sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Recordar é Viver: "No Grêmio, sempre é carnaval"

 



Por Wanderley `Tico´ Cassolla

O carnaval chegou! E com ele, a alegria do povo brasileiro voltou. Se o carnaval retornou, o Grêmio Teatral Leopoldo Fróes também voltou com tudo. Alegria em dobro. O Grêmio estava quase para ser rebaixado, ou até mesmo eliminado. Mas numa virada de jogo espetacular, levantou a poeira, deu a volta por cima e, novamente, está em campo para viver dias de glórias. Tudo isto graças ao empenho dos sócios, e principalmente do trabalho do atual presidente Luiz Gonzaga Conessa.

Com aquela garra de um fiel corintiano, o Luiz Conessa está colocando novamente o Grêmio em campo, com uma roupagem nova. Desta vez para não perder mais o jogo. Novos planos, novos objetivos e muitas vitórias pela frente.

Como ele bem disse, num bate papo: “O gigante está de volta, com seu amplo salão de festas, um dos maiores da região. Retorna em grande estilo, para reviver as glórias do passado. Há uns 70 anos o clube vem proporcionando alegria e divertimento aos garcenses. Nada de parar. Afinal de contas o show, bailes e festas, tem que continuar”.

Quanto ao carnaval, Luiz Conessa espera ver casa cheia: “Depois da pausa técnica devido a pandemia do Coronavirus a expectativa é de casa cheia, como se fosse um clássico no futebol. Só que diferentemente dos estádios, aqui poderão se reunir todas as torcidas, independentemente do clube do coração. Estamos nos organizando para fazer um dos melhores carnavais que Garça já viu. Sócios e convidados serão muito bem vindos. Que venham com alegria e muito samba no pé”.

De acordo com a programação, dois bailes serão realizados. No sábado às 21 horas com a Banda FL7/OLDMUG música. Na terça feira, novamente a Banda FL7 entra em campo, com o DJ Money. Vale lembrar que menores de 18 anos não podem participar dos bailes noturnos, nem mesmo acompanhados. Para a garotadas, o clube irá promover duas matinês: domingo e terça feira, a partir das 15 horas.

Ainda um tanto quanto emocionado, acrescentou: “O Grêmio faz parte da história de Garça. Por isto afirmo, enquanto Garça existir o Grêmio também vai existir. Será uma caminhada conjunta em pról da comunidade garcense”.

Apesar de tempos mudados em época de globalização, Luiz Conessa e sua equipe de diretoria querem resgatar os bons tempos dos carnavais de antigamente. Apesar dos ritmos musicais terem mudado, os foliões poderão curtir aquelas tradicionais e saudosas marchinhas. Quem não se recorda da Jardineira, Mamãe eu Quero, Cabeleira do Zezé, Saca-Rolha, Cachaça não é água, Turma do Funil, Transplante de Corintiano, Caiu na Rede, Índio quer apito, Marcha da Cueca, Me dá um dinheiro aí, Allah-la-o, Teu Cabelo não nega, Maria Sapatão, Máscara Negra, Cidade Maravilhosa, Tristeza, Sassaricando, Quem sabe, sabe, Teu Cabelo não nega, Recordar é Viver, Tá Chegando a hora e tantas outras.

FOLIÕES EM POTENCIAL: Já que o carnaval voltou, vamos recordar três foliões em potencial, que sambaram nos carnavais de salão do Grêmio e também nos desfiles da Rua Carlos Ferrari: Angela Maria Tucilo, José Luiz dos Santos e Rita de Cássia Baptista Guedes. Eles marcaram época nos anos 70 e 80, com muito samba no pé e bonitas fantasias. Veja, a seguir, como eram e como estão hoje. 






A Angela participou de muitos concursos de fantasias para crianças. Conseguia boas colocações, graças ao empenho e dedicação de sua saudosa mãe, a dona Luzia, que não media esforços em comprar os tecidos e confeccionar as fantasias, caprichosamente. Hoje a Angela é cuidadora de idosas, e fiel torcedora do Garça, Palmeiras e Brasil.


O José Luiz, o conhecido “Português” foi um folião em potencial. O mesmo gingado que tinha como mestre salas, levava para os campos de futebol. Um ponta direita de rara habilidade. Formou um par perfeito na escola de samba do Grêmio com a Rita Guedes. Atualmente está aposentado, aprecia um bom futebol. É torcedor do Santos, graças ao Pelé, Toninho Guerreiro, Edu, Ailton Lira, Pita, Serginho Chulapa e Juari, etc.

A Rita Guedes foi porta bandeira como que por acaso. Ela morava próxima ao Grêmio, e quando saía das aulas noturnas, passava em frente ao clube e parava para ver o ensaio da escola de samba. Numa ocasião, os diretores do Grêmio notaram que o biótipo dela era compatível com a roupa da porta bandeira, que por motivos adversos, não iria desfilar. Daí recebeu o convite e foi só experimentar a fantasia e pronto, na medida. Nascia ali a nova porta bandeira do Grêmio, que reinou dos 14 aos 17 anos.  

Marcou época nos desfiles, tendo como par o Júlio Stipp, Renato Vaz e Zé Luiz “Português”. Hoje a Rita está aposentada junto ao Estado, como professora de educação física. Quanto ao futebol, acompanha um pouco de longe. Mas tem uma certa preferência pelo Santos, até porque o ex-aluno dela, o Felipinho, foi jogar no time na Vila Belmiro. Uma coisa comum entre os três eternos foliões: “O carnaval é sinônimo de diversão, respeito, alegria e folia. Por isto foi, é, e sempre será, a maior festa do povo brasileiro”.