Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Hoje completamos a série de
quatro matérias da Sociedade Esportiva Palmeiras, em homenagem ao centenário. E
para encerrar com chave de ouro, nada
melhor do que falar um pouco da carreira do goleiro Marcos Roberto Silveira
Reis, o “São Marcos”, um dos maiores
ídolos recentes do “Verdão”.
Tudo porque a história tem a
ver com um ilustre garcense, responsável direto pelo descobrimento do guapo,
idolatrado pela torcida palmeirense e admirado até mesmo pelos torcedores
adversários.
Esta historia começou na
cidade de Oriente, quando o Joaquim Ferminiano Novaes, o “Joy”, viu no
garotinho potencial para ser um grande goleiro, logo no primeiro contato. Chegou
para o Marcos, falou curto e grosso: “Eu vou te levar para um time. Vou falar
com meu irmão Neno, que está em Lençóis Paulista. Se ele não quiser, eu vou te
levar pra qualquer time”. Não deu outra, após uma rápida passagem na Lençoense,
foi contratado pelo Palmeiras, a um preço “muito caro”, uns pares de chuteiras
e uniformes. Depois todo mundo já sabe o que aconteceu.
No Palmeiras “São Marcos”
jogou entre os anos de 1992 a 2011, disputando um total de 532 jogos, com 256 vitórias, 146 empates e 130 derrotas. Recebeu 20 cartões amarelos 20 e 3 vermelhos.
Voce pode estar duvidando
disto. Quer confirmar, é só assistir ao `DVD- Santo Marcos´ (foto), lançado recentemente.
O GOLEIRO JOY – Apesar de nascido em
Marília, se considera um garcense nato, de
coração e alma, onde reside desde o ano de 1998. Joy começou como goleiro nas equipes de base
do Marília Atlético Clube (Maquinho), no início da década de 70, jogando ao
lado das revelações Jorginho Putinati e Márcio Rossini. O técnico era Isaac
Elias Farat, depois Walter Zaparoli. Lembra que Pupo Gimenes, era o responsável
pelo departamento de futebol amador. Depois, na equipe principal do MAC, teve
como treinador dom Filpo Nunes, o argentino responsável pela montagem da memorável
academia do Palmeiras (anos 60). Na época o goleiro titular do MAC era Zecão, vindo
da Portuguesa (Lusa).
Jogou ainda no Bragantino,
Sertãozinho, por várias temporadas. Encerrou a carreira em Marília, desta feita
jogando pelo São Bento. Com a experiência adquirida
passou a ser treinador de goleiros, trabalhando com destaque no Paraguassuense,
Nacional (São Paulo) e Internacional de Limeira.
Seu último clube foi o
Garça, nas temporadas de 1.999/2.000. Atualmente Joy trabalha com reciclagem e serviço
de atendimento em Buffet.
Recordamos o Maquinho do ano
de 1.975. Em pé da esquerda para direita: Foguinho, Zelão, Ely, Cido, Wagner e
Joy; Agachados: Jorginho Putinati, Marinho, Dadá, Larry e Abel. Numa das fotos veja o Joy
dando seu depoimento no DVD, dentre tantas personalidades do esporte nacional
sobre a carreira do consagrado goleiro “Santo Marcos”, que no próximo mês de
novembro terá um busto, em solenidade comemorativa aos 100 anos do Palmeiras.
O DVD, diga-se de passagem, mostra
a história emocionante de um menino do interior, da roça, dedicado e com paixão
pela bola, alcançar o sucesso como goleiro, e se sagrar campeão mundial pela
seleção brasileira (2002). Tornou-se ídolo de todos os amantes do futebol pelo jeito
humilde e descontraído dentro e fora de campo, por ser um exemplo de amor à
camisa em uma época de profissionalismo exagerado.