Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Apesar de não ter o mesmo brilho de antigamente, foi
dada a largada para mais um campeonato amador de futebol de nossa cidade. Como
“aperitivo” a SEJEL (Secretaria de Esportes da Juventude, Lazer e Turismo), sob
o comando do secretario Sebastião
Galego, promove o torneio início
para movimentar todas as equipes. Apesar da “crise”, oito equipes estão inscritas:
Vila Nova, São Lucas, Ferroviária, Sol Nascente, Mercado Gutierrez, Sena, Manga
Rosa e CHG.
Nos últimos anos o campeonato amador
vem enfrentando grandes dificuldades. Não está nada fácil manter um time em
atividade. As altas despesas, falta de patrocínio e até mesmo em arrumar
jogadores, vem desestimulando os dirigentes. Alguns foram para o suíço. Só que
o futebol amador não pode parar, pelo contrário, tem mais é que ser incentivado. Afinal de contas, as grandes revelações
e jogadores saíram daí. A tabela marca quatro jogos para domingo (5). No “Toyotão”:
8 horas - Sol Nascente x Ferroviária; 10 horas - São Lucas
x Vila Nova. No ‘Estádio Dr. Rafael P. de Barros” – Jafa: 8 horas -
M. Gutiérres x Sena; 10 horas - CHG x Manga Rosa
REGIS LECCI, SUPERCAMPEÃO: A coluna homenageia um dos
grandes jogadores do passado da nossa várzea, da época romântica do futebol:
Regis Lecci (foto), quando os dirigentes tinham mais facilidade em “tocar” um
time de futebol. Nascido na cidade de Agudos, o meia atacante Regis veio trabalhar ainda jovem em Garça. Como
bancário participou de várias competições da categoria, sempre defendendo o Comind.
Fato marcante: numa decisão, contra o Mercancial (fusão do Banco Comercial com
o Mercantil), marcou um gol quase do meio do campo. A final foi no antigo
campo do Garça, vencida pelo Comind, pelo placar de 2 a 1, perante um grande
público. Segundo o Regis, em Garça havia mais bancos, com bastantes
funcionários, então era fácil reunir a categoria para estas disputas. O
comércio era forte, com o café “o ouro verde” vivendo um ótimo momento.
No
âmbito do varzeano, o Régis jogou no Brasil Bandeirante, Corintinha e
Pecuária-Cruzeiro, onde foi campeão da Copa dos Campeões no ano de 1.961. Esta
competição reuniu somente os melhores times da cidade. Segundo o Regis, a
várzea tinha bons jogadores, mais dois faz questão de destacar: o habilidoso
meio campista Irineu Palmeira e o centroavante Valter Barreto, um goleador
nato. Se fosse nos dias de hoje, ambos jogariam
em qualquer time profissional.
Recordamos o time do
Pecuária-Cruzeiro, comandado pelo presidente João Bento, o super campeão da
temporada de 1.961, no jogo de entrega das faixas. Em pé da esquerda para
direita: Chiclete,
Regis Lecci, Coutinho, Jafa, Orlando Antunes, Antonio Macelloni, Zé Carlos e
João Bento (presidente); Agachados: Tcheca Garcia, João Trinca, Valter Barreto,
Nado e Luizinho.
O Regis ainda acompanha o futebol e com grande
conhecimento. Principalmente quando o assunto é Corinthians, aí ele sabe de
tudo. Como bom esportista, espera um campeonato amador forte e disputado, revelando jogadores. Tal
qual na época da várzea romântica de outrora.