sexta-feira, 7 de junho de 2024

Recordar é Viver: "Edson e Emerson, uma tradição de família"


Emerson e Édson

Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Um é bom, dois é melhor ainda. Descobrimos no futebol suíço dois irmãos que desfilam nos gramados garcenses, dois craques da modalidade. Ainda na final da Taça Cidade de Garça, que homenageou o ex-jogador Sarará, eles foram vice-campeões pelo Flamengo, do técnico Betão Aguiar. Estamos falando do Edson dos Santos Ferreira e Emerson dos Santos Ferreira (foto). Carinhosamente eles são conhecidos por “Maloka e Moloquinha”, apelido que herdaram do pai, o saudoso Aparecido Ferreira.

Aliás, não é de hoje que a tradicional família Ferreira está no futebol garcense. Com suas raízes no Distrito de Jafa, são verdadeiros esportistas, colaborando sobremaneira com esporte citadino a mais de meio século.

O pai Aparecido Ferreira, nos anos de 1970 era um eficiente zagueiro que às vezes jogava improvisado na lateral esquerda. Joguei várias vezes contra ele, difícil de ser batido. Ele fez dupla de zaga com o irmão Francisco Ferreira, o conhecido “Chicão Churrasqueiro”. Jogaram no time da Esportiva Jafense e na Guarda Municipal, nos árduos campeonatos varzeanos realizados naqueles tempos. Veja os dois em destaque na foto do time da Guarda: o Chicão é o primeiro em pé, da esquerda para direita. Para completar, ainda tem o irmão João Batista Ferreira, outro zagueirão firme, que jogou no SAAE e no Cruzeiro de Jafa. De quebra, depois que encerraram a carreira, os três ainda se aventuraram a apitar jogos do Amador. 


Encararam a difícil missão, sempre com muito empenho e muita dedicação. No flagrante comandando mais um jogo do campeonato amador de 1992. Em pé, da esquerda para direita: Marquinhos representante, Saraiva, Maloca e Tatinha. Mesmo com o falecimento do Aparecido, o “Maloka original”, no dia 7 de agosto de 2.010, a saga da família Ferreira seguiu. O netinho Edson Júnior já vem se destacando nas escolinhas de futsal de SEJEL. O legado continua.  

EDSON “Maloka”: Não é de hoje que está entre os melhores jogadores (zagueiro) seja no futebol de campo ou suíço. Tem um futebol vistoso, clássico, e ainda é firme nas bolas pelo alto. De quebra ainda tem a versatilidade de jogar no ataque, já tendo marcado muitos gols decisivos.

Começou a jogar por volta dos 17 anos, no Distrito de Jafa, e tem uma bonita trajetória. Senão vejamos os times que defendeu: Bela Vista e Casa Galego, em Jafa. Em Garça, futebol amador: VIMEC, Refrigerantes São José, Flamengo, J.P.E., Jafense e Sena. No regional de Marilia: Gália e Lupércio. No futebol suíço: Independente, Os Pior, Kosminho e Flamengo.

Sua galeria é recheada de troféus. Os principais títulos: Bela Vista, J.P. e Jafense no Distrital de Jafa; No Amador de Garça: bi-campeão pelo VIMEC e Tetracampeão no Flamengo. No futebol suíço: Os Pior e Flamengo, na temporada de 2023.

Como amante do futebol, torce pelo São Paulo FC. e seu ídolo é o Marcos Evangelista de Morais, o lateral Cafu, capitão do pentacampeonato mundial em 2002, quando a Copa foi realizada no Japão e Coréia do Sul.

EMERSON “Maloquinha”: Outro que encara o futebol com bastante seriedade. Gosta de jogar como lateral direito. Em campo esbanja voluntariedade. Com ele não tem bola perdida.

Com apenas 15 anos já estava correndo atrás da bola, em ritmo de disputas. Tudo começou em Jafa. Lá jogou no Sena, Supermercado Gutierrez e Esportiva Jafense, nas competições realizadas no distrito. Não demorou muito e foi “contratado” para os times de Garça: Look Motos, depois Flamengo. Nesta época ainda disputou o Campeonato Regional de Marilia pela equipe de Lupércio. No futebol suíço defendeu o Dinos e o Flamengo, onde está atualmente. Foi campeão pelo Flamengo, tanto no amador como no futebol suíço. Além de jogar, acompanha com interesse o futebol brasileiro. Tal como o irmão, torce pelo São Paulo, o glorioso tricolor do “Morumbis”. Tem como craque, “Ronaldinho Gaúcho”.

Três fatores os irmãos tem em comum: são bem disciplinados, dificilmente são punidos pelos árbitros. Fazem questão de elogiar o trabalho do técnico Betão Aguiar, “Mais que um técnico, uma pessoa do bem, um amigo de todos”. Também apontam o atacante Igor, do Flamengo, como o melhor jogador da atualidade no futebol suíço.

Quanto a encerrar a carreira, os irmãos “Maloka e Maloquinha” não pensam em pendurar a chuteira tão já. Até porque o futebol ainda corre forte e firme nas veias dos “Ferreira”.