
Cantor Daniel posando com a Seleção Amadora de Garça, comandada pelo Pedro Soares
Por Wanderley `Tico´ Cassolla
No dia 13 de julho de 2005, um jogo histórico foi disputado no Estádio Municipal "Frederico Platzeck": Seleção Amadora de Garça 2 x 2 Daniel FC.

O alegre vestiário da Seleção Amadora de Garça

Atletas da Seleção Amadora de Garça nos vestiários, antes de entrar em campo; da esquerda para direita: Burato, Gomes, Tico Cassolla, Tonho Alves, Dê e Nene Miranda e à frente, Celsinho
Na época o famoso cantor sertanejo, José Daniel Camilo, comandava o time Daniel FC, que se apresentava em jogos festivos por este Brasil afora. O principal objetivo era, além de promover o cantor Daniel, arrecadar donativos para entidades locais, onde o time se apresentava. Em Garça não foi diferente, tudo graças ao empenho dos esportistas Marco Antonio Rasquel (Supermercado Big-Mart) e do corintiano Manoel Frederico Abido Galdino de Carvalho, o "Lico".
Confesso que foi uma noite de gala, única. Nunca vi o lendário "Platzeck" tão lotado, principalmente com torcedoras. Com certeza foi uma noite que a torcida feminina superou a masculina. E a solidariedade também entrou em campo: foram arrecadados cerca de 15 toneladas de alimentos que, posteriormente, foram entregues ao Fundo de Solidariedade Municipal.
Creio até que foi recorde de público, arquibancada lotada e muita gente de pé, no entorno de todo o alambrado. Quanto ao jogo foi bem disputado e terminou empatado em 2 a 2. Lembro que o árbitro foi Cássio Zancopé, em início de carreira, auxiliado pelo Fabinho e Diego. O técnico da Seleção Amadora foi o corintiano Pedro Soares. E olha que o cantor Daniel não é ruim de bola não! Tinha um bom preparo físico e jogou como um meia atacante, rápido e ligeiro no toque da bola.

O cantor Daniel cantando o Hino Nacional antes de começar o jogo: Seleção Amadora 2 x 2 Daniel FC
Um momento marcante foi quando, antes do jogo começar, Daniel cantou o Hino Nacional Brasileiro. O público presente, respeitosamente, ouviu em silêncio, coisa linda. Quanto ao jogo, um empate normal. Lembro que faltavam cerca de 15 minutos para o jogo terminar, eu estava no banco de reservas, o placar 2 a 1 para o time do Daniel FC.

O saudoso repórter repórter Paulo Pereira (esq) cobrindo o inédito jogo realizado no Platzeck e entrevistando Tico Cassolla, o artilheiro que foi muito vadiado ao marcar o gol de empate
O nosso técnico Pedro Soares nos chamou e falou "entra e faz um gol". Fui para o jogo. Num lance pelo lado esquerdo, o Rogerinho (ex-Garça FC) avançou, na grande área driblou um zagueiro, e quando ia finalizar, sofreu uma dura entrada de outro "becao". O árbitro Cássio Zancopé, em cima do lance, marcou pênalti. O Rogerinho estava em grande forma, seria o cobrador do pênalti mas, contundido, deixou o campo. Quem iria cobrar? Até que o Celsinho (ex-Garça FC) pegou a bola, chegou perto de mim e falou: "Você vai bater o pênalti".
Confesso que na hora fiquei surpreso, e dei "aquela tremida". Mas aceitei o desafio. Ao apito do Cássio Zancopé "mirei num canto e chutei firme, bola na rede". A torcida garcense presente no campo, ao invés de vibrar com o gol, vaiou e muito. Nunca vi uma cena igual.
Placar final do jogo: 2 a 2. Na saída do estádio, muitas torcedoras queriam ver o Daniel nos vestiários. Então para ir embora, tive que passar no meio daquela multidão feminina. Resultado foram vaias e mais vaias, até alguns tapas nas costas recebi, tudo por ter marcado o gol de empate. Elas queriam a vitória do time do Daniel FC!!!