sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Recordar é Viver: `Garça Futebol Clube: 49 anos´










Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Ha 49 anos atrás nascia o Garça Futebol Clube. O “Azulão” foi fundado no dia 15 de fevereiro de 1965 e marcou época no futebol profissional do interior paulista. Temos que destacar que anteriormente, desde o ano de 1932, existiu o Garça Esporte Clube, sempre nas cores azul e branca.
Quando o GEC encerrou as atividades, a cidade ficou um longo período sem o futebol profissional. Até que vários esportistas se uniram e resolver montar o time. Logo na primeira reunião foram eleitos 20 conselheiros e mais 10 suplentes, que posteriormente elegeram o esportista Antonio Alexandre Marques como primeiro presidente. As reuniões aconteceram  na Sociedade Amigos de Garça, que ficava localizada na Praça Rui Barbosa, nº  53, na extensão da Rua Carlos Ferrari,  proximidades da Lotérica Matriz.
A idéia inicial era reativar o GEC. Mas por questões financeiras, principalmente dividas com jogadores, os dirigentes acabaram optando por uma nova denominação, daí surgindo o Garça Futebol Clube. O detalhe foi a nova cor das camisas, num tom azul mais forte, surgindo a nova denominação de “Azulão” por parte dos torcedores. Quando da fundação, não havia campo com dimensões oficiais, requisito  indispensável e exigido pela  Federação Paulista de Futebol. Diante disto o jeito foi participar do campeonato amador do Estado. O time base para a formação do Garça foi o Jambo Futebol Clube, a melhor equipe amadora da época. O símbolo escolhido: GFC dentro de um losango. Na década de 90 os dirigentes trocaram por uma “garcinha voando”.
No dia 04 de outubro de 1966, a cidade ganhava um novo campo para mandar os jogos: o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. O principal título foi o de campeão da 2ª Divisão de Profissional no ano de 1968 (foto), devidamente reconhecido pela Federação Paulista de Futebol. O “Azulão” viveu o auge no início da década de 70, dando muitas alegrias aos torcedores, montando um grande esquadrão, com jogadores de alto gabarito técnico. Recordamos uma das formações da temporada 72/73. Em pé da esquerda para direita: Ari Lima, Bira, Chiquinho, Britão, Pedroso e Abegar. Agachados: Bosco, Maurílio, Cláudio Belon, Juraci e Noriva. No outro flagrante dois eternos ídolos da torcida garcense: Pedroso (esq) e Abegar, ao lado do fotógrafo Álvaro Takiuti e do professor e palmeirense Mário Baraldi.
Ao longo de sua existência, foram muitas conquistas: campeão da 3ª Série em 1.969, campeão da série “Arthur Friedenreich em 1.971, com o timaço que foi disputar as finais em São Paulo,  vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984, vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em 1.996, terminou como terceiro colocado da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado. Os vice-campeonatos conquistados em 1.984/95 e a terceira colocação em 96, valeram ascensão à divisão superior.
O Garça jogou até o  ano de 2.004, quando paralisou as atividades. De vez em quando surge  um “zum-zum-zum”  de que poderia voltar. A cidade é visitada por pessoas ligadas ao futebol que demonstram interesse na sua reativação. Eles analisam, e até ficam empolgados com a estrutura oferecida no que diz respeito aos campos. Mas o grande obstáculo mesmo é na hora de pagar a conta de filiação na Federação, um valor um tanto quanto alto. Mas como a esperança é ultima que morre, quem sabe um dia o “Azulão” entre em campo novamente, para alegria de sua apaixonada e fiel torcida.