sábado, 1 de dezembro de 2018

Recordar é Viver: "O eficiente zagueiro Valdir Teixeira"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Silenciosamente. Assim como ele era em campo, o Valdir Martins Teixeira, nos deixou no último dia 25. Quem me deu a triste notícia foi o Eduardo Davi, na noite da última quarta-feira. 

Assim o corintiano Eduardo David, nos mandou o recado no “zapi”: “O nosso futebol amador perdeu um grande jogador, que tem história na cidade. Joguei com ele no Frigus, nos anos 70, e o Valdir era o sustentáculo da defesa. Firme e com um físico privilegiado, formou ao lado do Rogerio Guanaes uma zaga de respeito. Os grandes e memoráveis times do Frigus começou nesta época”.

Pura verdade, o Valdir Martins Teixeira, mais conhecido por Valdir da Volks (apelido que ganhou por ter trabalhando vários anos naquela empresa, a SOTEBRA, onde se destacou como excelente funileiro) tem uma bonita história. Lembro do Valdir jogando bola bem antes, desde os tempos do Garcinha, do presidente Angelim Mantovaneli.  

Joguei contra ele em diversas oportunidades. Eu como centroavante, ele zagueirão. Que “becão” duro de enfrentar! Jogava firme e forte na bola. Muita raça em campo. Porém, era leal. Sem falar que com ele não tinha bola perdida.

Falava pouco em campo e dificilmente tomava um cartão amarelo ou era expulso.  Gostava sim de jogar bola, jamais apelava, ou reclamava da arbitragem. Foi assim que o conheci e o enfrentei várias vezes.

Pesquisando um pouco da carreira, verifiquei que o Valdir só jogou em times de expressão da várzea: Garcinha, Frigus, SASP. No futebol suíço defendeu por vários anos o ótimo time do Kussumoto. Um dos melhores times da modalidade, época dos campos do terrão, atrás do Hospital São Lucas.

Ainda recentemente, quando o ex-massagista Lourenço Sebastião foi homenageado no master do suíço, encontramos o Valdir em sua oficina de funilaria de carros na Vila Mariana. Batemos um longo papo, o assunto, é claro, foi de futebol. Ele recordando dos bons momentos dos tempos da bola e da saudade que sentia. "Hoje o futebol amador de Garça não é mais como antigamente", repetia. Atualmente o seu principal hobby era uma boa pescaria. Nos despedimos e registramos na foto o último encontro: Lourenço Sebastião, Valdir da Volks (sentado) e Tico.

Recordamos o Garcinha, um dos primeiros times do Valdir. Em pé da esquerda para direita: João Luiz Zancopé (árbitro), João Azevedo, Tonho Nêgo, Róbson Pezão, Titão Manflin, Valdir Teixeira e Jaime Nogueira Miranda (interventor federal em Garça); agachados: Zé Massagista, Tiguinha, Zé Lúcio, Gilmar Mantovaneli, Gininho, Nivaldo e Carlinhos Tocilo.

Veja também o Frigus: Em pé da esquerda para direita: Joatan, Rogério Guanaes, Juvenal, Valdir Teixeira, Grilo, Eduardo Davi, Zezão Marqueli e Jurandir; agachados: Buião, Ditinho Marcola, Edson Tercioti, Paulinho, Miro, Valtinho e Zelão Scarpinelo.