Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Silenciosamente. Assim como ele era em campo, o
Valdir Martins Teixeira, nos deixou no último dia 25. Quem me deu a triste
notícia foi o Eduardo Davi, na noite da última quarta-feira.
Assim o corintiano
Eduardo David, nos mandou o recado no “zapi”: “O nosso futebol amador perdeu um
grande jogador, que tem história na cidade. Joguei com ele no Frigus, nos anos
70, e o Valdir era o sustentáculo da defesa. Firme e com um físico
privilegiado, formou ao lado do Rogerio Guanaes uma zaga de respeito. Os
grandes e memoráveis times do Frigus começou nesta época”.
Pura verdade, o Valdir Martins Teixeira, mais
conhecido por Valdir da Volks (apelido que ganhou por ter trabalhando vários
anos naquela empresa, a SOTEBRA, onde se destacou como excelente funileiro) tem
uma bonita história. Lembro do Valdir jogando bola bem antes, desde os tempos
do Garcinha, do presidente Angelim Mantovaneli.
Joguei contra ele em diversas oportunidades. Eu como centroavante, ele
zagueirão. Que “becão” duro de enfrentar! Jogava firme e forte na bola. Muita
raça em campo. Porém, era leal. Sem falar que com ele não tinha bola perdida.
Falava pouco em campo e dificilmente tomava um
cartão amarelo ou era expulso. Gostava
sim de jogar bola, jamais apelava, ou reclamava da arbitragem. Foi assim que o
conheci e o enfrentei várias vezes.
Pesquisando um pouco da carreira, verifiquei que o
Valdir só jogou em times de expressão da várzea: Garcinha, Frigus, SASP. No
futebol suíço defendeu por vários anos o ótimo time do Kussumoto. Um dos
melhores times da modalidade, época dos campos do terrão, atrás do Hospital São
Lucas.
Ainda recentemente, quando o ex-massagista Lourenço
Sebastião foi homenageado no master do suíço, encontramos o Valdir em sua
oficina de funilaria de carros na Vila Mariana. Batemos um longo papo, o
assunto, é claro, foi de futebol. Ele recordando dos bons momentos dos tempos da
bola e da saudade que sentia. "Hoje o futebol amador de Garça não é mais como
antigamente", repetia. Atualmente o seu principal hobby era uma boa pescaria. Nos
despedimos e registramos na foto o último encontro: Lourenço Sebastião, Valdir
da Volks (sentado) e Tico.
Recordamos o
Garcinha, um dos primeiros times do Valdir. Em pé da esquerda para direita: João
Luiz Zancopé (árbitro), João Azevedo, Tonho Nêgo, Róbson Pezão, Titão Manflin,
Valdir Teixeira e Jaime Nogueira Miranda (interventor federal em Garça); agachados:
Zé Massagista, Tiguinha, Zé Lúcio, Gilmar Mantovaneli, Gininho, Nivaldo e
Carlinhos Tocilo.