sexta-feira, 14 de julho de 2023

Recordar é Viver: "Um encontro nostálgico no SESI"

 


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

O evento não é muito antigo, aconteceu no último sábado. Mas as histórias que foram recordadas aconteceram há muito tempo, e marcaram a vida de muitas pessoas, dos professores, dirigentes e, principalmente, dos alunos que frequentaram a Escola do SESI/267, de nossa cidade. No meio de semana, fomos parados na rua, e indagados se poderíamos fazer algo a respeito deste encontro. Sem pestanejar, respondemos afirmativamente e bola pra frente.

Afinal de contas falar do encontro, em especial dos professores, nossos eternos mestres, nos enche de orgulho. Até porque se não fossem eles, com certeza, eu não estaria aqui escrevendo a coluna. A estes mestres nossa profunda gratidão.

Dizem que no Japão o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor. Seria uma verdade ou uma lenda? Só sei que aqui no Brasil, temos que reverenciar e muitos estes abnegados mestres, responsáveis pela cultura da população, e fundamentais para o desenvolvimento da nação.

Agora voltando a Escola SESI/Serviço Social da Indústria, este foi o sexto encontro, que já está virando tradição. A cada ano que passa, vem crescendo mais.

Segundo o corintiano/professor Nicola Rozário, num breve relato comentou: “Ambiente festivo e numa maravilhosa tarde de extrema alegria e congraçamento, muitas lembranças queridas do passado foram relembradas."

Desde o lema: "Mais ou menos não serve, tem que ser cem por cento", aos sermões, as "puxadas de orelhas", as tarefas, projetos realizados, conquistas, crescimento e, finalmente, a diplomação. Entre drinks, come-e-bebes, distribuição de lembrancinhas alusivas à data, projeção de slides de eventos da escola, sorteio de quadros, camisetas customizadas e doces especiais, o clima foi de extrema descontração.

Teve motivos múltiplos para a alegria geral, tanto que, a comissão organizadora está montada para o evento 2024, esperando novas adesões para o seu crescente fortalecimento. As fotos para a posteridade foram muitas. Numa delas vemos, a Vera (professora da 1ª a 4ª série), Wanda (coordenadora), Nicola Rozário (professor de artes), Gilmar Mantovanelli (professor de língua portuguesa), Magno “Bidu” (professor de matemática), Afrânio (professor de história) e Rosemira (professora da 1ª a 4ª série).

ESCOLA DO SESI: Funcionou por muito tempo na Rua Alzira Nazareth nº 599, em Vila Mariana. De manhã funcionavam as classes da 5ª a 8ª série, à tarde da 1ª a 4ª. E a noite havia o Telecurso para adultos, além de um projeto denominado “O Pai Vai à Escola”, quando eram oferecidos cursos de eletricidade, pães, tricô e jardinagem. A partir do ano de 2008 mudou para a Rua Carlos Ferrari, nº 2040, com os cursos do ensino médio e fundamental.

Este objetivo foi alcançado graças ao incansável trabalho do corintiano Nicola Rozário, então diretor do SESI, que abraçou a causa, lutou bravamente e virou o jogo. Depois de muita perseverança e mobilização da sociedade, a escola que poderia fechar, ganhou um novo e moderno prédio, valorizando o ensino de Garça e região. No mês de outubro de 2021 a escola recebeu o nome do também corintiano/empresário Flávio Aparecido Peres.


Recordamos uma turma de professores e funcionários do ano 2000, posando em frente à antiga Escola do SESI. Da esquerda para direita: Barbosa, Silvana, Magno, Reinaldo, Toninho, Nilma (in memoriam), Fernanda, Flávia, Nicola, Cira, Josefina, Vera, Lucimeia, Amabile e Célia (in memoriam).

NO GIZ E NA BOLA: Se dentro da sala de aula eles foram show de bola, ou melhor, deram show de ensinamentos, nos gramados esportivos eles proporcionaram espetáculos, quando jogaram no time da Eletrônica, no futebol suíço. Estamos falando dos professores e também jogadores: Nicola Rosário, Gilmar Mantovanelli, Magno e Afrânio. Com maestria souberam dignificar e engrandecer o ensino, e, paralelamente, praticavam um futebol de excelência.

Recordamos uma das formações da Eletrônica, da temporada de 1978, com os quatro mestres no elenco. Em pé, da esquerda para direita: Gilmar Mantovanelli, Zu goleiro, Galdino, Macalé, Carlinhos e Carlão; agachados: Magno “Bidu”, Zézo, Afrânio, Nicola Rozário e Aníbal Bonfim.

GILMAR x AMIGOS: O palmeirense Gilmar Mantovanelli, hoje morando em Americana/SP, que veio especialmente para o encontro no SESI, arrumou um tempo em sua agenda e não perdeu a oportunidade de ir assistir jogos do futebol suíço. Lá reencontrou muitos amigos e ex-jogadores de sua época. Para quem não sabe o Gilmar foi um bom atacante da várzea dos anos 70/80. Começou no Garcinha, de Vila Cavalcante, e teve uma rápida passagem no Garça FC. No flagrante, estão três dos melhores atacantes do Garcinha: Tiguinha (ponta direita), Gilmar e Tonho Nêgo (meia esquerda).