sexta-feira, 26 de maio de 2023

Recordar é Viver: "Luiz Conessa foi homenageado na Copa Lions"

 


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Muito boa a iniciativa do Lions Club de Garça, por ocasião da Copa Lions/Taça Cidade de Garça, em homenagear esportistas que muito fazem (ou fizeram) pelo esporte de nossa cidade. Uma prática louvável, que o tradicional clube de serviços vem fazendo nos últimos anos.

Na última Copa Lions/Taça Cidade de Garça, o grande homenageado foi o corintiano Luiz Gonzaga Conessa, cujos troféus que levaram o seu nome foram conquistados pelo São Lucas (suíço) e SALEC (suíço máster).

Como sempre me falava o Ari Lima, ex-jogador do Garça, nos anos 70: “Homenagem para um jogador de bola tem que ser em vida, para ele sentir na pele e na veia o sangue ferver e, numa fração de segundos, recordar os tempos em que corria atrás da bola, um tempo muito bom que jamais será esquecido”. Vale lembrar que o Ari Lima recebeu em vida uma homenagem do Lions Club.

A escolha deste ano não poderia ter sido melhor, afinal de contas o Luizinho Conessa vive o esporte, praticamente, desde o berço. Torcedor do Corinthians, tem como ídolo Rivelino, o “Reizinho do Parque”. Isto, com certeza, deve-se ao pai, o saudoso Sr. Antônio Conessa, e do irmão mais velho, o Ricardo, ambos fiéis corintianos. No flagrante, segurando o troféu com seu nome, ao lado dos filhos Luiz Gustavo (esq) e Michel.

O Luizinho desde a infância já “mexia” com o futebol. Ao lado do Ricardo, montou e também jogou no Corintinha, um time de molecada do final dos anos 60. O Corintinha teve a honra de ser o primeiro time do ex-goleiro Waldir Peres, a maior revelação do futebol garcense de todos os tempos.

O Luizinho está entre os pioneiros praticantes do futebol suíço, hoje a principal modalidade esportiva da cidade. Foi quando jogou no time do Expressinho RCG/Rádio Clube de Garça, num dos primeiros campeonatos realizados no Bosque Municipal, onde existia um campo de terra. Pra mim foi ali que o futebol suíço começou pra valer. O Expressinho foi campeão municipal no ano de 1977.

Veja uma das formações do Expressinho RCG/Rádio Clube de Garça, do começo dos anos 70, posando no campo de “pelada” do Bosque Municipal: em pé, da esquerda para direita: Nilson Bento, Benedito, Wolsey Burigato, José Abrão, Clodoaldo Serzedelo, Ali Dahrouge e João Trinca; agachados: Torete, Iraldo Lorenzetti, Mário Tomita, Luiz Conessa e Israel “Corinho”.


No ano de 1986, o Expressinho RCG não vivia mais um bom momento. Uma saída foi unir com a Sapataria Santo Antônio, do presidente Antônio Conessa, surgindo um grande e forte esquadrão, duro de ser batido. Isso foi na época que os campos de terra ficavam atrás do Hospital São Lucas, na segunda fase da modalidade. Recordamos uma das formações da Sapataria Santo Antônio: em pé (esquerda para direita): Goleiro Maico, Luiz Conessa, João Luiz, Zanon, Fabron, Nivaldo e Edgar; agachados: Ednalvo (técnico), Antônio Conessa (presidente), Nilsinho “Goiano”, Gilmar Mantovaneli, Manoel Pereira e Anézio.


AMIZADE ANTIGA:
Conheço o Luizinho Conessa há muito tempo, do final dos anos 60. Desde quando ele, ainda jovem, começou a namorar a também jovenzinha Janete, que seria a sua futura e eterna esposa.

Os pais da Janete, o Sr. Osvaldo e Dona Pierina, moravam na colônia dos empregados do trem da Paulista, na casa de nº 5. O casal tinha três filhos: José Roberto, Jorge e a Janete. O Sr. Osvaldo era um pontual ferroviário e criador de passarinhos. Eu morava na casa de nº 2, gostava de ajudar o Sr. Osvaldo a limpar e lavar o fundo das gaiolas, pontualmente às 17 horas, quando ele saía do serviço e chegava em casa. Os seus “Pintassilvas” (ele falava assim mesmo, e não Pintassilgo) eram show de bola, cantavam muito.  

O Luizinho começou a frequentar o reduto, logicamente para curtir a nova namorada. Tinha a turma da bola, jogávamos num campinho ao lado da estação. O goleiro era o Waldir Peres. Ali eles se conheceram, o potencial do futuro guapo era notório, e veio o convite para jogar no Corintinha.   

Era comum ver a Janete e o Luizinho, de mãos dadas, sentados no banco de madeira, que tinha na frente da casa de nº 5. Com certeza já fazendo planos para o futuro, entre um trem que chegava e partia. O movimento era intenso na estação.

Só não lembro o ano que se casaram. Mas tudo começou ali. Hoje possuem uma bonita família e bem estruturada, com três filhos: Luiz Gustavo, Michel e Vicente.

Guardo boas lembranças do Sr. Osvaldo e Dona Pierina, já falecidos, mais jamais esquecidos. Tanto é verdade, que o local de confraternização dos Conessa, carinhosamente tem o nome de “Recanto Vó Pierina”.

No lado profissional, o Luizinho formou-se técnico em contabilidade no Colégio Comercial de Garça, sucessor da Escola Técnica do Comércio, na antiga Avenida Brasil. Depois concluiu o curso de advocacia. Atualmente é proprietário do renomado Escritório Macrocontábil Conessa.

Sempre prestativo e solidário, o Luizinho ingressou no Lions Clube no mês de março de 1990, e como sempre, vestiu a camisa pra valer. Foi presidente do Lions três vezes. Ocupou o importante cargo de governador no ano leonístico de 2019/2020 (foto). Atualmente é o tesoureiro adjunto do Distrito LC8, e carregando a um dos lemas do clube: “Junto, nós podemos. Cada um de nós pode fazer muito bem por conta própria. Mas juntos podemos tornar o impossível, possível”

Sempre envolvido com a nossa comunidade, aceitou o desafio e assumiu a presidência do Grêmio Teatral Leopoldo Fróes. O clube praticamente estava fechando as portas. Com pouco tempo no comando já, vem fazendo um brilhante trabalho, apesar das dificuldades encontradas. Mas o clube está renascendo, e segundo o Luizinho “o gigante está de volta. O Grêmio é tradição em entretenimento para toda família. Muitas novidades virão pela frente para os associados”.