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| Tico e o "mascote" Armando, reencontro depois de uns 45 anos; Armando virou torcedor do São Paulo e tem como ídolos, Telê Santana e Muricy Ramalho |

Tico, jaqueta 9 do Ipiranga, com o mascotinho Armandinho

O mascote Armandinho posando com o Ipiranga, no "Platzeck"; em pé, da esquerda para direita: Acácio (treinador), Caíque Bosquê, Túlio Calegaro, Joatan Loureiro, João Carlos, Corinho, Celino, Iá Sartori e Wilson Cirilo (dirigente);
agachados: Sarará, Nequinha, Chico Ramalho, Tico, Markito Bertone, Dinho Crudi, Gaúcho e Toninho Marques
Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Entre o final de 1979 e começo de 1980, os times de futebol de Garça que disputavam o Campeonato Amador aderiram à moda do mascote. Creio que foi uma sugestão da então CCE/Comissão Central de Esportes para animar os times e torcedores. Era uma época que o amador tinha muitos e bons times. E o glorioso time do Clube Atlético Ipiranga não fugiu à regra, também arrumando o seu: Armando Bento Rodrigues de Oliveira.
Lembro que foi uma alegria geral nos vestiários quando ele chegou, juntamente com o pai, o Jayr de Oliveira, vestido com o uniforme do São Paulo, coincidentemente as cores do Ipiranga: foi recebido com uma salva de palmas pelos jogadores e dirigentes. Num primeiro momento o "mascotinho" Armando ficou espantando, recuou e correu pro colo do pai. Também puderas ver aquele monte de jogadores! Claro que levou um baita de um susto.
O nosso técnico, Acácio, já pegou uma bola e deu pra ele. Não pensou duas vezes, desceu do colo do Jayr e começou a chutá-la. Nós, jogadores, começamos a fazer "2 toques" com ele. Pronto, não parou mais de correr pelos quatro cantos do vestiário.
Na hora da reza, jogadores abraçados e o "mascotinho" chutando a bola pra tudo quanto é lado. Até que chegou o momento de entrar no gramado. Nós fomos puxando a fila de jogadores, o Jayr se aproximou, segurei na mão do "mascotinho", descemos e subimos a escada do túnel, e firmes, adentramos ao campo. Ficamos, digamos, temerosos, como seria a reação dele. Só que entrou decidido, envolvido no clima do jogo. Fez até poses para as fotos, com o time e outros jogadores, até os adversários.
Mas queria mesmo era chutar a bola, e não parava de correr. Até o lendário árbitro, Moysés Rodrigues de Santana, se divertiu com o mascotinho, chegou perto dele, apitou, indicando pra deixar o campo, que o jogo já ia começar. Meio a contra-gosto saiu do gramado, acompanhado do Túlio Calegaro, que o levou até o banco de reservas. Assistiu de lá a partida. Foi um dia inesquecível para os jogadores do Ipiranga, que tiveram naquele momento um ilustre mascotinho. Creio também que foi para o Armando, o neto do Sr. João Bento (ex-presidente do Garça FC) e Dona Olímpia, filho do Jayr de Oliveira e Maria Luiza, irmão da Carolina, casado com a Keiti e mãe da Valentina.
