sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Recordar é Viver: o dirigente Marcelo da Costa Val





O futebol é  verdadeiramente uma paixão nacional. No Brasil  não tem quem não goste de assistir uma partida de futebol e apreciar a bola  estufando as redes. Se dentro do campo sempre revelamos os melhores jogadores do mundo, na parte diretiva, a coisa é diferente. Os clubes encaminham “aos trancos e barrancos”,  a grande maioria endividados, enfrentando ações diversas, principalmente dos jogadores.  E quando o assunto é futebol do interior nas cidades pequenas a coisa é mais complicada ainda. Um grande exemplo foi o Garça FC, que nos anos 70, viveu uma excelente fase e depois “fechou a porta”.
Ainda na coluna “Túnel do Tempo” do último dia 21/07, uma nota nos chamou atenção, com relação ao Garça, que quase saiu do campeonato: “Em reunião presidida por João Bento, o vice-presidente Alzir Bertone indagou os três diretores que votaram pela continuidade do Azulão, que explicassem quais os recursos que seriam utilizados. A pergunta era pertinente, pois levantamento da tesouraria do clube, estimava que os gastos com a manutenção do time atingiriam a 120 mil cruzeiros nos próximos seis meses, com a receita chegando no máximo a 65 mil cruzeiros”.
O primeiro diretor que votou pela manutenção do time, Marcelo da Costa Val, explicou que antes de se tomar qualquer atitude mais drástica, que se entrasse em contato com os jogadores, pedindo a colaboração dos mesmos, inclusive na venda de carnês e de ingressos. Paralelamente, a diretoria deveria realizar promoções objetivando aumentar a arrecadação. Para estimular os jogadores, poderia também ser estudada uma participação dos atletas no prêmio a ser conferido pela Federação Paulista de Futebol, no caso do Garça classificar a fase final do certame. Os argumentos foram convincentes, e o restante da diretoria aceitou o desafio de participar do Campeonato da 1ª Divisão de 1972.
O Garça disputou duas competições: o torneio preparatório 25 de Janeiro. Depois o campeonato e terminou como campeão da “Série Arthur Friendenreich”. Uma pena que naquele ano não teve o acesso, pois o Garça enfrentaria o vencedor da outra série da região da capital. E o Garça era reconhecidamente o melhor time de todo interior. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Pedroso, Lula e Zinho. Agachados: Davi, Cláudio Belon, Itamar, Osmar Silvestre e Helinho.
Um dos baluartes pela manutenção e da excelente campanha foi o dirigente Marcelo da Costa Val.  Graças  a “net” localizamos o aguerrido dirigente na cidade de Belo Horizonte (MG). Próximo de completar 83 anos (14/08/29), Marcelo Val continua ligado ao futebol. É fervoroso torcedor do Botafogo carioca. Em Garça Marcelo Val era funcionário do Banco do Brasil e nas horas de lazer era um respeitado “becão” do tradicional Kosminho.
Seu irmão, Ruy da Costa Val, foi goleiro e presidente do América, campeão mineiro invicto em 73. E também pai do centroavante Mauro “Dinamite”, que marcou o gol primeiro título do Ipiranga, campeão amador garcence em 1976. No flagrante veja como está o Marcelo Val, que aparece sentado à esquerda ao lado do irmão Ruy Val,  juntamente com a filha Mônica e a Terezinha Val. Mas, voltando ao Garça acabamos de receber novo e-mail do Marcus Lucas, o Pí, que está jogando no futebol belga, nos revelando que continua mantendo contatos com empresários europeus, visando montar um novo Garça. Segundo o Pí, na última semana ele manteve contatos telefônicos  com o prefeito Cornélio M. de Moura, confirmando que  no próximo mês de novembro estará em Garça esperando trazer boas e ótimas novidades. 

Fonte: Jornal Comarca de Garça
Coluna 'Recordar é Viver'