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Por Wanderley Marcos Cassolla
Contando
com a anuência do “guapo” Waldir Peres de Arruda, vamos aos poucos recordar algumas passagens da maior revelação garcense no
futebol, nos quase 20 anos em que jogou bola profissionalmente.
Guardadas
as devidas proporções, o Waldir Peres está para o São Paulo, assim como o
Marcos Roberto Silveira Reis, o “São
Marcos” está para o Palmeiras. Afinal de contas o garcense jogou como titular absoluto no tricolor por 11
anos seguidos, sendo somente superado pelo Rogério Ceni, atual titular da
jaqueta um.
Provando
sua idolatria no São Paulo, Waldir será homenageado com sua camisa retrô que
vestiu na década de 80 (na foto antes e depois). Não está descartada a
possibilidade de Rogério Ceni entrar em campo com a camisa de seu predecessor,
no jogo de hoje à noite contra a Portuguesa de Desportos. Outras quatro camisas
serão lançadas, homenageando os uruguaios Darío
Pereyra, Diego Lugano, Pablo Forlán e Pedro Rocha, sob o título “Deuses da
Raça”.
Hoje
Waldir Peres fala um pouco da moda entre a boleirada dos anos 70/80. “Se hoje
os jogadores preferem cabeça raspada, antigamente a
moda era ter cabelos grandes. Na minha época de jogador, isso durou muito tempo
e, acreditem, eu também entrei nessa. Rapaz… É até engraçado comparar os álbuns
de diferentes épocas. Os jogadores até ficavam meio parecidos, todos com os
cabelos iguais. Depois, os fios foram diminuindo, a barriguinha aumentando.
Então não era mais questão de gosto, só continuava com a cabeleira
grande quem podia. Veja bem… Na minha
época, ter cabelos grandes não representava apenas a moda, mas a liberdade.
Estávamos construindo história no futebol. Era uma época fantástica, cheia de
possibilidades que se abriam à nossa frente, só esperando uma escolha.Assim, os
que tinham as “perucas” mais rebeldes armavam um “Black Power” bem
bacana de se ver.
Coisa rara, hoje em dia, no mundo da bola. Os outros todos deixavam
crescer de um jeitão meio largado, mesmo.Tinha gente que até perguntava se o
cabelo não atrapalhava com a bola. Veja bem, se tomei algum gol já foi na fase
mais careca… Já na linha não posso responder, mas acho que, ao menos para
cabecear, amortecia bem o impacto!A gente se divertia muito nessa época e
também divertia os outros com nossos cabelos. Me lembro bem de algumas torcidas
gritando: “…Olha a cabeleira do Waldir, será que ele é… será que ele é?, numa
alusão a tradicional marchinha carnavalesca “Cabeleira do Zezé”. Rapaz, eu ria
muito”.
Na outra foto, recordamos o time da Ponte Preta do ano de 1972, em jogo
no Morumbi, contra o São Paulo, clube pelo qual Waldir Peres seria contratado
posteriormente. Na macaca campineira
jogou entre os anos de 1970 a 72, e enceraria
careira no ano de 1989.
Em pé da esquerda para direita: Waldir Peres, Galli, Araújo, Chicão,
Marinho e Geraldo; agachados: Paulinho, Pedro Paulo, Adilton, Serginho e Tuta.
Uma curiosidade: entre Araújo e Chicão, ao fundo, está o então repórter
esportivo Fausto Silva, hoje renomado apresentador do programa “Domingão do
Faustão”, da Rede Globo de Televisão.
Fonte: Jornal Comarca de Garça