Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na última segunda feira, logo de manhã, recebemos a triste notícia
do falecimento de um grande amigo: Laudesmir “Galo” Marangão, pertencente a
tradicional família garcense, e acima de tudo um grande esportista. A nossa amizade com o “Galo” Marangão” vem de
longa data. Ele era um palmeirense convicto, eu como corintiano, sempre
estávamos discutindo futebol, principalmente da rivalidade das duas equipes. Não
dava o braço a torcer, o Palmeiras era a sua grande paixão, não podia jamais
perder para o Timão.
A partir do ano de 1.984, os nossos laços de amizade ficaram bem mais
próximos, quando do retorno do Garça ao futebol profissional. Colaborou
sobremaneira com o sobrinho Antonio “Biga” Marangão, na volta do Garça. O
glorioso “Azulão”, fundado em 15 de fevereiro de 1.965, estava com suas
atividades paralisadas. Como todo time
de uma cidade pequena do interior paulista foi passando por dificuldades e
crises, momentaneamente teve que fechar as portas. Só que voltou com tudo em 84.
Logo de cara um time forte e competitivo. Os resultados foram imediatos:
vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984, vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em
1.996, terminou como terceiro colocado da Série B1-A, o que valeu a ascensão à
série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado.
Em 84 cobríamos o dia-a-dia do Garça, para o Jornal “A Gazeta
Esportiva”, de São Paulo, onde éramos o correspondente. O “Galo” Marangão, sempre
me passava todas as novidades em primeira mão. Em diversas oportunidades acompanhamos o time
nos jogos na casa do adversário, viajando no mesmo carro, pilotado pelo Edson
da Liderfarma, então secretário da diretoria. Recordamos uma das formações do
Garça. Em pé da esquerda para direita: “Galo” Marangão, Dinho Parreira, Mamela,
Paraná, Machado, Pilão, Airton Rocha, “Biga” Marangão e Jair Montemor.
Agachados: Reginaldo “Linguiça”, João Luiz, Gaúcho, Betinho e Albino. O técnico
era o Carlos Alberto Soares, o Bô.
A prova taí, veja
os dirigentes posando com o troféu conquistado, da esquerda para direita: “Galo”
Marangão, “Biga” Marangão e Jair Montemor. Só que como por encanto, não se sabe
o paradeiro do troféu. Num momento único, “Galo” Marangão posando com a foto do
ídolo palmeirense Ademir da Guia, quando envergou a camisa do Garça, em jogo
festivo antes do início do campeonato. Depois ao lado do filho Kurinho e do
inseparável amigo Luiz Quine. Ele também em muito colaborou para o sucesso das
memoráveis festas do Peão de Boiadeiro, que marcaram época.
Na última segunda feira (19), o “Galo” Marangão nos deixou, para virar uma estrela lá no céu. Mas ficará por todo o sempre incrustado no carinho, no coração, na ternura e na sinceridade do nosso cantinho da saudade.
Na última segunda feira (19), o “Galo” Marangão nos deixou, para virar uma estrela lá no céu. Mas ficará por todo o sempre incrustado no carinho, no coração, na ternura e na sinceridade do nosso cantinho da saudade.