sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Recordar é Viver: "Amigos prestam homenagem a Carlinhos Morozini"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Na última segunda feira (16), a cidade recebeu a triste notícia do falecimento do Luiz Carlos Morozini. O meio esportivo garcense perdeu mais um excepcional jogador, agora reforçando o time do céu. Vi poucas vezes ele jogar, mas sei que ele fez história nas décadas de 60/70. Possuía um talento incrível com a bola nos pés, seja no futebol de campo ou futebol de salão (futsal). Tinha tudo para vencer na carreira de atleta profissional, mas não quis. Fazer o que? 

A homenagem da coluna ao ex-meia atacante Carlinhos Morozini, vem através dos amigos e fãs, que nos enviaram mensagens pela net. REINALDO PORTELINHA: “Fui colega de escola e no futebol, embora adversário, sempre admirei o futebol clássico e objetivo do grande goleador, desde as categorias infantil e juvenil, e depois no varzeano. Tinha um raciocínio rápido, estava sempre a frente dos demais jogadores. Também jogou no Garça, e seu futebol não deixava nada a desejar para os “craques” de hoje”. 

ZÉ NELLO MARQUES: “Tinha visão rara do gol, chute forte e colocação boa. Segurava a bola na frente, era difícil tirar a pelota. Um belo jogador. Tenho a certeza que joguei contra um verdadeiro craque”. 

SÉRGIO ZANCOPÉ: “Joguei com ele no futebol de campo e de salão (futsal). Era diferenciado dos outros, inteligente, driblava bem, com bom domínio da bola, chutava com facilidade e jogava de cabeça erguida. Era um centroavante rompedor e partia pra cima do marcador, sempre com dribles desconcertantes”. 

PEBA: “Sabia tratar a bola como poucos. Enjoado, marrento, mas um craque da bola”. 

CARLOS BONFA: “Joguei contra, tentava marcá-lo. Mas era difícil, tinha drible curto e driblava para os dois lados”. 

TONHÁ: “Jogava muito. Apesar de preguiçoso, sabia tudo de bola”. 

CELSINHO CASSEMIRO: “Da minha época em Garça foi um dos melhores que vi jogar, era habilidoso com a bola dentro da área”. 

CARLINHOS FARIA: “Um centroavante oportunista. Chutava muito bem, batia seco e firme na bola”.

BIDIU: “Joguei com ele no Álvaro de Carvalho e na Ferroviária. No Álvaro de Carvalho fazia gols em todos os jogos, era fera. Quando jogou no Garça era admirado pelos companheiros. Não quis seguir na carreira, apesar de ter recebido muitas propostas na época, inclusive do Noroeste de Bauru.

JOSÉ LOURENÇO: “Era craque da bola. Hoje jogava de titular em qualquer time grande”. 

EDUARDO DAVI: “Não acompanhei muito a carreira dele. Vi ele jogar pouco. Tinha talento de sobra, mas não “gostava” do futebol”. 

ZANCOPÉ SIMÕES: “Era um craque. Habilidoso e finalizador. Dribles curtos. Fizemos a faculdade de Educação Física em Bauru. Ele teve três grandes oportunidades. João Gualberto era nosso professor e técnico do Noroeste. Insisti com ele, mas me dizia que o Morozini não queria ser atleta de futebol. Em outra ocasião, o Escurinho (jogou no Garça), irmão do Flamarion, conseguiu um teste no Guarani. O Morozini pegou o trem até Campinas, ficou na própria estação e voltou para Bauru. Houve ainda a indicação para o Fluminense carioca. O Jessé (estava na casa dele), jogou vôlei nas Laranjeiras e fez a aproximação, mas o Morozini também não foi. Até o professor Gualberto repetiu para a gente: Ele não quer ser um atleta profissional”.

CARREIRA CURTA: Luiz Carlos Morozini, nasceu em Vera Cruz, e se mudou ainda criança para nossa cidade. Foi um dos grandes atacantes do futebol garcense nos anos 60/70. Um meia avançado habilidoso, as vezes atuava de centroavante, com dribles fáceis e boa colocação em campo. Jogou no Botafoguinho, do Egídio e na Ferroviária.

No ano de 1.966 defendeu o Jambo, time que deu origem ao Garça FC. O Morozini chegou a integrar a primeira formação do Garça neste mesmo ano. Disputou alguns jogos amistosos, tendo grandes atuações, e apesar do presidente Antonio Alexandre Marques insistir na sua contratação, preferiu não assinar com o Garça. Depois foi estudar educação física em Bauru e lá descobriram seu futebol. 

Recebeu convites para jogar no Noroeste, Guarani de Campinas e Fluminense do Rio. Recusou todos. Definitivamente a bola não era a sua paixão. Acho que o futebol perdeu um grande talento. Veja nos flagrantes, o trio de atacantes da Ferroviária, da esquerda para direita: Waldir Marques, Carlinhos Morozini e Eduardo Nunes. Em foto recente, quando reencontrou os amigos da faculdade em sua casa, da esquerda para direita: Zé dos Santos, João Piragini, Sérgio de Stéfani, Jessé, Carlinhos Morozini e Zancopé Simões.