Antonio Gonçalves Roldão Filho, o conhecido Cobra |
Ele é nascido em Vera Cruz e desde os anos
50 acompanha o futebol amador. Tendo marcado época no futebol rural garcense,
onde esteve à frente da Fda. Santo André, conduzindo-a a várias conquistas, foi
se tornando uma figura muito conhecida e respeitada no meio. Também integrou o
Campeonato Amador e ultimamente, acompanha os campeonatos organizados em Garça.
Você conhecerá um pouco mais da bela história esportiva de Antonio Gonçalves
Roldão Filho, o `Cobra´, o nosso Destaque Esportivo da semana.
Logo aos 14 anos, no início dos anos 50,
Cobra começava a se interessar pelo futebol. Morador ainda no bairro 9 de Julho
e na extinta Venda Branca, passou muito tempo na Fda. Santa Esméria, onde se
criou.
“Foi o `seo´ João Pinto (Figueira,
administrador do local por décadas) que me levou para lá e depois para a Santo
André. Lá eu fiquei 25 anos”, disse, orgulhoso da folha de serviços prestada àquela
conhecida organização agrícola, onde atuou por 35 anos – 10 deles na Santa
Esméria -, até se aposentar e se mudar para a cidade, há 17 anos. Durante todo
esse tempo, o septuagenário dirigente integrou muitos times como atleta, mas
`pegou gosto´ mesmo pela atuação fora das quatro linhas, primeiro como técnico
e depois, como um dos dirigentes mais atuantes da história, sempre ouvido pelos
seus pares, um verdadeiro pilar de sustentação das competições organizadas na
zona rural.
Isso pode ser visto até os tempos atuais,
pois, mesmo estando afastado há anos, ainda é muito procurado e festejado nos
campos onde sempre tem sido visto, acompanhando algumas competições municipais.
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Um flagrante de 50 anos atrás: santa Esméria, ano de 1964, com o nosso homenageado sendo o último em pé |
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10 anos depois, já com a Santo André (último agachado) |
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Como atleta, em 1980, o terceiro agachado, comandando o ataque da Santo André |
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Cobra, num registro de 1988, novamente com a inesquecível equipe da Santo André |
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São-paulino, fez questão de ser fotografado ao lado de Waldir Peres, recentemente |
No
Amador, conseguiu um feito inédito
Cumprido o ciclo no futebol rural, a Santo
André, com a extinção da competição devido a uma mudança no comportamento dos
moradores da zona rural, que começavam a se mudar em grande número para a
cidade, tornando inviável a realização dos campeonatos ao final da primeira
metade dos anos 90, Cobra, ainda em atividade, formou uma equipe para disputar
o Campeonato Amador garcense.
O ano era 1996. Quando da reunião técnica,
ele surpreendeu muita gente a propor que os jogos fossem realizados em ida e
volta, ou seja, com a sua equipe atuando na Santo André. Ágil, usou a sua
astúcia para conseguir o aval de todas as agremiações, ainda mais pela
facilidade com o transporte, que era oferecido aos participantes. Foi a
primeira vez – e única – que tivemos confrontos do futebol amador sendo
realizados na zona rural. Um fato sem precedentes na história.
Juntamente com o amigo João Batista Araújo, ex-Santa Avelina, na decisão da Venda Seca |
Um
hobby que sempre o acompanhou: a fotografia
Além da profunda ligação com o futebol, ao
mesmo tempo Cobra foi desenvolvendo outro hobby: a fotografia. Em seu acervo
pessoal constam centenas, milhares de fotos tiradas de equipes de futebol ao
longo dos anos, desde os anos 60.
Não é incomum algumas pessoas o procurarem,
indagando sobre alguns flagrantes antigos. E sempre sendo tratados com extrema
fidalguia e bom humor.
Esse é o Cobra, uma figura única que
desfilou toda a sua competência em prol do futebol garcense. Que deixou muita
saudade, mas que ainda não conseguiu se afastar totalmente, agora, como um
torcedor comum e muito querido.
Com o filho Marcão, goleiro do Dinos Master, e os netos, acompanhando rodada do municipal |
Sempre é visto com a inseparável máquina fotográfica, hobby que cultiva há décadas |