Ditinho Oliveira: garcense com grande sucesso na difícil carreira de treinador de goleiros |
Esbanjando simpatia e sempre sorridente,
Ditinho Oliveira, 56, no auge de seus 1,50, é um esportista garcense com grande
sucesso numa carreira muito concorrida no futebol profissional: treinador de
goleiros. Tendo iniciado a sua trajetória no GFC nos anos 80, foi ganhando
experiência e passando por equipes tradicionais, fato que consolidou a sua
vitoriosa atuação na modalidade. Conheça um pouco mais sobre este personagem
afável, nascido em Boraceia, mas que chegou a Garça com menos de um ano de
idade.
O futebol passou a fazer parte da vida de
Ditinho logo aos 11 anos de idade, quando passou a ser gandula no Frederico
Platzeck. Sempre querendo estar envolvido com o saudável mundo esportivo, ao
mesmo tempo se tornou um lépido catador de bolas de tênis no GTC. E foi no
tradicional clube verde e branco da Avenida Dr. Rafael P. de Barros, que ele
passou um ciclo muito celebrado. “Na época, entre os anos 80 e 90, fiquei oito
anos no Tênis, com dezenas de crianças nos treinamentos de futebol”, relembra,
com muito orgulho.
Aliás, Ditinho então teve uma atitude que
foi muito aplaudida: procurou iniciar um projeto de inclusão, que obteve muito
sucesso, pois sempre levava os seus alunos da APAE e da AGAR, onde atuava
voluntariamente, para treinamentos juntamente com os jovens do GTC. “Era uma
grande festa”, disse, em tom de muito saudosismo.
Após passar pelo amadorismo, tentar o
profissionalismo (como atleta) e iniciar a sua nova ocupação profissional,
Ditinho foi obrigado a interromper o seu ciclo vitorioso no GTC. “Foi uma época
inesquecível”, acrescentou.
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Teve destaque no futebol amador, inclusive defendendo algumas históricas agremiações, como por exemplo, o inesquecível Frigus |
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No time da Madeireira, no Amador/1978, em flagrante no campo da Escola Agrícola |
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Desde a mais tenra idade, envolvido com o esporte, Ditinho aparece segurando a bola na quadra do GTC |
Do
amadorismo ao futebol profissional
Sempre envolvido com o futebol, Ditinho
Oliveira atuou por algumas equipes amadoras em Garça. Ainda jovem, como um
ponteiro-direito rápido e habilidoso, jogou pela Madeireira, Casa Ipiranga e
Frigus. Destes tempos, não se esquece da facilidade que tinha para marcar gols
contra uma equipe muito famosa: o Ipiranga. “Era incrível, pois, era só jogar
contra eles que eu marcava um gol”, revela.
Tentou o futebol profissional no GFC, mas
acabou ganhando uma chance na Portuguesa-RJ, por indicação de Liminha,
ex-jogador do Flamengo e concunhado do Rogerinho, famoso ex-atleta do Azulão.
Mas um problema no nervo ciático abreviou a
sua carreira, obrigando-o a retornar a Garça.
Foi aí que aconteceu um fato que mudou a
sua vida profissional: em 1984, em tratamento no DM do GFC, recebeu um
inusitado pedido do então goleiro Carlos Alberto, para ser auxiliar do
preparador de goleiros, Zé Mário. No ano seguinte, com a ida daquele
profissional para o Botafogo-RP, a pedido do saudoso Zé Duarte, Ditinho assumiu
a `titularidade´ nos treinamentos dos goleiros do Garça. Sua carreira começava
a deslanchar.
Em 1989, com a ida de Zé Mário para o
Palmeiras, Ditinho passou por um período de estágio muito importante em sua
trajetória, na equipe alviverde. Na sequência, passou a ganhar mais destaque,
com trabalhos elogiados em times conhecidos, como a Paraguaçuense, onde
conquistou os títulos das séries B-I e A-III, ao lado do treinador Marcos
Guerra.
Na sequência, com o nome consolidado no
meio futebolístico, passou por Marília AC, Corinthians- PP, Taubaté, União
Barbarense, Sãocarlense, Palmeirinha de Porto Ferreira (onde conheceu e treinou
Aranha, atualmente no Santos), Internacional de Limeira (sub/20), Bragantino,
União Suzano, Independente de Limeira, São Bento, Velo Clube, Grêmio Osasco,
Fernandópolis e Atlético de Três Corações – MG. Também esteve num breve período
na Espanha, acompanhando o Zico 10, time do Galinho de Quintino, que esteve
excursionando por aquele país. Ultimamente estava na escolinha do Santos FC, em
Taubaté.
Amizade
com grande nome do futebol lhe rendeu estágio na Alemanha
Quando passou pela Paraguaçuense, Ditinho
constituiu uma forte amizade com um jovem atleta vindo do nordeste: Marcelinho,
que na época ainda não tinha o `Paraíba´ no nome.
O tempo foi passando, o atleta foi ganhando
projeção, passando por grandes clubes (São Paulo e Grêmio, entre outros), até
ser vendido para o futebol alemão, onde se tornou ídolo no Hertha Berlim-ALE.
Ditinho foi levado pelo amigo para a
Alemanha em duas oportunidades: em 2002, quando ficou por lá 10 meses e dois
anos mais tarde, num período de mais seis meses.
Ficou conhecendo os métodos aplicados nos
treinamentos dos goleiros numa das principais escolas do futebol mundial, que
lhe foram muito úteis em seu retorno ao Brasil.
Hoje ele se encontra em Garça,
recuperando-se de uma operação no joelho, que vinha lhe incomodando nos últimos
tempos. Deve ficar por mais algum tempo em nossa cidade, sempre fazendo amigos
e ganhando admiração, pelo seu jeito ímpar de comportamento, onde saltam aos
olhos, o respeito e o carinho ao próximo. Esse é Ditinho Oliveira, o nosso
`Destaque Esportivo´ da semana.