Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A
coluna hoje vai tirar a dúvida de alguns torcedores que nos procuraram para
saber que jogador de Garça marcou o gol na inauguração dos refletores do
Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Só
para lembrar o jogo aconteceu no dia 18 de agosto de 1978, numa noite de sexta-feira
histórica para os garcenses.
Alguns falam
que foi o Gaúcho, outros afirmam que foi o Mauro Val. Fomos procurados pelo
corintiano Tadeu Vizotto, que nos indagou sobre o assunto. E pesquisando nos arquivos do Jornal “Comarca
de Garça”, encontramos facilmente a resposta: o gol foi de autoria do Álvaro
Luiz Nogueira Miguens, o “Gaúcho”, na época avante do Garça e também do
Ipiranga.
Naquela
memorável noite, o time do São Paulo realizou um treinamento para marcar o
primeiro jogo sob luzes artificiais no “Platzeck”. O então prefeito Francisco
de Assis Bosque promoveu, digamos um
“plebiscito”, através da Rádio Clube de Garça, para saber qual o time que seria
escolhido para abrilhantar a festa. Era só ligar e pedir. Disparadamente o
escolhido foi o Corinthians Paulista. Só que a apresentação do todo poderoso
Timão era inviável, um dos primeiros motivos, era o financeiro. Depois de
muitos “diz que diz”, a escolha foi o São Paulo. Tudo
porque no domingo seguinte, o tricolor paulista enfrentaria o MAC, em Marília, jogo válido pelo Campeonato Paulista da Divisão Especial. Além do mais, seria uma de forma de se homenagear o goleiro
Waldir Peres, garcense de nascimento, e uma das atrações do São Paulo.
Não houve
qualquer solenidade especial para assinalar a inauguração dos refletores. A
apresentação do São Paulo, então campeão brasileiro, mesmo realizando um
treinamento coletivo, levou cerca de 10 mil pessoas no campo.
Como
aperitivo, na preliminar jogaram o Frigus x Seleção Varzeana, numa partida de
alto nível técnico. O pontapé inicial foi dado pelo Sr. Edil Peres, pai do
goleiro Waldir Perez, que surgiu na várzea garcense e chegou até na Seleção
Brasileira. E o primeiro gol noturno foi assinalado exatamente às 21h05, pelo
atacante Milton, que quase sem ângulo,
finalizou para as redes do goleiro Waldir Peres. Entretanto o gol mais
comemorado foi do atacante Gaúcho, então atleta do Clube Atlético Ipiranga, num
lance que teve a participação do Rogerinho, outro atleta garcense. Gaúcho
avançou livre e tocou no canto, na saída do goleiro Toinho.
O técnico
Rubens Minelli, escalou o São Paulo, da seguinte forma:
Equipe
“A” – Toinho (Waldir Peres); Getúlio, Estevam, Bezerra e Antenor; Chicão, Neca
e Viana; Edu Bala, Milton e Zé Sérgio;
Equipe
“B” – Waldir Perez (Toinho); Osmar, Tecão, Goiano (Plínio Dias) e Mário Valter;
Teodoro, Muller e Peres; Rogerinho, Armando e Osmar Silvestre (Gaúcho). Gols:
Milton (3) e Zé Sérgio para os titulares e Gaúcho para os suplentes. Arbitragem:
João Luiz Zancopé, auxiliado por Antonio Carlos Roberto e Luiz “Sorocaba” Guerino;
Renda: aproximadamente Cr$-110.000,00.