Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ele está entre os melhores
jogadores da história do Garça. Jogava muito e era querido por todos os
torcedores. Estamos falando de Osmar Silvestre Rocha, “o moço de Avaí”, como
diria Fiori Giglioti, o eterno locutor da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Ainda esta semana recebemos
pela net, uma foto daquelas históricas do Corinthians Paulista, campeão
paulista infantil de 1.966, e para nossa alegria, nela está o Osmar com a faixa
de campeão (é o segundo agachado da esquerda para direita). A equipe alvinegra
do Parque São Jorge era comandada pelo técnico Nena, que jogou com outro
“garcense” o Adão Nunes Dornelles (o Adãozinho), no Internacional de Porto
Alegre. Osmar era das equipes de base do Corinthians (foto), que com um time
misto, disputou um amistoso contra o Garça. Como ele “arrebentou” com o jogo, os
dirigentes azulinos interessaram pelo seu futebol, e acertaram sua vinda.
Chegou, agradou e ficou definitivamente por aqui. Mas confesso que se tivesse seguido
carreira no Corinthians, teria uma maior projeção, pois futebol ele tinha de
sobra, um meia atacante avançado de bom passe e visão de jogo.
Segundo o professor Luiz
Maurício Teck de Barros, e profundo historiador do futebol, em seu livro “Trajetória
do Futebol Profissional de Garça: 1.950 à 2.004, Osmar Silvestre é o segundo
artilheiro do “Azulão”, ao lado de Cláudio Belon, com 52 gols, muitos nas
cobranças perfeitas de faltas. O primeiro é Rogerio Amadeu Atílio (Rogerinho),
com 54 gols.
Nós tivemos oportunidade de
jogar com o Osmar, no Garça, Ipiranga e Veteranos do Garça. Nas cobranças de
faltas ele tinha um detalhe, era o seu ritual infalível: segurava a bola com as
duas mãos, girava ela por inteiro, e colocava no gramado com o bico voltado
para o seu lado. A batida na bola, era bem no bico. Assim que cobrava, a bola
passava a barreira, ele já gritava é gol, antes mesmo de estufar as redes. Um
chute colocado e certeiro, indefensável para o goleiro.
A estreia do Osmar com a camisa do Garça foi na
oitava rodada do Campeonato Paulista da Terceira Divisão de 1.968, contra o
Municipal de Paraguaçu Paulista, fora de casa. O Garça venceu por 3 a 1 (gols
de Dadi, Rogério e Helinho).
Na rodada seguinte, o
“Azulão”, realizou o primeiro jogo no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, e
no derby regional, ganhou do São Bento de Marília, pelo placar de 3 a 1, gols
de Grilo, Rogério e Robertinho.
Em sua passagem pelo Garça,
disputou os seguintes campeonato paulistas: 3ª Divisão, em 1.968 e 1.969, este último
sagrando-se campeão; 2ª Divisão, em 1.970, 1.971, 1.974, 1.975 e 1.976 e da 3ª Divisão
em 1.977 e 1.978.
Gostou tanto da cidade, que por aqui ficou, trabalhou no SAAE onde era o químico responsável. Constituiu família, casou-se com a Solange, e teve três filhos: Karina, Fernando e Guilherme. Faleceu no dia 30/10/2.001, e entrou para a história do Garça. Até hoje é lembrado com muito carinho por todos os torcedores.