quinta-feira, 2 de abril de 2015

Recordar é Viver: "Régis Lecci, um super campeão do varzeano"





Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Apesar  de não ter o mesmo brilho de antigamente, foi dada a largada para mais um campeonato amador de futebol de nossa cidade. Como “aperitivo” a SEJEL (Secretaria de Esportes da Juventude, Lazer e Turismo), sob o comando do secretario Sebastião  Galego, promove o torneio início para movimentar todas as equipes. Apesar da “crise”, oito equipes estão inscritas: Vila Nova, São Lucas, Ferroviária, Sol Nascente, Mercado Gutierrez, Sena, Manga Rosa e CHG.

Nos últimos anos o campeonato amador vem enfrentando grandes dificuldades. Não está nada fácil manter um time em atividade. As altas despesas, falta de patrocínio e até mesmo em arrumar jogadores, vem desestimulando os dirigentes. Alguns foram para o suíço. Só que o futebol amador não pode parar, pelo contrário, tem mais é que ser incentivado. Afinal de contas, as grandes revelações e jogadores saíram daí. A tabela marca quatro jogos para domingo (5). No “Toyotão”: 8 horas - Sol Nascente x Ferroviária; 10 horas - São Lucas x Vila Nova. No ‘Estádio Dr. Rafael P. de Barros” – Jafa: 8 horas - M. Gutiérres x Sena; 10 horas - CHG x Manga Rosa

REGIS LECCI, SUPERCAMPEÃO: A coluna homenageia um dos grandes jogadores do passado da nossa várzea, da época romântica do futebol: Regis Lecci (foto), quando os dirigentes tinham mais facilidade em “tocar” um time de futebol. Nascido na cidade de Agudos, o meia atacante  Regis veio trabalhar ainda jovem em Garça. Como bancário participou de várias competições da categoria, sempre defendendo o Comind. Fato marcante: numa decisão, contra o Mercancial (fusão do Banco Comercial com o Mercantil), marcou um gol quase do meio do campo. A final foi no antigo campo do Garça, vencida pelo Comind, pelo placar de 2 a 1, perante um grande público. Segundo o Regis, em Garça havia mais bancos, com bastantes funcionários, então era fácil reunir a categoria para estas disputas. O comércio era forte, com o café “o ouro verde” vivendo um ótimo momento. 

No âmbito do varzeano, o Régis jogou no Brasil Bandeirante, Corintinha e Pecuária-Cruzeiro, onde foi campeão da Copa dos Campeões no ano de 1.961. Esta competição reuniu somente os melhores times da cidade. Segundo o Regis, a várzea tinha bons jogadores, mais dois faz questão de destacar: o habilidoso meio campista Irineu Palmeira e o centroavante Valter Barreto, um goleador nato. Se fosse nos dias de hoje,  ambos jogariam em qualquer time profissional.

Recordamos o time do Pecuária-Cruzeiro, comandado pelo presidente João Bento, o super campeão da temporada de 1.961, no jogo de entrega das faixas. Em pé da esquerda para direita: Chiclete, Regis Lecci, Coutinho, Jafa, Orlando Antunes, Antonio Macelloni, Zé Carlos e João Bento (presidente); Agachados: Tcheca Garcia, João Trinca, Valter Barreto, Nado e Luizinho.

O Regis ainda acompanha o futebol e com grande conhecimento. Principalmente quando o assunto é Corinthians, aí ele sabe de tudo. Como bom esportista, espera um campeonato amador  forte e disputado, revelando jogadores. Tal qual na época da várzea romântica de outrora.