Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ninguém está mais feliz da
vida, do que o “Seo” Nelson Ichisato, o pai das cerejeiras. As suas “eternas
filhas” estão lindamente floridas e encantando a todos, em especial a colônia nipônica.
Isto pudemos notar na noite da última quarta, quando assistimos a abertura da
31ª festa, que este ano está de roupagem nova. Até com nova denominação: Cerejeiras
Festival. Para os mais saudosistas continua sendo a Festa das Cerejeiras de
Garça. Para mim é a Festa das Cerejeiras do “Seo” Nelson. Como diria o
ex-craque Romário: “O Sr. Nelson é o cara”. E vale o complemento: também é a
cara das cerejeiras de Garça.
A mudança de nome chegou até
mesmo a polemizar na rede social, o que é normal. O importante é que a
Festa/Festival das cerejeiras está aí e é um sucesso total. Como bem frisou o
nosso conterrâneo e grande palmeirense José Nello Marques “é a maior festa da
cerejeira do mundo, fora do Japão". Já para o corintiano Nicola Rosário “a veracidade intrínseca das
grandes realizações humanas, estão sempre acima e longe do alcance das
questiúnculas de interesses menores. Portanto, viva a nossa festa da cerejeira
ou outra denominação que se queira dar.
Neste ano os organizadores
acertaram na “veia”, a florada coincidiu com os cinco dias de festas, muitas
atrações e shows musicais imperdíveis. O recinto com novo “layout” ficou ótimo,
bonito mesmo, com mais acomodação e principalmente conforto aos visitantes. Com isto nem uma chuva pode atrapalhar os
shows programados. E o mais importante, a entrada é franca.
E pensar que tudo começou no
ano de 1.979, quando o “Seo” Nelson, plantou 110 mudas plantadas ao redor do
lago “J.K. Williams”, adquiridas na cidade de Campos de Jordão. Naquela época
ele foi questionado, até duvidaram da plantação pois o clima garcense não seria
propício. Porém, pacientemente, todas as manhãs o “Seo” Nelson estava lá,
acreditando numa florada. Com um balde pegava água no lago, e com aquela
paciência oriental, regava planta por planta. As árvores foram crescendo. Uma
forte chuva quase pois tudo a perder. Mas ele não desanimou. Adquiriu mais
plantas e não cansava de afirmar: logo virá uma florada, pode acreditar. O
principal adubo: o amor que ele nutria pelas cerejeiras (sakura). Bem o resto
não precisava falar mais nada. Hoje são mais de 500 árvores da espécie `Serrula
Tamque´, que dão um brilho todo especial a festa.
Nos flagrantes:
encontrando o “Seo” Nelson na abertura da festa, na outra foto ele posando orgulhosamente
no meio das cerejeiras. E como a coluna é voltada especialmente para o futebol,
fazemos uma homenagem aos jovens “dekasséguis” garcenses, que no final dos anos
80 foram para o Japão a procura de melhores oportunidade de trabalhar e ganhar alguns
“yens” e fazer o pé de meia. O trabalho
era árduo, mas na hora de lazer montaram um time de futebol com outros
brasileiros, e jogavam nos finais de semana. Não indentificamos todos os
jogadores. Mas o curioso é que o ataque era todo garcense. Veja da esquerda
para a direita: Ridê Imafuko, Jorginho Hayashi, Serginho, não identificado e
Uchida.