengo, Ari Lima, Bô, Osmar, Canhoto, Roberto Bertuço, ex-craques do Garça, Márcio Rossini, etc, etc e etc. 

As melhores histórias e causos eram do Ari Lima, ex-lateral direito. Sem falar que a "fofoca" corria solta. Alí era sentar e ficar sabendo de tudo (ou quase tudo) o que ocorria na cidade. 

De fato como está na manchete do jornal: "Um banco sem dinheiro". Mas, com certeza, um simples banco que "ouviu" muitas histórias, que guardava segredo e não falava nada para ninguém.