Juarez Antonio dos Santos, o Tiguinha |
Ele começou a se destacar no futebol amador
garcense no início dos anos 70, como um meio-campista que chamava a atenção por
sua técnica e categoria com a bola nos pés. Defendeu grandes times à época e,
passadas mais de quatro décadas, segue em atividade, no futebol suíço máster.
Você vai conhecer um pouco mais de Juarez Antonio dos Santos, o Tiguinha, o
nosso Destaque Esportivo da semana.
Na década, considerada por muitos, como uma
das mais promissoras do futebol amador garcense, onde surgiam verdadeiros
craques de bola, apareceu um meio-campista de toque de bola refinado, de visão
de jogo que chamava a atenção de todos, de passes certeiros e seguidas
assistências – `tapas´ na bola que resultavam em gols dos companheiros.
Juarez Antonio dos Santos logo se
transformou no `Tiguinha´, que jogou pelo Garcinha, Serenata, Frigus e Salec,
entre tantos times grandes de nossa várzea. Um atleta que sabia antever a
jogada, que, antes da bola chegar aos seus pés, já havia feito a leitura do que
aconteceria lá na frente. Uma característica que lhe diferenciava dos demais.
Esteve nos gramados por vários anos,
enchendo os olhos de quem teve o privilégio de lhe acompanhar nos gramados de
nossa cidade. Sempre com a sua habilidade em orquestrar jogadas ofensivas e
desmoronar sistemas defensivos que sentiam grande dificuldade em conseguir
conter aquele meia cerebral, que sempre conseguia `tirar coelhos da cartola´.
Esse foi o Tiguinha, que deixou uma grande e
positiva marca em sua atuação destacada pelos campos planaltinos.
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Olha o nosso `Destaque´ defendendo o Garcinha, no início dos anos 70, no extinto Rebelão (1º em pé) |
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Tiguinha passou pelo Serenata, em 1973 (4º agachado) |
Técnica
apurada causou `puxão de orelha´ no próprio irmão
Tiguinha é irmão de João Bosco dos Santos,
que também jogou na várzea garcense, mas que encerrou a sua carreira cedo, após
defender o Internacional e o campeão Induscômio.
Bosco foi um viril defensor, conhecido pelo seu porte físico e pelo respeito que impunha. Quis o destino que num belo
domingo, no Platzeck, os irmãos se encontrassem, mas em lados opostos.
Em lance ofensivo, sobrou na lateral, uma
bola dividida entre os `Santos´. Resultado: sem pestanejar, Bosco, com a sua
tradicional vontade, nem quis saber se o Tiguinha era o seu irmão ou não,
jogando-o lá na pista de atletismo. Para ele um lance absolutamente normal.
Porém, chegando em sua casa, o zagueiro
tomou um grande ´puxão de orelha´, do `seo´ Antonio Alfredo, saudoso patriarca
da família, que não titubeou em criticar a forma como o filho mais velho agiu
com o habilidoso mais novo. “Se você não tem técnica, deixa o menino jogar,
pô!”, teria dito, reprovando a atitude do então zagueiro. Uma passagem que
ambos nunca se esquecem.
João Bosco: `puxão de orelha´ do `seo´ Alfredo após jogar o irmão na pista de atletismo |
Ainda
hoje atua no futebol suíço máster
Passado tanto tempo de sua estreia na
várzea garcense, logicamente em ritmo mais lento, Tiguinha segue jogando
futebol. Ele está inscrito pelo Rebelo, no futebol suíço máster.
Porém, não está atuando, pois se contundiu
recentemente, devendo retornar após a recuperação. Ele sempre tem marcado
presença nas competições municipais, inclusive tendo defendido o Guanabara e a
Cotrag em edições anteriores da modalidade.
Tiguinha (último em pé), em sua passagem pelo Guanabara, no suíço master |