Por Wanderley Marcos `Tico´ Cassolla
Mesmo com suas atividades
paralisadas, o Garça é sempre um
capitulo especial no esporte da cidade. Na semana passada o “Azulão” fez 49
anos de idade, e depois que publicamos uma matéria na coluna, recebemos
inúmeras manifestações. Os torcedores mais antigos, que viram o Garça entrar em
campo, guardam ótimas recordações, ao
mesmo tempo que sonham um dia com o retorno do futebol profissional. Será?
Uma das perguntas que mais
recebemos foi sobre a principal conquista do time. Dentre várias, a maior sem
sombras de dúvidas foi o título de campeão da 2ª Divisão de Profissionais do
interior paulista no ano de 1968, o único que está nos registros da Federação
Paulista de Futebol. Pois bem vamos recordar em dois tempos, ou melhor, em duas
matérias como tudo transcorreu.
O campeonato da 2ª Divisão
de Profissionais de 1968 teve a participação de 32 agremiações e foi dividido
em quatro chaves. O Garça ficou na série “A”, juntamente com o São Bento, de
Marília, Clube Atlético Penapolense, Clube Atlético Vera Cruz, Municipal de Paraguaçu Paulista, Palmital
Atlético Clube, Guarani de Adamantina e Piraju Futebol Clube.
O campeonato começou no dia
7 Julho e terminou no mês de janeiro do ano seguinte, tudo por causa de que
alguns jogos que foram decididos no “tapetão”, o que complicou o final do
campeonato. O Garça foi o campeão do seu grupo
De início era para ter um
quadrangular, reunindo os campeões de cada grupo, e daí sair o campeão. Só que a FPF, depois de
muitas “indas e vindas” e discussões,
decidiu organizar um novo campeonato com
os 16 melhores times, divididos em duas chaves. O Garça ficou junto com a Jalesense,
Municipal de Paraguaçu Paulista, Guarani de Adamantina, Botafogo de Catanduva,
Rio Branco de Ibitinga e o São Bento de Marília. Um time desistiu de ultima
hora, ficando 15. O Garça provando seu poderio foi novamente o campeão. De acordo com o regulamento, o primeiro
colocado de cada chave decidiria o título. Só que com um novo “imbróglio”, a
Federação decidiu por um triangular final. Os times: Garça, Rio Claro e Rio
Branco de Ibitinga.
Esta fase decisiva e o
título do Garça recordaremos na semana depois do carnaval. E uma entrevista com
o jogador que marcou o gol da vitória (1 a 0, para o Garça).
Recordamos uma das formações
do Garça daquela vitoriosa temporada. Em pé da esquerda para direita: Ari Lima, Rogerinho, Fernando, Waldir Perez,
Goiano e Dadi; agachados: Alcides Rizi, Grilo, Du, Osmar Silvestre e Helinho. No
outro flagrante, o habilidoso meio campista Admir Antonio França, o Grillo,
sendo entrevistado pelo repórter Nilson Bastos Bento, da extinta Rádio Clube de
Garça. Em foto recente veja como está o Grillo, um dos grandes jogadores que
vestiu a camisa do Garça. Atualmente ele reside na cidade de Praia Grande (SP)
e ainda continua curtindo o futebol, para matar saudade dos bons tempos que
corria atrás da bola. O Grillo é fervoroso torcedor do Botafogo Carioca.