Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ha 49 anos atrás nascia o Garça Futebol Clube. O
“Azulão” foi fundado no dia 15 de fevereiro de 1965 e marcou época no futebol
profissional do interior paulista. Temos que destacar que anteriormente, desde o ano de 1932, existiu o
Garça Esporte Clube, sempre nas cores azul e branca.
Quando o GEC encerrou as
atividades, a cidade ficou um longo período sem o futebol profissional. Até que
vários esportistas se uniram e resolver montar o time. Logo na primeira reunião
foram eleitos 20 conselheiros e mais 10 suplentes, que posteriormente elegeram
o esportista Antonio Alexandre Marques como primeiro presidente. As reuniões aconteceram
na Sociedade Amigos de Garça, que ficava
localizada na Praça Rui Barbosa, nº 53,
na extensão da Rua Carlos Ferrari,
proximidades da Lotérica Matriz.
A idéia inicial era reativar
o GEC. Mas por questões financeiras, principalmente dividas com jogadores, os
dirigentes acabaram optando por uma nova denominação, daí surgindo o Garça
Futebol Clube. O detalhe foi a nova cor das camisas, num tom azul mais forte, surgindo
a nova denominação de “Azulão” por parte
dos torcedores. Quando da fundação, não
havia campo com dimensões oficiais, requisito
indispensável e exigido pela Federação
Paulista de Futebol. Diante disto o jeito foi participar do campeonato amador
do Estado. O time base para a formação do Garça foi
o Jambo Futebol Clube, a melhor equipe amadora da época. O símbolo escolhido: GFC dentro de um
losango. Na década de 90 os dirigentes trocaram por uma “garcinha voando”.
No dia 04 de outubro de 1966, a cidade ganhava um novo
campo para mandar os jogos: o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. O principal título foi o de campeão da 2ª
Divisão de Profissional no ano de 1968 (foto), devidamente reconhecido pela
Federação Paulista de Futebol. O “Azulão” viveu o auge no início da década de
70, dando muitas alegrias aos torcedores, montando um grande esquadrão, com
jogadores de alto gabarito técnico. Recordamos uma das formações da temporada
72/73. Em pé da esquerda para direita: Ari Lima, Bira, Chiquinho, Britão,
Pedroso e Abegar. Agachados: Bosco, Maurílio,
Cláudio Belon, Juraci e Noriva. No outro
flagrante dois eternos ídolos da torcida garcense: Pedroso (esq) e Abegar, ao
lado do fotógrafo Álvaro Takiuti e do professor e palmeirense Mário Baraldi.
Ao longo de sua existência,
foram muitas conquistas: campeão da 3ª Série em 1.969, campeão da série “Arthur
Friedenreich em 1.971, com o timaço que foi disputar as finais em São Paulo, vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984,
vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em 1.996, terminou como terceiro colocado
da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à série A-3, uma espécie de terceira divisão
do Estado. Os vice-campeonatos conquistados em 1.984/95 e a terceira colocação
em 96, valeram ascensão à divisão superior.
O Garça jogou até o ano de 2.004, quando paralisou as
atividades. De vez em quando surge um “zum-zum-zum” de que poderia voltar. A cidade é visitada
por pessoas ligadas ao futebol que demonstram interesse na sua reativação. Eles
analisam, e até ficam empolgados com a estrutura oferecida no que diz respeito aos campos.
Mas o grande obstáculo mesmo é na hora de pagar a conta de filiação na
Federação, um valor um tanto quanto alto. Mas como a esperança é ultima que
morre, quem sabe um dia o “Azulão” entre em campo novamente, para alegria de sua apaixonada e fiel torcida.